terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Cataratas sem água

Dá prá ‘fechar’ as Cataratas do Iguaçu?

Parece loucura, mas algo semelhante vai acontecer nos Estados Unidos, pois o país decidiu 'secar' as Cataratas do Niágara.

No final de janeiro, o governo americano deu uma notícia chocante: fechariam as cataratas do Niágara para turismo, para poder reformar o parque. E o plano é ainda mais ambicioso, uma vez que a ideia é “secar” as quedas d'água.
Sim, secar as cataratas do Niágara e seus 52 metros de queda e mais de 2 milhões de litros despejados por segundo. O plano é até barato: US$ 3 milhões. Caminhões e escavadeiras construirão um desvio, obrigando o rio a mudar seu curso.
As quedas do Niágara se dividem em três, duas delas do lado americano e outra no Canadá. As cataratas devem ficar secas por nove meses, em 2019.
Mas e nas cataratas do Iguaçu, algo assim seria possível? Igual ao Niágara, as quedas d'água do sul do Brasil estão na fronteira entre dois países (Brasil e Argentina), mas as semelhanças param por aí.
Diferente da maravilha da América do Norte, em Iguaçu as cataratas são maiores. Ao invés de três quedas, são 275. O volume de água, embora na média seja menor que no equivalente norte-americano, em sua capacidade máxima é recordista mundial.
Empreender uma operação de desvio de rio nas cataratas do Iguaçu seria uma operação bem mais complexa, por envolver não apenas um volume maior, mas por questões geográficas.
Basta olhar imagens aéreas para entender essa dificuldade, uma vez que a foz do rio Iguaçu desce completamente nas cataratas, sem desvios.
Já o rio Niágara possui uma divisão em sua foz, com duas quedas claramente dividias. A operação de desvio é mais simples, por envolver o desvio das águas para o lado canadense do rio.
Operações do gênero são feitas na construção de hidrelétricas, por exemplo, que exigem proezas da engenharia para desviarem cursos de rios. Para a construção da usina de Itaipu, por exemplo, foi necessário desviar o curso de todo o rio Paraná.
Aliás, essa não é a primeira vez que os americanos verão o Niágara seco. Em 1969, o governo dos EUA empreendeu a mesma obra para poder estudar a erosão das cataratas por causa das hidrelétricas Adam Beck 1 e 2.
Na época, tiveram que recolher milhões de moedas jogadas por turistas, e dois corpos de pessoas que tentaram descer as quedas.
Já os que gostariam de dar uma olhada nas cataratas do Iguaçu quase sem água, basta lembrar da seca de 2006, quando a vasão das quedas foram diminuídas em até 70%. (yahoo)

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