Trump abre espaço para China liderar sobre mudanças
climáticas
Vitória de Trump abre espaço para China assumir papel
de liderança global sobre mudanças climáticas.
A eleição como presidente dos Estados Unidos de Donald
Trump, que não acredita em mudanças climáticas, deve acabar com a liderança
norte-americana na luta internacional contra o aquecimento global e pode levar
ao surgimento de um novo e improvável líder: a China.
Pessoas caminham no
leito seco de rio em Chongqing, na China.
A China trabalhou de perto com a administração do
presidente Barack Obama para ganhar impulso antes do Acordo de Paris de 2015
sobre mudanças climáticas. A parceria dos dois maiores emissores de gases
causadores do efeito estufa fez com que quase 200 países apoiassem o pacto no
histórico encontro na capital francesa.
Em contraste, Trump chamou o aquecimento global de
farsa criada pela China para ganhar vantagem econômica e disse que planeja
retirar os Estados Unidos do histórico acordo climático, assim como reverter
diversas medidas de Obama para combate das alterações climáticas.
Ele nomeou o conhecido cético sobre mudanças
climáticas Myron Ebell para ajudar a liderar o plano de transição para a
Agência de Proteção Ambiental, que criou as maiores regulamentações ambientais
da administração, como o Plano de Energia Limpa e padrões de eficiência para
carros e caminhões.
Pequim está pronta para lucrar com a boa vontade que
pode receber ao assumir a liderança lidando com o que para muitos governos é
uma das principais questões nas agendas.
"Assumir ações proativamente contra as mudanças
climáticas vai melhorar a imagem internacional da China e permitir que o país
ocupe patamares morais mais altos", disse o vice-diretor do Centro
Nacional de Estratégia para Mudanças Climáticas e negociador sênior chinês
sobre mudanças climáticas, Zou Ji, à Reuters.
Zou disse que caso Trump abandone os esforços de
implementação do acordo de Paris, "a influência e voz da China devem
aumentar na governança global sobre o clima, o que então irá se espalhar para
outras áreas da governança global e aumentar a presença, poder e liderança
global da China".
O Acordo de Paris busca eliminar gradualmente as
emissões de gases causadores do efeito de estufa até a segunda metade do século
e limitar o aquecimento global para "bem abaixo" de 2°C
acima dos níveis pré-industriais. Cada país precisa implementar planos
nacionais para reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa.
(yahoo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário