O banco também disse que
incentivará clientes a não comprarem ou produzirem carne bovina ou soja oriunda
do Cerrado, que ocupa 20% do Brasil, só financiando aqueles que adotarem uma
estratégia de desmatamento zero até 2025.
Grupos ambientalistas
disseram que a decisão do BNP Paribas enviou uma mensagem contundente a
empresas que negociam commodities na região, mas pressionaram por ações mais
rápidas.
"Instituições
financeiras expostas ao setor agrícola do Brasil precisam contribuir para esta
luta contra o desmatamento. Este é o caso do BNP Paribas", disse o banco
em um comunicado.
Alguns cientistas alertam que
a floresta amazônica, que se estende por nove países, ruma para uma espiral
mortal, já que o desmatamento prossegue aceleradamente.
Uma área da floresta tropical
amazônica do tamanho de Israel foi derrubada em 2020, de acordo com a entidade
Amazon Conservation.
Metade do Cerrado já foi
derrubado e é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta, disseram quatro
ONGs ambientalistas em um comunicado conjunto.
"O BNP Paribas está dando mais cinco anos para os negociantes derrubarem florestas impunemente", disse Klervi Le Guenic, do Canopée –Forêts Vivantes.
No mês passado, o BNP e outros bancos de empréstimos europeus, como Credit Suisse e Dutch bank ING, comprometeram-se a parar de financiar o comércio de petróleo cru do Equador graças à pressão de ativistas que almejam proteger a Amazônia. (noticiasagricolas)
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