El Niño começa a dar trégua, mas La Niña segue incerta
Lavouras encharcadas
simbolizaram excesso de chuva gerado pelo El Niño no Sul do Brasil.
O
fenômeno meteorológico El Niño 2015/16 iniciou seu declive, mas sua intensidade
continua sendo forte e influencia no clima do planeta, afirmou a Organização
Meteorológica Mundial (OMM). O evento deve sofrer uma debilitação nos próximos
meses e desaparecer progressivamente no segundo trimestre de 2016, aponta a
entidade.
“Acabamos de viver um dos episódios do El Niño mais intensos jamais
observados, e que provocou a aparição de fenômenos meteorológicos extremos em
todos os continentes, contribuindo para os recordes de calor registrados em
2015”, indica o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, num comunicado
publicado em 18/02/16.
“Várias
regiões da América do Sul e do Leste da África ainda não estão totalmente
recuperadas das chuvas torrenciais e das inundações de que padeceram”,
acrescentou.
Este
fenômeno meteorológico acontece a cada quatro ou cinco anos e provoca
tempestades e inundações. Em geral ele atinge sua maior intensidade no fim do
ano, daí a origem de seu nome, El Niño, alusão em espanhol ao Menino Jesus. No
Brasil o evento teve efeito direto sobre as lavouras do Cerrado, gerando
escassez de chuvas e também no Sul do país, onde o excesso de umidade se tornou
um problema para o desenvolvimento das plantas.
La
Niña
Enquanto
os efeitos do El Niño são contabilizados o campo já começa a monitorar o risco
da ocorrência de La Niña. Os dois eventos costumam ser consecutivos, mas sua
versão feminina resulta em escassez de chuvas no Brasil.
Em
relatório divulgado em janeiro/16 a Administração Nacional de Oceanos e
Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) apontou que embora existam vários indícios
que indiquem a possibilidade de ocorrência do evento, ainda existe “uma
incerteza considerável” nas previsões. A última ocorrência do La Niña foi no
ciclo 2010/11. (gazetadopovo)
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