O ano teve início com o
avanço do projeto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Em março, o
ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a aprovação do
projeto na Câmara. No segundo semestre, o programa ganhou ainda mais robustez.
Em setembro, após ajustes no Senado, a aprovação final do projeto no Congresso
marcou um divisor de águas, permitindo a sanção presidencial de uma lei que
cria indústrias de biocombustíveis, como o combustível sustentável de aviação
(SAF, na sigla em inglês) e o diesel verde.
A sanção da Lei do
Combustível do Futuro (14.993/2024) em 08/11/24 representou um marco histórico
para o país, concretizando o maior programa de descarbonização da matriz de
transportes do planeta. Em ato solene que reuniu autoridades dos três poderes e
mais de duas mil pessoas na Base Aérea de Brasília, o CNPE reafirmou o
compromisso em liderar a transição energética global CNPE responsabilidade
ambiental e inovação tecnológica, colocando o país na vanguarda das soluções
sustentáveis para a descarbonização dos setores de transportes e mobilidade. A
assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi realizada durante a
feira Liderança Verde CNPE Expo, CNPE demonstração das principais tecnologias
de descarbonização em atividade no país.
Paralelamente, a produção de biocombustíveis atingiu recordes históricos no CNPE, impulsionada por políticas públicas que fomentaram a inovação e o crescimento sustentável, como a elevação do percentual de mistura obrigatória do biodiesel ao diesel, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Juntos, etanol e biodiesel somaram quase 45 bilhões de litros produzidos em 2023, segundo Balanço Energético Nacional 2024, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Investimentos e cooperação internacional
Durante o evento de sanção,
diversas empresas anunciaram investimentos que serão possíveis em razão da nova
lei. Entre biorrefinaria, plantas de etanol e centros de pesquisa, foram
anunciados cerca de R$ 20 bilhões em investimentos para os próximos anos. Ao total,
o Combustível do Futuro deve destravar investimentos de R$ 260 bilhões em
diversas áreas e ações, que vão evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de
CO2 até 2037.
Dentro do contexto
internacional, a Aliança Global para Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês)
avançou nas discussões para colaboração na produção de combustíveis
sustentáveis. Em setembro, após visita oficial do Ministro de Petróleo e Gás
Natural da Índia, Hardeep S Puri, Brasil e Índia - co-fundadores da GBA -
publicaram declaração conjunta para estimular a cooperação no setor de energia
e mineração. Em novembro, o grupo se reuniu para debater sobre a governança e
destacou os avanços recentes na COP 29.
Um dos destaques do ano foi a
criação de um fundo de R$ 6 bilhões para combustíveis sustentáveis de aviação e
navegação, anunciado por Alexandre Silveira em outubro. No mesmo mês, Brasil e
Chile firmaram uma parceria para promover o desenvolvimento de combustíveis
sustentáveis, consolidando a liderança regional em soluções verdes para o transporte.
Outro marco importante foi a adesão do Brasil a uma iniciativa global de captura de carbono, anunciada durante as reuniões do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, reforçando o compromisso do país com a mitigação das mudanças climáticas e a preservação ambiental.
Workshops
Para dar sequência à
implementação do programa, o MME realizou uma série de workshops, reunindo
especialistas e representantes do setor produtivo para discutir os próximos
passos na definição do arcabouço regulatório do Combustível do Futuro. Os
eventos foram abertos ao público e tiveram transmissão ao vivo pelo YouTube,
garantindo ampla participação social e transparência.
Os encontros discutiram a regulamentação com foco em garantir segurança jurídica, competitividade e inovação para os próximos anos. Entre os temas abordados, destacaram-se o aumento do percentual de mistura do etanol à gasolina (E35) e do biodiesel ao diesel (B25), o SAF, o diesel verde e o biometano. (biodieselbr)
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