quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Por que combater as mudanças climáticas?

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 13 diz: “Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos”. Ele é um dos 17 objetivos globais adotados em setembro de 2015 – e acordado por todos os 193 países na ONU. Mas por que ele é importante?
Confira nesse guia sobre o tema.
Por que esse objetivo foi adotado?
A mudança climática é causada por atividades humanas e seus impactos estão ameaçando a maneira como vivemos – e o futuro do nosso planeta. Ao abordarmos as mudanças climáticas, podemos construir um mundo sustentável para todos e para o futuro. Mas precisamos agir agora.
A vida das pessoas está realmente sendo afetada pelas mudanças climáticas?
Sim. O clima severo e o aumento do nível do mar estão afetando as pessoas e suas propriedades nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Desde o agricultor familiar nas Filipinas até um empresário em Londres, a mudança climática está afetando todos – e especialmente os mais pobres e vulneráveis, bem como grupos marginalizados, como mulheres, crianças e idosos.
O que acontece se não agirmos?
Se não for controlada, a mudança global do clima promoverá o retrocesso de uma grande parte dos progressos realizados nos últimos anos em termos de desenvolvimento. Também pode exacerbar, como já vemos, ameaças atuais – como a escassez de alimentos e água, que potencialmente leva a conflitos.
Não fazer nada nos custará muito mais do que se agirmos agora. Temos a oportunidade de tomar medidas que conduzirão a mais postos de trabalho, maior prosperidade e uma vida melhor para todas e todos, reduzindo as emissões de gases de efeito de estufa e construindo a resiliência climática.
Podemos resolver esse problema ou é tarde demais para agir?
Podemos, definitivamente, lidar com as mudanças climáticas, mas temos de ampliar muito nossos esforços. O mundo deve transformar seus sistemas de energia, indústria, transporte, alimentos, agricultura e silvicultura para garantir que possamos limitar o aumento da temperatura global para bem abaixo de 2°C, talvez até 1,5.
Precisamos também antecipar, adaptar e nos tornar resilientes aos impactos atuais e futuros das mudanças climáticas.
Em dezembro de 2015, o mundo deu um primeiro passo significativo ao adotar o Acordo de Paris, no qual todos os países se comprometeram a tomar medidas para lidar com as mudanças climáticas. Ele entrou em vigor dia 04/11/16, e a COP22 será o primeiro grande momento para sua implementação.
Muitas empresas e investidores também estão se comprometendo a reduzir suas emissões por meio da Agenda de Ação Climática – um esforço coordenado e informal nascido na Cúpula sobre o Clima de 2014, em Nova York, que reúne governos, empresas e sociedade civil para adotar novas iniciativas que promovam as ações climáticas.
Quanto custaria para resolver esse problema?
A maneira de pensar sobre isso não é em termos de quão dispendiosa ela será, mas o quanto precisamos investir e quais as oportunidades de investimento existem para lidar com a mudança climática.
No total, o investimento público e privado em energia limpa deve atingir pelo menos US$ 1 trilhão por ano até 2030, e mais para construir a resiliência climática. Isso soa muito, mas considere que dos US$ 1,6 trilhão investidos no fornecimento global de energia em 2013, quase 70% estavam relacionados a combustíveis fósseis.
Além disso, os custos estimados da mitigação não levam em conta os benefícios da redução das mudanças climáticas. Os investimentos de apenas US$ 6 bilhões em redução de risco de desastres nos próximos 15 anos resultariam em benefícios totais de US$ 360 bilhões em termos de perdas evitadas ao longo da vida útil desses investimentos.
Atuando agora, salvamos vidas, economizamos dinheiro e evitamos retrocessos no progresso alcançado até hoje.
O que posso fazer para ajudar a alcançar esse objetivo?
Há muitas coisas que cada um de nós pode fazer como indivíduos. Acompanhe as iniciativas da ONU no seguinte link: https://nacoesunidas.org/tema/ods13 (ecodebate)

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