sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Engie reduz 20% nas emissões com descarbonização de fornecedores

Engie prevê reduzir 20% nas emissões com descarbonização de fornecedores.

Programa da companhia obteve reconhecimento do Pacto Global da ONU em prol do Clima e do Meio Ambiente.

A estimativa é que haja a redução superior a 100 mil tCO2e, o que corresponde a mais de 20% das emissões totais da Engie, que em 2024 contou com a participação de 39 fornecedores mapeados e que passaram pelo Diagnóstico de Maturidade.

Compromisso com a descarbonização

O choque mundial causado pela pandemia de Covid-19 reforçou o alerta para outro grande desafio global: as mudanças do clima.

De empresários influentes, como Bill Gates, a líderes de nações desenvolvidas – a exemplo da chanceler alemã, Angela Merkel, e do novo presidente americano, Joe Biden –, cresce o número de pessoas e organizações que veem alto risco na elevação da temperatura do Planeta, com potencial para causar impactos econômicos, sociais e ambientais em escala tão ou mais severa quanto os vivenciados em decorrência da crise sanitária.

Essa perspectiva confirma a urgência da descarbonização, uma vez que as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), especialmente do dióxido de carbono (CO2), são apontadas como a principal causa das alterações climáticas registradas nas últimas décadas. A preocupação se reflete no Acordo de Paris e na Agenda 2030, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015. Enquanto o Acordo levou países a se comprometerem em manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C, a Agenda manifesta, no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, a necessidade de “tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos”.

Superar esse desafio passa, obrigatoriamente, por acelerar a transição energética rumo a uma sociedade neutra em carbono, uma meta global assumida como propósito pela ENGIE em 2020.

“Na ENGIE, o esforço pela transição energética está presente tanto na estratégia de negócios quanto em nossos Objetivos Não Financeiros, que preveem, entre outros aspectos, a ampliação da oferta de energia renovável e a redução progressiva das emissões de CO2 em todas as atividades” - Maurício Bähr, CEO da ENGIE Brasil.

Entre os principais caminhos para acelerar a transição está o aumento de fontes renováveis de energia, que suportem o desenvolvimento econômico de forma sustentável. Isso porque a energia gerada por usinas hidrelétricas, eólicas, fotovoltaicas ou a biomassa, por exemplo, contribui para evitar a emissão de CO2, reduzindo o impacto sobre o clima. “A atuação da ENGIE no Brasil, onde 90% de nosso parque gerador tem matriz renovável, contribui para essa transformação fundamental à prosperidade no longo prazo”, explica Bähr.

Comprometida com esse movimento, a ENGIE vem priorizando investimentos na geração de energia a partir de fontes renováveis no país. Neste ano, por exemplo, acaba de inaugurar o Conjunto Eólico Campo Largo 2, na Bahia, e dará início à implantação do Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte – que agregará 434 MW à capacidade instalada da empresa.

A expansão em fontes renováveis faz com que o Brasil se destaque, em âmbito global, no alcance de dois Objetivos Não Financeiros do Grupo ENGIE relacionados à transição energética. O primeiro prevê reduzir pela metade, entre 2019 e 20 30, o total de emissões de GEE provenientes da geração de energia elétrica. O segundo busca elevar para 58% a participação de fontes renováveis no mix de capacidade de produção de energia – ante os 28% registrados pelo Grupo em 2019.

A transformação inclui a mudança no perfil dos próprios ativos da ENGIE, no sentido de eliminar, até 2025, a geração a carvão em seu parque gerador. Atualmente, no Brasil, a empresa opera dois empreendimentos dessa natureza: a Usina Termelétrica Pampa Sul, no Rio Grande do Sul, e o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina, ambos colocados à venda.

Nos 2 casos, o processo de negociação dos ativos envolve aspectos socioambientais, para além dos comerciais, refletindo o compromisso da ENGIE em mitigar eventuais impactos no entorno dos empreendimentos. A venda das termelétricas permitirá à empresa redirecionar os investimentos à geração de energia renovável, contribuindo para ampliar a participação dessas fontes na matriz energética brasileira.

Engajamento externo

O controle rigoroso das próprias emissões integra o sistema de gestão ambiental da ENGIE, permitindo identificar a pegada de carbono das atividades da empresa e desenvolver soluções para reduzi-la. “Todo esse esforço é relevante e faz diferença. Porém, para que a transição energética ganhe escala, na velocidade demandada, é preciso que outras organizações se engajem. Por isso o apoio à descarbonização de outras empresas, clientes e fornecedores, representa uma parte importante de nossa estratégia”, explica Bähr.

As soluções oferecidas aos clientes da ENGIE vão desde a implantação e operação de sistemas de geração distribuída até créditos de carbono e certificados de energia renovável (veja box)

A empresa também integra uma série de iniciativas relacionadas ao tema, tais como Science Based Targets (SBT).

Soluções para descarbonizar

Apoio da ENGIE à descarbonização de outras empresas inclui a oferta de soluções para compensar emissões identificadas nos Inventários Emissões de GEE, em conformidade com o GHG Protocol — ferramenta dedicada a entender, quantificar e gerenciar tais emissões.

Essas soluções permitem compensar emissões nos três escopos de emissões contemplados nos Inventários: diretas (Escopo 1); indiretas provenientes da aquisição de energia elétrica (Escopo 2); e indiretas relativas a fontes sobre as quais a empresa não tem controle (Escopo 3) Confira a seguir as características e benefícios das principais soluções:

Equivale a um atestado de que o consumo de energia elétrica é feito a partir de fontes renováveis, sem emissões de GEE. Esses certificados, reconhecidos internacionalmente, podem ser utilizados para compensar emissões de Escopo 2 (compra de energia elétrica), sem uma redução efetiva de emissões.

Permitem aos consumidores livres, principalmente grandes entidades industriais ou comerciais, firmar um acordo com a ENGIE para garantir que a energia consumida em suas operações está sendo gerada por uma fonte renovável, livre de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Com isso, a empresa consumidora pode zerar as emissões de Escopo 2 em seu Inventário de Emissões.

Permitem reduzir, efetivamente, tanto as emissões diretas quanto as indiretas de GEE. Assim, os CERs podem ser utilizadas para compensar as emissões dos Escopos 1, 2 e 3, inclusive para anos anteriores ao do ano vigente do inventário de GEE. (alemdaenergia)

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