Degradação dos solos afeta 3,2 bilhões de pessoas,
alerta ONU.
“A saúde da Humanidade
depende da saúde do planeta. Hoje, o nosso planeta está doente.”
Alerta é do secretário-geral
da ONU António Guterres, em mensagem de vídeo em 17/06/2020 para o Dia Mundial
de Combate à Desertificação e à Seca. Ele destacou que um número alarmante de
3,2 bilhões de pessoas são afetadas pela degradação dos solos.
Segundo a ONU, 70% dos solos
foram transformados pela atividade humana. “Podemos reverter esta tendência e
trazer soluções para uma ampla gama de desafios, desde a migração forçada e a
fome, até as mudanças climáticas”, disse.
Guterres afirmou que, no
Sahel africano, o chamado “Grande Corredor Verde” está transformando vidas e
meios de subsistência – do Senegal ao Djibuti.
Com a recuperação de 100
milhões de hectares de solos degradados, é possível manter a segurança
alimentar, a subsistência das famílias e a criação de empregos. Tais esforços
trazem de volta a biodiversidade, reduzem os efeitos da mudança climática e
tornam as comunidades mais resilientes.
“Benefícios superam os custos
em 10 vezes”, estimou António Guterres, apelando para um “novo contrato com a
natureza”.
“Através da ação e da
solidariedade internacionais, podemos aumentar a recuperação dos solos e as
soluções baseadas na natureza para a ação climática e o benefício das gerações
futuras. Ao fazer isso, podemos atingir os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável e não deixar ninguém para trás”, concluiu Guterres.
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