Estudo inédito realizado pela
UFRJ mostra que plásticos reduzem emissões de gases de efeito estufa.
Levantamento feito nos
setores automotivo, de construção civil e têxtil comparou o impacto ambiental
de polímeros ao substituírem outros materiais e a emissão de gases responsáveis
pelo efeito estufa.
O estudo inédito no Brasil
revelou os benefícios dos plásticos para o meio ambiente quando são utilizados
em setores industriais estratégicos para a economia brasileira: automotivo,
construção civil e têxtil.
Desenvolvido pelo Laboratório
de Sistemas Avançados de Gestão de Produção (SAGE/COPPE), da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, a pedido da Braskem e revisado pela KPMG, o estudo
calculou as emissões de CO2 equivalentes (CO2-eq)
evitadas e evitáveis pelo uso de produtos plásticos em substituição a outros
materiais tradicionais.
Iniciada em 2013, a pesquisa
utilizou como base a metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) para
constatar que o plástico pode contribuir para a redução das emissões de CO2
na atmosfera.
“Após o Protocolo de Paris –
maior acordo climático já ratificado por países para combater as mudanças
climáticas – a redução de emissões de gases do efeito estufa entrou para a
agenda de todos os setores. Usamos a Avaliação do Ciclo de Vida, de modo a
compararmos não apenas as emissões relativas à fabricação do plástico e dos
outros materiais, mas também as emissões em outras etapas, como o uso dos
produtos, o seu transporte e sua destinação final. Com os resultados de nosso
estudo, cada setor saberá em que ponto da cadeia de suprimentos deve introduzir
melhorias”, comenta Virgílio José Martins Ferreira Filho, professor titular do
Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ.
No setor automotivo, a adoção
do plástico promoveu a redução do consumo de combustível e, consequentemente,
diminuição na emissão de CO2. Isso porque, a substituição de
componentes de metais e madeira por resinas plásticas, com menor densidade,
tornou os carros mais leves e menos poluentes, além de mais econômicos na linha
de produção.
Um automóvel médio de mil
quilos, por exemplo, tem 11% do seu peso em plástico. Sem polímeros entre as
peças, o peso do veículo chega a ser 16,5% maior.
Neste cenário, segundo o uso de plásticos na
frota brasileira nos últimos dez anos foi responsável por evitar o equivalente
a 126.540 kt de CO2-eq, aproximadamente a mesma quantidade de gases
de efeito estufa emitida pela República Tcheca em 2013, país com cerca de dez
milhões de habitantes. Vale lembrar que grande parte dessas emissões se dará ao
longo da vida útil do carro.
Na construção civil, o
plástico também ajudou a substituir materiais pesados com mais eficiência. Em
residências e edifícios, as tubulações de policloreto de vinila (PVC),
utilizadas para distribuição de água potável, ganharam espaço no mercado.
Os principais motivos foram a
resistência do PVC à corrosão, sua flexibilidade e fácil manutenção. Na comparação
entre os dois materiais, o impacto ambiental da tubulação em PVC é 52% inferior
em relação ao aço-galvanizado (em kg de CO2 equivalente).
O uso do PVC é tão importante
que, por exemplo, no caso do Programa Minha Casa Minha Vida, que entregou 2,98
milhões de moradias de 2009 a 2016 – média de 372,5 mil por ano – o uso de
tubos de PVC na parte hidráulica das casas populares possibilitou ao setor da
construção civil evitar a emissão de 30 kt de CO2-eq, anualmente, o
que equivale a um carro padrão de passageiros dando 2.908 voltas na Terra.
Braskem, líder na produção de resinas plásticas nas Américas, continua a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa (GEE), colocando a indústria química nacional em um novo patamar global de sustentabilidade.
Braskem, líder na produção de resinas plásticas nas Américas, continua a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa (GEE), colocando a indústria química nacional em um novo patamar global de sustentabilidade.
A aplicação de laminados
sintéticos, feitos de PVC e poliéster, na indústria têxtil também foi destaque
do estudo. A comparação foi feita para o revestimento de calçados originalmente
em couro.
A partir dos resultados do
estudo, ao substituir o revestimento de mil pares de calçado feminino (20cm x
20 cm por pé) de couro por laminado sintético, evita-se a emissão de 250 kg de
CO2-eq. Em 2013 foram produzidos mais de 136 milhões de pares de
calçados utilizando laminados sintéticos, o que representa emissões evitadas de
mais de 34 mil t de CO2-eq³. (ambienteenergia)
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