No final de julho/24, a Terra
entrará no “cheque especial”, esgotando sua capacidade de renovação de recursos
do ano, depois de uma série de maus tratos, excesso de poluição, desmatamentos,
uso excessivo de agrotóxicos e tantos outros problemas que prejudicam a saúde
do habitat humano.
O planeta nos deu o sinal de
que, se não mudássemos nossa forma de interagir com a natureza, estaríamos em
perigo.
Mas, não e não! Isso era
bobagem, afinal a Terra sempre se reinventa, seus recursos são inesgotáveis e
ela suporta tudo. Afinal, serve para nos servir e nada mais.
Daí
em diante, nada mudou, e no final daquele mesmo ano tomou-se conhecimento sobre
o Corona vírus, na China. Mas, poderia um vírus do outro lado do mundo chegar
até aqui? Não e não.
Em março de 2020, o mundo
“fechou”. Todos se viram isolados e o vírus tão temido chegou até aqui, afinal,
vivemos em uma cadeia que conecta todos os seres vivos e também o meio
ambiente.
Com o mundo parado, o céu
ficou mais bonito, no silêncio das ruas, podíamos ouvir novamente os cantos dos
pássaros, e as espécies voltaram a aparecer nas nossas janelas, como carcarás,
canarinhos, jacus e outros. E assim, percebeu-se que com as ruas vazias e a
redução de gases poluentes, o ar ficou mais leve. Como consequência,
conseguimos aumentar a sobrevida dos nossos recursos naturais e tivemos o marco
do Dia de Sobrecarga da Terra apenas em 22 de agosto daquele ano.
Mas, por que o mundo parou?
Deveríamos voltar a produzir, e assim o fizemos, afinal, a natureza daria conta
do recado, já que ela serve justamente para isso. Não?!
Com o tempo, acreditou-se que o vírus não existia, não era preciso usar máscara e, no Brasil, ele nem era tão agressivo assim… Chegamos ao número de mais de 550 mil mortos.
Com o Planeta Terra em estado crítico, a crise climática é real e perigosa
Os sinais vitais do planeta
alertam para ameaças catastróficas para humanidade baseadas nos recentes
desastres naturais do planeta.
Mas, não! Isso ainda não era
o suficiente.
De nossas casas, vimos que desmatamentos e queimadas clandestinas se intensificaram, mesmo durante uma crise sanitária
global, com a esperança de que a Terra se reinventaria e suportaria todos os
danos causados. E, assim, continuamos vivendo nos excessos, consumindo muito,
gerando muito lixo e causando uma sobrecarga irreversível em nosso ecossistema.
Não e não! Ainda está tudo
bem.
E, continuamos seguindo nossas vidas, ignorando que caos em que nos encontramos é consequência de tudo que temos plantado até aqui no planeta TERRA. Desmatamos florestas, retiramos o habitat natural de animais, que passam a invadir as cidades, e depois reclamamos dos vírus que eles trazem até nós.
A Terra deu e está dando sinais claros de cansaço.
O clima mudou, temos o maior frio dos últimos anos e até mesmo a neve chegou ao Brasil, um país tropical. Água, um recurso abundante e considerado infinito em nosso país, resolveu ficar esgotável e com isso também enfrentamos uma das maiores crises hídricas vistas por aqui.
"Desde os terraplanistas até os cloroquiners, os antivacinas ou os antiaquecimento global, todos, em algum nível e em algum momento, negam a própria “realidade dos fatos”, por mais evidente que ela seja"
Não, não e não!
Até quando as negativas das governanças globais e da população, como um todo, continuarão ocultando um problema latente na vida dos seres humanos? Retrocedermos a data do Dia de Sobrecarga da Terra, justamente no período em que voltamos a ocupar as ruas, só mostra o quão grande são nossos impactos na vida e na renovação de recursos em nosso planeta.
A Terra chegou em sua exaustão, mudanças climáticas estão acontecendo a todo momento e o que acontece com um, pode acontecer com todos. Nada nos difere do “todo”, somos conectados e dependemos dos animais, da água e das plantas para sobrevivermos.
Não é a Terra que precisa se renovar, mas sim nós, como sociedade, para pararmos de caminhar rumo à própria extinção. (ecodebate)
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