Metade
da população brasileira não conta com coleta de esgoto e apenas um quarto vive
em localidades com tratamento
Menos de 60% dos brasileiros são atendidos por rede
de esgoto.
Metade da população brasileira não conta com coleta
de esgoto e apenas um quarto dela vive em localidades com tratamento dos
dejetos, segundo estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil. O
“Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades” foi feito com base em dados do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades,
relativos a 2014, e mostra que mais de 35 milhões de brasileiros ainda não
recebem água tratada.
De acordo com o Instituto Brasil, o país ocupa a 11ª
posição entre 17 países analisados pela Comissão Econômica para a América
Latina (Cepal), estando atrás da Bolívia, Peru, Uruguai, Equador, Venezuela,
Chile, México, Argentina, Colômbia e Costa Rica.
Nos últimos cinco anos, entre 2010 e 2014, 64% das cidades ampliaram os investimentos em até 29% da arrecadação e apenas 36% delas investiram acima dos 30% arrecadados nesse período. O valor relativo à soma das 20 cidades que mais investiram, em 2014, atinge R$ 827 milhões, quantia bem abaixo do montante arrecadado (R$ 3,8 bilhões). Na média dos últimos cinco anos, foram investidos R$ 188,24 milhões, o equivalente a R$ 71,47 por habitante.
Em nota, o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, manifestou que “a preocupação é que os avanços em saneamento básico não só estão muito lentos no país, como cada vez mais concentrados onde a situação já está melhor. Estamos separando o Brasil em ilhas de estados e cidades que caminham para a universalização da água e esgotos, enquanto que uma grande parte do Brasil simplesmente não avança”. Ele alertou que, em consequência, a população fica mais vulnerável às doenças.
Nos últimos cinco anos, entre 2010 e 2014, 64% das cidades ampliaram os investimentos em até 29% da arrecadação e apenas 36% delas investiram acima dos 30% arrecadados nesse período. O valor relativo à soma das 20 cidades que mais investiram, em 2014, atinge R$ 827 milhões, quantia bem abaixo do montante arrecadado (R$ 3,8 bilhões). Na média dos últimos cinco anos, foram investidos R$ 188,24 milhões, o equivalente a R$ 71,47 por habitante.
Em nota, o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, manifestou que “a preocupação é que os avanços em saneamento básico não só estão muito lentos no país, como cada vez mais concentrados onde a situação já está melhor. Estamos separando o Brasil em ilhas de estados e cidades que caminham para a universalização da água e esgotos, enquanto que uma grande parte do Brasil simplesmente não avança”. Ele alertou que, em consequência, a população fica mais vulnerável às doenças.
Na lista das dez cidades com a pior condição na
coleta de esgoto, duas não têm nenhum tipo de atendimento do gênero: Ananindeua
e Santarém, no estado do Pará. Ainda nesse estado aparece Belém, onde os
serviços atendem apenas 12,7% da população.
As demais cidades são: Rio Branco, no Acre, com
21,23% da população atendida; Juazeiro do Norte, no Ceará (21,1%); Teresina, no
Piauí (19,12%); Manaus, no Amazonas (9,9%); Jaboatão dos Guararapes, em
Pernambuco (6,59%); Macapá, no Amapá (5,54%) e Porto Velho, em Roraima (2,04%).
Já em sentido oposto, dos dez municípios com a melhor
situação, metade fica no estado de São Paulo, sem, contudo, incluir a capital
paulista: Franca, com 100% de atendimento; Piracicaba, com 99,95%; Santos, com
98,54%; Ribeirão Preto, com 98,5% e Santo André, com 98%%. Três são de Minas
Gerais: Belo Horizonte (100%); Contagem (99,66%) e Uberaba (98%). As demais
são: Curitiba, no Paraná com 99,18% e Volta Redonda, no Rio de Janeiro, com
98,96%.
Em relação ao tratamento de esgoto, entre as dez
piores, três estão no estado de São Paulo: Bauru (3,75%); Itaquaquecetuba
(3,68%) e Mauá (2,69%). Em metade do grupo, não existe nenhum tipo de
tratamento: Ananindeua, Santarém, Porto Velho, São João do Meriti e Governador
Valadares. Em Nova Iguaçu, o número é bem pequeno (0,05%), e em Belém do Pará
(2,25%).
Sobre o acesso à água potável, o levantamento aponta
para as 20 cidades com a melhor situação e cobertura total: Belo Horizonte;
Campina Grande; Ribeirão Preto; João Pessoa; Curitiba; Canoas; Porto Alegre;
Santos; São Bernardo do Campo; Diadema; Carapicuíba; Uberlândia e
Florianópolis.
Já as dez piores são: Ananindeua (26,89%); Porto Velho
(31,43%; Macapá (36,92%); Santarém (45,34%); Rio Branco (50,21%); Caucaia
(67,58%); Aparecida de Goiânia (70,7%); Jaboatão dos Guararapes (73,19%);
Gravataí (75,21%) e Belford Roxo (80,05%). (ecodebate)
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