Níveis de CO2
atingem pico em maio mesmo com desaceleração econômica provocada pela pandemia.
O mês passado foi o maio mais
quente já registrado, e os níveis de dióxido de carbono também atingiram um
novo pico mesmo com a desaceleração econômica em decorrência da pandemia de
COVID-19.
As informações foram
confirmadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 05/06/2020, em um
apelo para os Estados-membros renovarem seus esforços para enfrentar as ameaças
climáticas.
Maio de 2020 foi o mais quente já registrado, confirmou a agência meteorológica da ONU.
Maio de 2020 foi o mais quente já registrado, confirmou a agência meteorológica da ONU.
“Governos irão investir em
recuperação e existe uma oportunidade de enfrentar o clima como parte do
programa de recuperação”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
Ele afirmou que, se esse
curso de ação for tomado, “existe uma oportunidade de começar a diminuir a
curva (de emissões) nos próximos cinco anos”.
O apelo coincidiu com o Dia
Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 05/06, e com um aviso de que
temperaturas mais altas e maiores concentrações de gases de efeito estufa terão
um grande impacto na biodiversidade, no desenvolvimento socioeconômico e no
bem-estar humano.
Ecoando o apelo de que é hora
de voltar a crescer de forma mais ecológica e reconstruir melhor as pessoas e o
planeta, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a natureza
estava “nos enviando uma mensagem clara: estamos prejudicando o mundo natural –
em nosso próprio detrimento. A degradação do habitat e a perda de
biodiversidade estão se acelerando”, disse.
Clima e o novo coronavírus
“Ruptura climática está
piorando. Incêndios, inundações, secas e tempestades estão mais frequentes e
prejudiciais”, afirmou Guterres.
“Os oceanos estão aquecendo e
acidificando, destruindo os ecossistemas dos corais. E agora, um novo
coronavírus enfurecido está minando a saúde e os meios de subsistência. Para
cuidar da humanidade, precisamos cuidar da natureza”, completou.
Qualquer desaceleração
industrial e econômica em decorrência da COVID-19 não substitui uma ação
coordenada e sustentada para reduzir as emissões de gases de efeito estufa,
explicou Taalas.
Isso se dá porque gases como o dióxido de carbono e metano duram na atmosfera por centenas de anos, então qualquer tipo de medida em curto prazo, como a quarentena, não trará benefícios de longo prazo. (ecodebate)
Isso se dá porque gases como o dióxido de carbono e metano duram na atmosfera por centenas de anos, então qualquer tipo de medida em curto prazo, como a quarentena, não trará benefícios de longo prazo. (ecodebate)
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