Mudanças climáticas têm consequências devastadoras para a
saúde da população, alerta a OMS.
Os números dos desastres no México e
em Dominica
Conferência elegerá novo diretor da
OPAS
Os furacões
Irma e Maria, que devastaram o Caribe, são “um trágico lembrete de que o clima
do nosso mundo está mudando, com efeitos devastadores para a saúde”, alertou o
diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom
Ghebreyesus. Declaração foi feita na abertura da 29ª Conferência Pan-Americana
da Saúde, que teve início dia 25/09/17 em Washington.
Fenômenos
naturais ocuparam o centro dos debates.
Anastasia Chairet, de sete anos, atravessa uma ponte improvisada após a
passagem do furacão Irma pelas ilhas Turks e Cacos, no Caribe.
O dirigente
máximo da agência da ONU acrescentou que a OMS tem feito o possível para dar
apoio “aos pequenos Estados insulares, que são os menos responsáveis pelas
mudanças climáticas, mas o que estão mais em risco”.
Dirigindo-se
aos representantes de países caribenhos e também do México — recentemente
atingido por dois terremotos —, a chefe da Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS), Carissa Etienne, expressou condolências pelas mortes e pela destruição
provocada pelas catástrofes.
“Comprometemo-nos
a trabalhar com todos vocês para garantir o rápido restabelecimento e
funcionamento efetivo de seus sistemas de saúde. As perdas econômicas
resultantes desses desastres, incluindo seus impactos físicos diretos, serão
astronômicas”, afirmou a dirigente. Etienne enfatizou ainda que a reconstrução
será enorme e difícil, sobretudo para os pequenos Estados insulares em
desenvolvimento, para os pobres e mais vulneráveis.
Em 19/09/17
um terremoto de 7,1° na escala Richter atingiu o México, deixando ao menos 249
pessoas mortas e outras 1,8 mil feridas. Em 07/09/17 outros tremores — de
intensidade 8,1 — já haviam afetado o sul do país. Segundo as autoridades
nacionais, nenhum dos 94 estabelecimentos de saúde da Cidade do México sofreu
danos severos e todos estão operando completa ou, ao menos, parcialmente.
Em
Dominica, uma das ilhas caribenhas arrasadas pelos furacões Irma e Maria, 85%
das moradias foram danificadas pelas tempestades. Água e alimento são escassos.
Uma equipe da OPAS que esteve no país na semana passada relatou que serviços
críticos de diálise e transfusão de sangue não estavam disponíveis para a
população.
Em resposta
à crise, o Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional
(DFID) liberou 2,5 milhões de libra esterlinas para ampliar as iniciativas de
saúde nas zonas afetadas. Saiba mais sobre a situação do Caribe clicando aqui.
A
Conferência Pan-Americana da Saúde reuniu em 29/09/17 representantes de todos os Estados-membros da OPAS para discutir os
rumos da cooperação técnica que a agência desenvolve com cada país. O evento
acontece apenas de cinco em cinco anos, sendo a instância deliberativa mais
elevada do organismo regional. Durante o encontro, as nações que integram a
OPAS escolherão um novo diretor para a entidade.
Dominica
apresentou a candidatura de Carissa Etienne, que é a atual diretora da OPAS.
Ela tomou posse em 2013. Até o momento, Etienne é a única gestora apresentada
para disputar o cargo. Conforme o regulamento, a dirigente pode renovar seu
mandato por mais cinco anos.
Ao longo
das atividades da Conferência, a OPAS divulgará o informe Saúde nas
Américas+2017, que atualiza a situação de saúde em cada um dos 52 países e
territórios da região.
Entre as
pautas do 29ª encontro, estão políticas de combate ao tabagismo; as
consequências da violência para o bem-estar da população; e estratégias de
prevenção do câncer cervical. Também será discutida a Agenda de Saúde
Sustentável das Américas, que foi desenvolvida pelos próprios países-membros da
OPAS e servirá de marco para o trabalho regional voltado para o cumprimento
dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU.
Durante a
semana, serão realizados ainda vários eventos paralelos sobre temas como
desigualdades no acesso a saúde; mudanças climáticas e saúde; saúde dos
migrantes; melhorias dos serviços de saúde para melhorar gerenciamento de
doenças não transmissíveis; políticas para promover uma alimentação saudável; e
segurança no trânsito. (ecodebate)
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