Poluição já custa à China US$
1 bilhão por dia.
Vivemos em uma corda bamba:
depois das boas notícias dando conta de que em muitos lugares a qualidade do ar
havia melhorado bastante, em função da quase paralisação das fábricas e do
trânsito por conta da pandemia, na China, onde a situação parece estar se
normalizando, a poluição volta a explodir, superando os níveis anteriores à
pandemia.
O Centre for Research on
Energy and Clean Air (CREA), instituição de pesquisa baseada em Helsinque,
lembra que na China os níveis de dióxido de nitrogênio (NO2) caíram
cerca de 40% e os de dióxido de carbono (CO2) caíram cerca de 25%
durante o período de paralisação. Mas, nestes últimos 30 dias, os níveis
passaram a ser superiores aos observados em período similar do ano passado.
Esses números foram obtidos compilando-se os dados registrados por 1.500
estações de observação instaladas naquele país.
Imagens de satélite mostraram
um declínio dramático nos níveis de poluição sobre a China, o que é "pelo
menos em parte" causado por uma desaceleração econômica provocada pelo
coronavírus, segundo a agência espacial americana NASA.
Os mapas da NASA mostram
níveis decrescentes de dióxido de nitrogênio este ano.
O CREA lembra que algo
similar aconteceu em 2008, quando o governo chinês passou estimular a economia
como forma de escapar da grande crise econômico/financeira daquele ano, gerando
uma onda sem precedentes de projetos de desenvolvimento, com recordes de
consumo de carvão, cimento e aço. O carvão, altamente poluente, é parte
importante da matriz energética chinesa e a indústria de cimento também é
altamente poluente; quanto ao aço, o Brasil foi beneficiado, com o aumento da
importação de minério brasileiro pelos chineses.
O fim da pandemia não será o
fim de nossos problemas; o “airpocalypsis” – jogo de palavras com as expressões
inglesas “air” e “apocalypsis”, de significado óbvio, não deve sair de nosso
rol de preocupações.
NO₂ – mapas baseados em leituras de
satélite da ESA. (ecodebate)
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