Derretimento de geleiras não
polares causa 30% da elevação do mar
Dado foi apresentado em estudo na
revista 'Science'.
Gelo dos continentes já derrete
no mesmo volume que calotas polares.
Geleira Aletsch, nos Alpes
Suíços.
Estudo
publicado aponta que o derretimento das geleiras -- que não se localizam nas
regiões polares -- foi responsável por 30% do aumento do nível do mar
registrado entre os anos de 2003 e 2009. O trabalho envolveu 16 pesquisadores
de 10 países e foi publicado pela revista “Science”.
Geleiras
são áreas em que a quantidade de neve que se acumula é maior que a que derrete,
o que leva à existência de um volume constante de gelo. Cerca de 99% do volume
de gelo na Terra fica nas zonas polares, e o outro 1% se acumula nas geleiras,
que ficam distribuídas pelos continentes, geralmente em áreas muito altas e
montanhosas. Quando esse gelo derrete, dá origem a rios e a água chega, enfim,
aos oceanos.
A
pesquisa usou dados de satélite da NASA obtidos entre 2003 e 2009 e, pela
primeira vez, fez um cálculo preciso do efeito que as geleiras tiveram sobre o
aumento do nível do mar – uma média de 0,7 milímetros por ano. É o mesmo volume
que as geleiras dos dois polos despejaram juntas nos oceanos.
“Como a massa global dessas geleiras é relativamente pequena em comparação com o volume gigante de gelo na Groenlândia e na Antártica, as pessoas tendem a não se preocupar”, afirmou Tad Pfeffer, pesquisador da Universidade do Colorado, nos EUA, em material divulgado pela NASA. No entanto, ele definiu essas formações hidrológicas como “um colaborador importante para o aumento do nível do mar”.
De
acordo com as estimativas atuais, se todo o gelo das geleiras não polares
derretesse, o nível do mar subiria em 60 centímetros. Como base de comparação,
o gelo acumulado na Groenlândia é suficiente para aumentar o nível do mar em 6
metros, e o da Antártica faria os oceanos subirem 60 metros. (g1)
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