Dá prá ‘fechar’ as Cataratas
do Iguaçu?
Parece loucura, mas algo
semelhante vai acontecer nos Estados Unidos, pois o país decidiu 'secar' as
Cataratas do Niágara.
No final de janeiro, o
governo americano deu uma notícia chocante: fechariam as cataratas do Niágara
para turismo, para poder reformar o parque. E o plano é ainda mais ambicioso,
uma vez que a ideia é “secar” as quedas d'água.
Sim, secar as cataratas do
Niágara e seus 52 metros de queda e mais de 2 milhões de litros despejados por
segundo. O plano é até barato: US$ 3 milhões. Caminhões e escavadeiras
construirão um desvio, obrigando o rio a mudar seu curso.
As quedas do Niágara se
dividem em três, duas delas do lado americano e outra no Canadá. As cataratas
devem ficar secas por nove meses, em 2019.
Mas e nas cataratas do
Iguaçu, algo assim seria possível? Igual ao Niágara, as quedas d'água do sul do
Brasil estão na fronteira entre dois países (Brasil e Argentina), mas as
semelhanças param por aí.
Diferente da maravilha da
América do Norte, em Iguaçu as cataratas são maiores. Ao invés de três quedas,
são 275. O volume de água, embora na média seja menor que no equivalente
norte-americano, em sua capacidade máxima é recordista mundial.
Empreender uma operação de
desvio de rio nas cataratas do Iguaçu seria uma operação bem mais complexa, por
envolver não apenas um volume maior, mas por questões geográficas.
Basta olhar imagens aéreas
para entender essa dificuldade, uma vez que a foz do rio Iguaçu desce
completamente nas cataratas, sem desvios.
Já o rio Niágara possui uma
divisão em sua foz, com duas quedas claramente dividias. A operação de desvio é
mais simples, por envolver o desvio das águas para o lado canadense do rio.
Operações do gênero são
feitas na construção de hidrelétricas, por exemplo, que exigem proezas da
engenharia para desviarem cursos de rios. Para a construção da usina de Itaipu,
por exemplo, foi necessário desviar o curso de todo o rio Paraná.
Aliás, essa não é a primeira
vez que os americanos verão o Niágara seco. Em 1969, o governo dos EUA
empreendeu a mesma obra para poder estudar a erosão das cataratas por causa das
hidrelétricas Adam Beck 1 e 2.
Na época, tiveram que
recolher milhões de moedas jogadas por turistas, e dois corpos de pessoas que
tentaram descer as quedas.
Já os que gostariam de dar
uma olhada nas cataratas do Iguaçu quase sem água, basta lembrar da seca de
2006, quando a vasão das quedas foram diminuídas em até 70%. (yahoo)
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