Dessalinização e aquaponia estão na pauta da Comissão de Meio Ambiente.
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) promoveu sua primeira reunião de 2018 em 06/02/18 a partir das 11h30 hs. É 15 itens na pauta de votações, entre eles o PLS 259/2015, que incentiva a dessalinização da água do mar e das águas salobras subterrâneas para o consumo humano no semiárido e nas bacias hidrográficas com poucos recursos hídricos.
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) promoveu sua primeira reunião de 2018 em 06/02/18 a partir das 11h30 hs. É 15 itens na pauta de votações, entre eles o PLS 259/2015, que incentiva a dessalinização da água do mar e das águas salobras subterrâneas para o consumo humano no semiárido e nas bacias hidrográficas com poucos recursos hídricos.
Do senador Eunício Oliveira
(PMDB-CE), atual presidente da Casa, está sendo analisado em decisão
terminativa, ou seja, se aprovado, pode seguir direto para a Câmara dos
Deputados, a menos que haja recurso para que seja analisado pelo plenário do
Senado.
A dessalinização é o
processo de remoção dos sais dissolvidos na água do mar ou nas águas salobras
subterrâneas, produzindo água doce, que pode ser utilizada, principalmente,
para consumo humano ou para aplicações industriais. O texto estabelece o
incentivo à dessalinização como diretriz da Política Federal de Saneamento.
Dessalinizar a água do mar
ou outra fonte subterrânea é a medida geralmente adotada em países e regiões
desérticas, diante da escassez hídrica.
O projeto também determina
que a União deve priorizar o atendimento ao consumo humano no semiárido e em
outras localidades com escassez de água na hora de decidir sobre a alocação de
recursos para incentivar a adoção de tecnologias de dessalinização da água.
Para o relator na CMA,
senador João Capiberibe (PSB-AP), a proposta enriquece a Lei de Saneamento
Básico ao incentivar a adoção da dessalinização de água, cuja importância pode
ser destacada no caso do abastecimento humano na região do semiárido
nordestino. O relatório é pela aprovação, sem emendas.
Aquaponia
Outro projeto com decisão final
na Comissão de Meio Ambiente é o PLS 162/2015, do senador Benedito de Lira
(PP-AL), que incentiva a aquaponia. Trata-se de um sistema de produção de
alimentos que combina a criação de peixes e crustáceos com a hidroponia
(cultivo de plantas em água) em um ambiente integrado. Em pequenos espaços, por
exemplo, é possível produzir diversos vegetais, não sendo necessário adubo,
pois as fezes dos peixes mineralizam a água.
Entre
os benefícios previstos na proposta estão prioridades na concessão e renovação
de direitos de uso de recursos hídricos, a adoção de incentivos fiscais, a
preferência para quem adotar a aquaponia como fornecedor do Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) e o direito a crédito rural com juros
diferenciados.
A aquaponia é um sistema de
produção de alimentos que combina a criação de peixes, lagostas e camarões com
a hidroponia (cultivo de plantas em água) em um ambiente simbiótico. Em
pequenos espaços é possível produzir diversos vegetais e tilápias, não sendo
necessário adubo, pois as fezes dos peixes mineralizam a água.
O relator do projeto,
senador Valdir Raupp (PMDB-RO), vê o desenvolvimento da aquaponia como algo
estratégico no atual momento de crise hídrica que afeta diversas regiões
brasileiras. "A economia de água chega a 90% em relação à agricultura
convencional", destaca no relatório.
Raupp também incluiu
emendas buscando incentivar a prática entre pequenos produtores familiares.
Para isso, trocou a expressão “proprietários rurais” do texto original por
“produtores rurais”, como uma maneira de contemplar aqueles que não possuem a
titularidade da terra.
O texto ainda estimula a
aquaponia em áreas urbanas, como forma de beneficiar especialmente famílias de
baixa renda. (noticiasagricolas)
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