sábado, 29 de junho de 2024

Mobilização juvenil e educação climática

Mobilização juvenil e educação climática: respostas aos eventos climáticos extremos.
As mudanças climáticas representam uma ameaça crescente e complexa para a sustentabilidade ambiental e a sobrevivência humana. Fenômenos como ondas de calor, inundações, secas, tempestades e incêndios florestais têm se tornado cada vez mais frequentes e intensos devido às atividades humanas que alteram os ecossistemas naturais (Nusche et al., 2024). Além de documentar e entender esses fenômenos, é crucial preparar as futuras gerações para enfrentá-los e mitigar seus impactos. Nesse contexto, a educação para as mudanças climáticas (EduClima) emerge como uma ferramenta indispensável, capacitando jovens a compreender e agir sobre as questões climáticas (Fletcher, 2023). Paralelamente, o ativismo juvenil tem se destacado como uma força significativa na luta global pela preservação do meio ambiente, exemplificado por figuras como Greta Thunberg e movimentos como Fridays for Future. Este artigo explora a interconexão entre eventos climáticos extremos, a importância da educação climática e o papel vital do ativismo juvenil, argumentando que uma abordagem integrada é essencial para enfrentar a crise climática.
Eventos climáticos extremos e mudanças climáticas

As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças à sustentabilidade ambiental e à sobrevivência humana. Fenômenos como ondas de calor, inundações, secas, tempestades e incêndios florestais, conhecidos como eventos climáticos extremos, têm se tornado cada vez mais frequentes e intensos, em grande parte devido às atividades humanas que alteram os ecossistemas naturais.

Os eventos climáticos extremos são caracterizados por desvios significativos das condições climáticas normais, ocorrendo em períodos curtos e específicos. As mudanças climáticas, por outro lado, referem-se às alterações de longo prazo nos padrões climáticos médios da Terra, incluindo temperatura, precipitação, ventos e correntes oceânicas (Nusche et al., 2024). Estas mudanças de longo prazo não só influenciam a frequência, mas também a intensidade dos eventos climáticos extremos.

Nos últimos vinte anos, o número de desastres relacionados ao clima aumentou substancialmente, com inundações e tempestades sendo os eventos mais comuns. Recentemente, secas, incêndios florestais e temperaturas extremas também se tornaram mais frequentes e severas. Embora países de baixa renda sejam os mais impactados, os riscos climáticos estão crescendo também em países de alta renda. Em 2018, países desenvolvidos enfrentaram severas ondas de calor e secas, com a Europa vivenciando um aumento drástico na incidência de ondas de calor extremo, tornando esses eventos até 100 vezes mais prováveis do que há um século (Nusche et al., 2024).

Os impactos das mudanças climáticas são amplamente documentados e demonstram um padrão de aumento em eventos extremos. Por exemplo, espera-se que uma criança nascida em 2024 experimente um número significativamente maior de eventos climáticos extremos ao longo de sua vida em comparação com uma nascida em 1970, incluindo três vezes mais inundações fluviais, o dobro de ciclones tropicais e incêndios florestais, quatro vezes mais quebras de colheitas, cinco vezes mais secas e 36 vezes mais ondas de calor (Thiery et al., 2021).

Escolas e comunidades na mobilização por um futuro sustentável

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi o ano mais quente registrado nos últimos 174 anos. Além disso, os últimos nove anos, de 2015 a 2023, foram os mais quentes da história (Inmet, 2023). Este aquecimento é amplamente atribuído ao aumento das concentrações de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que atingiram níveis recordes em 2022 e continuam a crescer em 2023 (Inmet, 2023).

O Brasil, em 2023, enfrentou 12 eventos climáticos extremos, dos quais 9 foram considerados incomuns e dois sem precedentes. Estes eventos incluíram cinco ondas de calor, três chuvas intensas, uma onda de frio, uma inundação, uma seca e um ciclone extratropical. Entre os eventos mais significativos estava uma onda de calor sem precedentes que atingiu a Amazônia em julho de 2023, contribuindo para uma das piores secas já registradas na região (ONU, 2024).

No final de agosto de 2023, temperaturas superiores a 41 °C foram registradas no Rio de Janeiro e São Paulo, causando um impacto significativo na saúde pública e no meio ambiente. A seca resultante na Amazônia levou à morte de mais de 150 botos cor-de-rosa no Lago Tefé e contribuiu para um recorde de 22.061 focos de incêndio na região em outubro, a maior quantidade desde 2008. A fumaça desses incêndios impactou severamente a qualidade do ar em Manaus (ONU, 2024).

O Rio Grande do Sul também sofreu gravemente com eventos climáticos extremos em 2023. Um ciclone extratropical causou chuvas volumosas e fortes rajadas de vento, resultando em 46 mortes, 46 desaparecidos e 340 mil pessoas afetadas. As enchentes subsequentes causaram destruição em várias cidades, especialmente na região do Vale do Taquari, onde 92 municípios declararam estado de calamidade pública (ONU, 2024).

Em maio de 2024, o estado ainda enfrentava as consequências de chuvas intensas que causaram mortes, desaparecimentos e um grande número de desabrigados. As aulas foram suspensas em 2.338 escolas da rede estadual, afetando mais de 338 mil alunos, com muitas escolas danificadas ou servindo de abrigo para os desalojados (Lima Neto, 2024). A situação no estado, até o dia 18 de maio de 2024, incluía 155 mortes, 94 desaparecidos, 806 feridos, 77.202 desabrigados e mais de 2 milhões de pessoas afetadas em 461 municípios do total de 497 (RS. Gov,2024)

O panorama global, como indicam os estudos de Poynting & Stallard (2024), sugere que o futuro será marcado por eventos climáticos ainda mais extremos e frequentes. O aumento da temperatura global está diretamente associado a chuvas mais intensas, secas prolongadas e ondas de calor mais severas, contribuindo para um ciclo vicioso de eventos climáticos que alimentam uns aos outros.

Esta realidade impõe desafios significativos aos sistemas educacionais, como preconizado por Nusche et al. (2024), onde é imperativo preparar as novas gerações para enfrentar e mitigar os impactos das mudanças climáticas. A educação para a sustentabilidade e a gestão de desastres torna-se uma peça fundamental na construção de uma sociedade mais resiliente e preparada para os desafios do futuro.

A crescente frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos ressaltam a importância de educar as futuras gerações sobre as mudanças climáticas e suas implicações. A atual situação climática evidencia a urgência de ações efetivas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Os eventos extremos não são apenas mais frequentes, mas também mais severos, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo o Brasil. A resposta a esta crise deve ser abrangente, envolvendo mudanças rápidas e sem precedentes em todos os aspectos da sociedade, como destacado pelo Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (UNESCO, 2020). A adaptação dos sistemas educacionais e a preparação para futuras crises climáticas são cruciais para garantir a resiliência das comunidades e a sustentabilidade ambiental a longo prazo.

A educação para as mudanças climáticas torna-se fundamental para preparar jovens a compreenderem e enfrentarem os desafios ambientais. Compreender a ciência por trás dos fenômenos climáticos extremos permite que os jovens reconheçam a urgência da crise climática e se sintam empoderados a tomar medidas. Além disso, a educação climática pode inspirar a ação, promovendo a consciência sobre a importância de adotar práticas sustentáveis e de pressionar por políticas públicas que mitiguem os efeitos das mudanças climáticas. Portanto, a integração da educação climática nos currículos escolares é essencial para desenvolver uma geração que esteja preparada para enfrentar e mitigar os impactos ambientais, contribuindo para uma sociedade mais resiliente e consciente.
A educação para as mudanças climáticas

No contexto das mudanças climáticas, a educação surge não apenas como um direito fundamental, mas como uma ferramenta indispensável para capacitar as futuras gerações a enfrentarem os desafios ambientais iminentes. Fletcher (2023) destaca a necessidade urgente de integrar a educação ambiental nas escolas, ressaltando que uma formação sólida em questões climáticas prepara os jovens para proteger ecossistemas vulneráveis e mitigar os efeitos do aquecimento global. Essa necessidade é amplificada pela crise planetária descrita pela UNESCO (2022), que aponta as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição como ameaças diretas à sobrevivência humana.

A Educação para as Mudanças Climáticas é definida como um processo educativo que visa integrar o conhecimento sobre mudanças climáticas nos currículos escolares, promovendo uma compreensão holística das causas, impactos e soluções para esta crise global. Como Fletcher (2023) e UNESCO (2021a) sugerem, a EduClima não se limita à transmissão de fatos, mas engaja os alunos em aprendizagens que fomentam habilidades críticas, cívicas e problemáticas necessárias para transformar a sociedade.

A importância da EduClima transcende a mera conscientização. De acordo com March (2024), ela é fundamental para preparar os jovens para tomarem decisões informadas e participarem ativamente na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A evidência é clara: sem uma educação robusta sobre o clima, os jovens permanecem vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas e menos equipados para contribuir para uma sociedade sustentável.

Vários países já reconheceram a importância da EduClima e incorporaram-na em seus sistemas educativos. A Itália, desde 2020/21, tornou obrigatório o tema das alterações climáticas e do desenvolvimento sustentável nas escolas. Na República da Coreia, desde 2007, o currículo nacional inclui educação climática em todos os níveis. Na pré-escola, crianças de 4 anos exploram o clima e, aos 5 anos, aprendem sobre padrões climáticos. Isso é apoiado pela Lei de Promoção da Educação Ambiental, visando o desenvolvimento sustentável (UNESCO, 2021a). A França anunciou que começaria a incluir lições sobre as alterações climáticas no início do ano letivo de 2020/21. Em 2020, a Nova Zelândia integrou estudos sobre mudanças climáticas no currículo do ensino secundário. Camboja, Argentina, México e Reino Unido também iniciaram ações preliminares para ampliar seus currículos, incorporando temas relacionados às alterações climáticas (March, 2024).

O Reino Unido tem adotado uma abordagem ambiciosa através da “Estratégia de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas” lançada em 2022 pelo Department for Education (DfE, 2022). Esta estratégia visa posicionar o setor educacional do Reino Unido como líder mundial em sustentabilidade e educação para as mudanças climáticas até 2030. A estratégia abrange desde a educação formal até experiências extracurriculares, englobando a gestão dos edifícios escolares e seus arredores, com o objetivo de melhorar o ambiente e inspirar a comunidade local (DfE,2023).

Estes exemplos, destacam o papel vital que os sistemas educacionais podem desempenhar na promoção de um entendimento profundo sobre a sustentabilidade e as mudanças climáticas.

Apesar desses avanços, a integração da educação sobre mudanças climáticas enfrenta desafios significativos. Conforme relatado pela UNESCO (2021b), quase metade dos currículos nacionais analisados não menciona as mudanças climáticas, e uma minoria de professores sente-se confiante para ensinar sobre o tema. Este cenário é exacerbado pelos impactos diretos das mudanças climáticas na educação, como escolas fechadas devido a desastres naturais, conforme destacado por Venegas Marin et al. (2024) e Nusche et al. (2024).

Em resposta, a UNESCO (2024) compromete-se a implementar estratégias nacionais de educação para enfrentar o risco climático e construir sistemas educacionais mais resilientes. O documento do Banco Mundial citado por Venegas Marin et al. (2024) também sugere medidas concretas, como a gestão da educação para a resiliência e a infraestrutura escolar adaptada ao clima, para proteger os sistemas educativos dos impactos climáticos.

Os jovens e as crianças estão entre os mais afetados pelas mudanças climáticas, não apenas em termos de saúde física e emocional, mas também em relação ao acesso à educação. March (2024) ressalta que eventos climáticos extremos, como inundações e ondas de calor, limitam significativamente o acesso à educação, perpetuando um ciclo de vulnerabilidade e pobreza. A UNICEF aponta que bilhões de crianças vivem em países com alto risco climático, muitas das quais poderão perder acesso à educação devido a desastres induzidos pelo clima (March, 2024).

A educação para as mudanças climáticas é mais do que um componente curricular; é uma necessidade urgente e uma ferramenta crucial para a sobrevivência e o desenvolvimento sustentável. Municípios e estados devem implementar a educação para as mudanças climáticas com urgência, principalmente nas regiões mais afetadas por eventos extremos, como ocorreu recentemente no Rio Grande do Sul e em municípios como Teresópolis e Nova Friburgo no Rio de Janeiro, ou São Sebastião em São Paulo. Beira a irresponsabilidade não discutir o problema com os jovens nas escolas, deixando-os à mercê de informações falsas e não baseadas em conhecimentos científicos sobre os eventos extremos.
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Mudanças curriculares são essenciais, assim como intensificar o acesso a sites que explicam o aquecimento global e as mudanças climáticas do ponto de vista científico. Não só as nações devem se envolver, mas principalmente o poder local, onde ocorrem as tragédias motivadas pelas mudanças climáticas. Os municípios podem e devem incluir a educação para mudanças climáticas nos currículos escolares, treinar professores de todas as disciplinas para estarem abertos à discussão do problema, incentivando os jovens à ação. As nações devem agir com rapidez e determinação para integrar a EduClima em todos os níveis de ensino, capacitando os jovens a serem agentes de mudança proativos na luta contra as mudanças climáticas. Como a crise climática não respeita fronteiras, a resposta educacional também deve ser global, com políticas, recursos e estratégias compartilhadas que transcendam as fronteiras nacionais para preparar uma geração verdadeiramente resiliente e capacitada.

A educação climática não apenas prepara os jovens para enfrentar os desafios ambientais, mas também catalisa o ativismo juvenil, que tem se mostrado uma força poderosa na luta contra as mudanças climáticas. Jovens bem informados e educados sobre as questões climáticas estão mais propensos a se envolverem ativamente em movimentos sociais e a liderarem iniciativas de mudança. O ativismo juvenil, exemplificado por figuras como Greta Thunberg e Txai Suruí, demonstra o impacto significativo que os jovens podem ter na conscientização pública e na pressão por políticas ambientais eficazes. Movimentos como Fridays for Future e o trabalho de ativistas indígenas mostram como a educação climática pode inspirar ações concretas e mobilizações globais. Assim, a ligação entre educação e ativismo é vital, pois uma base educacional sólida empodera os jovens a se tornarem líderes na luta pela justiça climática e pela sustentabilidade ambiental.

O ativismo juvenil no combate às mudanças climáticas

O ativismo juvenil contra as mudanças climáticas tem se destacado como uma força significativa na luta global pela preservação do meio ambiente. Um dos casos mais emblemáticos desse movimento é o surgimento de Greta Thunberg e o movimento Fridays for future. Em agosto de 2018, Greta, então com 15 anos, iniciaram uma greve escolar sentada em frente ao parlamento sueco com uma placa que dizia “Greve Escolar pelo Clima” (Igini, 2022). Esse simples ato de protesto solitário rapidamente ganhou atenção mundial, inspirando milhões de jovens a se unirem em uma causa comum contra a inação governamental diante da crise climática.

O impacto de Greta Thunberg foi imediato e impressionante. Em poucos meses, mais de 20 mil estudantes em todo o mundo aderiram às greves escolares semanais, culminando na Semana Global de Ação Climática de 2019, que mobilizou quase 6 milhões de pessoas (Igini, 2022). As demandas dos jovens eram claras e diretas: manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C, seguir as recomendações científicas e garantir justiça climática e equidade para todos. O movimento Fridays for future se tornou um símbolo poderoso do ativismo juvenil, demonstrando a capacidade dos jovens de influenciar a opinião pública e pressionar por mudanças políticas significativas.

Outro exemplo marcante de ativismo juvenil é o de Txai Suruí, uma jovem indígena brasileira que destacou a importância da proteção ambiental e dos direitos indígenas em foros internacionais. Txai foi a única brasileira a discursar na abertura da 26ª Conferência do Clima (COP26), em Glasgow, em 2021 (G1, 2021). Em seu discurso, ela destacou os problemas enfrentados pelos povos indígenas da Amazônia, incluindo o garimpo ilegal e a destruição de suas terras. Um trecho do discurso de Txai na COP26 faz um veemente apelo à ação em relação às mudanças climáticas, assim se expressando: “Devemos ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores. Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando, ela nos diz que não temos mais tempo” (G1, 2021). Txai enfatizou a necessidade de medidas urgentes para frear as mudanças climáticas e a importância da participação dos povos indígenas nas decisões sobre o clima, dado seu papel crucial na proteção das florestas (Cruz, 2023).

O movimento liderado por Txai Suruí também reflete uma interseção entre ativismo ambiental e defesa dos direitos humanos. Desde muito jovem, Txai acompanhou a luta de seus pais pela proteção de suas terras em Rondônia e, em 2020, fundou o Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, que conta com mais de 1,7 mil membros (Unicef, 2023). Sua atuação destaca a importância da justiça climática não apenas como uma questão ambiental, mas também como uma questão de direitos humanos, enfatizando a necessidade de proteger comunidades vulneráveis que estão na linha de frente das mudanças climáticas.
Além das figuras individuais, há também importantes vitórias legais que refletem a crescente influência do ativismo juvenil no cenário climático. Um exemplo é o caso de Montana, nos Estados Unidos, onde um grupo de jovens processou o estado por não considerar os impactos climáticos ao aprovar projetos de combustíveis fósseis. Em agosto de 2023, um tribunal decidiu que a falha do estado em considerar as mudanças climáticas ao aprovar esses projetos era inconstitucional, baseando-se no direito constitucional a um ambiente saudável (Gelles & Baker, 2023). Essa decisão representa uma vitória histórica para os jovens ativistas e destaca a importância das ações judiciais como uma ferramenta para responsabilizar os governos pelas suas políticas ambientais.

Os demandantes do caso de Montana, com idades entre 5 e 22 anos, testemunharam sobre os impactos diretos das mudanças climáticas em suas vidas, incluindo secas, incêndios florestais e poluição do ar que agrava condições de saúde como a asma (Gelles & Baker, 2023). Eles também falaram sobre o impacto psicológico e emocional de crescer em um mundo ameaçado pelo colapso ambiental. Essa vitória legal não só reconhece os direitos constitucionais dos jovens a um ambiente saudável, mas também estabelece um precedente importante para futuros processos judiciais em outros estados e países.

O ativismo juvenil contra as mudanças climáticas não é apenas uma expressão de descontentamento com o status quo, mas uma demanda urgente por ações concretas e imediatas. A geração jovem, representada por figuras como Greta Thunberg e Txai Suruí, e fortalecida por vitórias legais como a de Montana, está mostrando ao mundo que a crise climática requer uma mobilização global e intergeracional. Eles estão exigindo não apenas uma mudança nas políticas, mas também uma transformação fundamental na maneira como a sociedade percebe e aborda o meio ambiente.

Em suma, o ativismo juvenil contra as mudanças climáticas tem sido uma força catalisadora para a ação global. Através de protestos, discursos poderosos e vitórias legais, os jovens estão pressionando por mudanças significativas e responsabilizando os governos por suas ações ou inações. Eles estão trazendo novas perspectivas e uma urgência renovada para a luta contra as mudanças climáticas, destacando a necessidade de justiça climática e proteção dos direitos humanos.
Conclusão

O enfrentamento das mudanças climáticas exige uma abordagem multifacetada que inclua a conscientização sobre eventos climáticos extremos, a implementação de uma educação climática robusta e o reconhecimento e apoio ao ativismo juvenil. A crescente frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos destacam a urgência de preparar as futuras gerações para lidar com esses desafios. A educação climática (EduClima) emerge como uma ferramenta essencial para equipar os jovens com o conhecimento e as habilidades necessárias para mitigar e adaptar-se às mudanças climáticas.

Simultaneamente, o ativismo juvenil continua a ser uma força poderosa na promoção de mudanças políticas e na conscientização pública, exemplificado por figuras como Greta Thunberg e Txai Suruí. Integrando essas abordagens, é possível construir uma sociedade mais resiliente e preparada para enfrentar a crise climática, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações. (ecodebate)

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