No entanto, a gestão
inadequada desses materiais tem gerado um crescente problemática ambiental,
pois ao longo do tempo, os plásticos descartados de forma incorreta, sofrem
degradação mecânica e química, fragmentando-se em pedaços menores, com
dimensões geralmente inferiores a 5 milímetros e que atualmente chamamos de
microplásticos.
A degradação destes materiais
plásticos ocorre devido à exposição a vários fatores ambientais, como luz
ultravioleta, calor, oxigênio e agentes oxidantes. Esses fatores podem quebrar
as ligações químicas que mantêm os polímeros unidos, resultando na fragmentação
dos plásticos em microplásticos.
Além disso, processos
mecânicos, como abrasão e fricção, também contribuem para a formação de
microplásticos, especialmente em ambientes marinhos, onde a ação das ondas e a
interação com sedimentos desempenham um papel importante.
Diferente do que ocorre com outros materiais ao se degradarem, o plástico devido a sua grande estrutura, se fragmenta em pedaços menores, mas não em moléculas pequenas, como CO2 e H2O, como ocorre nos materiais orgânicos e este comportamento caracteriza os microplásticos.
Microplásticos e a ameaça invisível à saúde
Atualmente já foram
detectados microplásticos em inúmeros ambientes, desde oceanos até rios, solos
e até mesmo no ar.
Estudos recentes revelam que
essas partículas representam uma ameaça significativa para a vida marinha e
para os ecossistemas aquáticos.
Microplásticos podem ser
ingeridos por uma ampla variedade de organismos marinhos, desde os menores
zooplânctons até grandes mamíferos marinhos. Essa ingestão pode causar uma
série de efeitos adversos, como obstrução do trato digestivo, redução da
capacidade de alimentação, alterações comportamentais e até mesmo toxicidade
devido aos produtos químicos presentes nos plásticos ou adsorvidos na
superfície.
Além dos impactos nos
organismos marinhos, os microplásticos também afetam os ecossistemas aquáticos
como um todo. Eles podem transportar poluentes químicos, como pesticidas e
metais pesados, e servir como vetores para organismos patogênicos, contribuindo
para a disseminação de doenças.
Podem afetar processos
biogeoquímicos fundamentais, como o ciclo de nutrientes e a produtividade dos
ecossistemas marinhos.
Para mitigar os impactos dos microplásticos, é crucial adotar medidas que reduzam o consumo e o uso de plásticos descartáveis, promover a reciclagem e implementar políticas de gestão de resíduos eficazes.
EP 60 MICROPLÁSTICOS A AMEAÇA INVISIVEL DO SECULO XXI
Além disso, é importante
conscientizar a população sobre os impactos do descarte inadequado de plásticos
e incentivar a adoção de alternativas mais sustentáveis. Ações coordenadas em
níveis local, nacional e global são essenciais para proteger nosso meio
ambiente e a vida marinha dos danos causados pelos microplásticos. (ecodebate)
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