Pesquisadores preveem
agravamento da seca no Nordeste entre fevereiro e abril.
Quixadá – Símbolo das
obras de combate aos efeitos da seca, o Açude Cedro, que começou a ser
construído em 1890, não abastece mais a cidade.
A
seca na Região Nordeste, que já dura cinco anos, deve se agravar ainda mais no
período de fevereiro a abril, de acordo com a Previsão Climática Sazonal. O
documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal
(GTPCS), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC).
As
previsões indicam que neste ano haverá menos chuvas na região, causando
preocupação com o quadro hídrico. Segundo o documento, a tendência é que os
reservatórios do Nordeste não tenham recuperação significativa durante a
estação chuvosa, uma vez que as precipitações devem ficar abaixo da média
histórica.
Os
pesquisadores alertam para o “acentuado risco” de esgotamento da água
armazenada em represas e açudes, entre novembro deste ano e janeiro de 2018,
nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco.
Pelo
aumento do potencial de queimadas a partir de fevereiro, a estiagem na região
do extremo norte da Região Norte também gera preocupação, especialmente nas
áreas leste e nordeste de Roraima.
Açude
em município do Ceará.
Isso
deve ocorrer em função das temperaturas mais altas. A seca eleva o risco de
focos de incêndio, que podem se alastrar por grandes áreas de floresta. “Se a
cobertura vegetal diminui, o solo fica mais exposto e gera um aumento maior na
temperatura. É um círculo vicioso”, diz o coordenador-geral de Pesquisa e
Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
Naturais (Cemaden), José Marengo. O Cemaden é ligado ao MCTIC e tem
participação no grupo de trabalho. (ecodebate)
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