Países pobres perderão 10% do PIB per capita com a mudança
climática, diz FMI.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse em 27/09/17 que
os países pobres serão incapazes de fazer frente sozinhos aos efeitos
econômicos do aquecimento global sem um esforço global das economias
desenvolvidas, e calcula uma perda estimada de 10% de seu Produto Interno Bruto
(PIB) per capita até 2100. A informação é da agência EFE.
“Se não houver esforços globais para frear as emissões de
carbono, o previsto aumento na temperatura suprimirá cerca de uma décima parte
do PIB per capita dos países de baixos investimentos para finais do século
XXI”, apontou o FMI em um dos capítulos analíticos de seu relatório
Perspectivas Econômicas Globais.
Estas projeções se baseiam em cenários conservadores de
aumento de 1 grau centígrado na temperatura destes países, o que se traduziria
em menor produção agrícola, esfriamento dos investimentos e danos à saúde.
O documento enfatiza que “dado que as economias avançadas e
emergentes são as que contribuíram em grande medida ao aquecimento global e
devem continuar nesse caminho, ajudar os países de baixos investimentos a
encarar suas consequências é um imperativo humanitário e uma sensata política
econômica global”.
Estas projeções se baseiam em
cenários conservadores de aumento de 1°C na temperatura destes
países, o que se traduziria em menor produção agrícola.
Para
o organismo dirigido por Christine Lagarde, um dos principais problemas é que
“as políticas domésticas destes países não são suficientes” para protegê-los
das mudanças climáticas, devido aos seus poucos recursos econômicos, ao citar
exemplos de alguns dos países mais expostos, como o Haiti, o Gabão e Bangladesh.
“À
medida que as altas temperaturas ultrapassam os limites biofísicos dos
ecossistemas destes países, poderia haver epidemias mais frequentes, fome e
outros desastres naturais, ao mesmo tempo que é alimentada a pressão migratória
e o risco de conflitos”, indicou.
Cerca de 60% da população mundial vive em países onde o
aquecimento global provavelmente produzirá estes “efeitos perniciosos”, atestou
o Fundo Monetário Internacional.
O
FMI apresentará o seu relatório completo, com as novas projeções de crescimento
global, no marco de sua Assembleia Anual que será realizada em Washington,
entre 10 e 15 de outubro, e à qual estão presentes os ministros de Economia de
189 países-membros. (ecodebate)
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