Reservatório de Sobradinho
está perto de entrar no volume morto
Em novembro do ano passado,
no fim do período seco, o reservatório chegou à sua situação mais crítica, com
volume de água correspondente a apenas 1,11% de sua capacidade total, situação
que só passou a melhorar em dezembro, com o início do período chuvoso.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou em 14/09/16 que o reservatório de Sobradinho, o segundo maior do país em quantidade de água, deverá atingir seu volume morto até dezembro, por causa da grave situação hídrica que atinge a região Nordeste. "Estamos com dificuldade muito grande nos reservatórios do Nordeste. Isso é fato. Sobradinho deve zerar de fato neste ano e vai para o volume morto em dezembro", disse.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou em 14/09/16 que o reservatório de Sobradinho, o segundo maior do país em quantidade de água, deverá atingir seu volume morto até dezembro, por causa da grave situação hídrica que atinge a região Nordeste. "Estamos com dificuldade muito grande nos reservatórios do Nordeste. Isso é fato. Sobradinho deve zerar de fato neste ano e vai para o volume morto em dezembro", disse.
Há três anos, Sobradinho, localizado
nos municípios de Sobradinho e Casa Nova, na Bahia, sofre com escassez de água
que afeta todo o Rio São Francisco. Em novembro do ano passado, no fim do
período seco, o reservatório chegou à sua situação mais crítica, com volume de
água correspondente a apenas 1,11% de sua capacidade total, situação que só
passou a melhorar em dezembro, com o início do período chuvoso.
Dados do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela coordenação e controle da
operação da geração e transmissão de energia no País, apontavam que o
reservatório, principal caixa d’água do Nordeste, registrava 12% de sua
capacidade plena. No início de setembro, o ONS informou avaliar a possibilidade
de reduzir a vazão de Sobradinho, de 800 para 700 m3 por segundo.
Nos cálculos do órgão, se for
mantida a vazão atual de 800 m3 - já muito abaixo e fora dos padrões
de 1.100 m³ exigidos pelo IBAMA -, Sobradinho pode chegar a um resultado
negativo de 15% de seu volume morto no fim do ano que vem. O assunto está em análise
pelo IBAMA e pela Agência Nacional de Águas (ANA). "Usaram os
reservatórios mais do que o recomendável, na expectativa de chover, em 2013 e
2014", comentou Coelho Filho.
Volume da represa foi mal utilizado, diz ministro
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Obra
O ministro disse que está
avaliando a possibilidade de contratar uma obra para retenção da água do mar
que entra no Rio São Francisco, a partir de sua foz, na divisa de Sergipe com
Alagoas, situação que tem se agravado por conta do baixo volume de água do rio.
A falta de água no Nordeste
também está comprometendo as operações de usinas térmicas a carvão instaladas
no porto de Pecém, no Ceará, porque são unidades que usam muita água para
resfriar suas turbinas. Há estudos em andamento para que essas unidades passem
a usar água do mar. O governo do Ceará já admitiu a necessidade de ter de
cortar o abastecimento dessas unidades ou aumentar o preço da água fornecida
para as termoelétricas.
Distribuidoras
O ministro de Minas e Energia também informou na quarta-feira que o rombo das seis distribuidoras de energia do grupo Eletrobrás - Cepisa (Piauí), Ceal (Alagoas), Eletroacre, Ceron (Rondônia), Boa Vista Energia (Roraima) e Amazonas Energia - chega a R$ 1,81 bilhão até junho, uma conta que cresce mensalmente.
O ministro de Minas e Energia também informou na quarta-feira que o rombo das seis distribuidoras de energia do grupo Eletrobrás - Cepisa (Piauí), Ceal (Alagoas), Eletroacre, Ceron (Rondônia), Boa Vista Energia (Roraima) e Amazonas Energia - chega a R$ 1,81 bilhão até junho, uma conta que cresce mensalmente.
De acordo com o ministro, foi aprovada nesta
semana pela Agência Nacional de Energia Elétrico (Aneel) resolução que
disciplina o acesso dessas empresas endividadas a fundos do setor elétrico,
como a Reserva Geral de Reversão (RGR). O objetivo é usar o dinheiro para
quitar as dívidas. Os repasses, no entanto, serão feitos como empréstimos, com
regras para serem quitados nos anos seguintes. (correiobraziliense)
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