Resumo
Este artigo busca
levantar impactos positivos e negativos nas mais diversas áreas de abrangência
do automóvel ao meio ambiente. Será apresentado um breve histórico relatando a
origem desse meio de transporte, sua evolução e a legislação vigente para
emissão visando o controle de poluição atmosférica, afinal o automóvel é
responsável por quase toda a emissão de CO (97%, na cidade de São Paulo) de uma
grande cidade.
Apresentaremos os
mais diversos argumentos sobre o uso desse modal principalmente em nas grandes
cidades. De um meio de transporte acessível a muitos, principalmente após
abertura da economia para compra, a um pesadelo sem precedentes e com
consequencias “desconhecidas” visto que a rotina em grandes cidades mudou
bruscamente nos últimos anos devido aos mega congestionamentos nos horários de
rush. As consequências para a saúde da população passou a ser mais evidentes e
intensas nos últimos anos, principalmente em épocas de estiagem onde a umidade
relativa do ar cai e a poluição se tora menos diluída no ar.
Introdução
A sociedade é
composta pelo conjunto de indivíduos que participam da vida econômica da nação,
portanto, as pessoas participam diretamente da produção, da distribuição e do
consumo de bens e serviços, esta participação é o eixo que move a vida
econômica da sociedade. A indústria automobilística a cada ano produz
aproximadamente cerca de 50 milhões de veículos novos, portanto, esta produção
é mais importante para nós do que pensamos e é preciso entendê-la melhor.
(WOMACK, J.P., 2004)
Profundas
mudanças foram sentidas pela sociedade desde a Revolução Industrial nos séculos
XVIII e XIX. A indústria nasceu, avançou e a economia sofreu sua maior
transformação na história. Deu-se inicio aos processos de produção em serie, o
que antes era totalmente artesanal passou a ter um processo industrial onde
peças e produtos passaram a ser produzidos em grande escala. Nasce a classe
operaria e a sociedade passa a ser divididas em classes sociais.
A partir daí
houve o interesse em desenvolver comercialmente grandes inventos como o
automóvel, que na época da Renascença, no século XV Leonardo da Vinci desenhou
pela primeira vez e o engenheiro francês Nicolas-Joseph Cugnot criou, em 1769,
a carruagem movida a vapor, uma das primeiras versões do que viria a ser o
automóvel.
HenryFord foi o
homem que inovou o processo de fabricação de automóveis no início do século XX.
Para muitas pessoas, imaginar o mundo sem esta máquina é impossível. Trata-se
já de uma necessidade social:
Tal como no
caso da luz elétrica, a utilização do automóvel vai levando ao esquecimento as
formas anteriores de locomoção; hoje, considerando o processo crescente de
urbanização, é provável que mais gente saiba ligar um carro do que arriar um
cavalo. O gesto de ligar o automóvel é mais simples do que o de arriar o
cavalo, apesar do fato de compreendermos melhor o funcionamento da locomoção a
cavalo que o de um cada vez mais complicado motor de carro (o mesmo pode ser
dito para a luz: é mais fácil acender a luz elétrica do que o fogo, mas o
funcionamento do fogo é de mais fácil compreensão do que a geração,
distribuição e fornecimento da rede elétrica). Por isso, podemos chamar de
invisível o processo que revoluciona os atos e desencadeia inúmeros efeitos
sucessivos — pelo fato de que o ato mais simples esconde um funcionamento mais
complexo. É neste processo que o sonho (da simplificação da vida) e o desejo
(de consumo) tornam-se uma necessidade.
Como algo
natural e orgânico, o automóvel passa a ser vivido como um problema, gerando
desconforto e mal-estar, e deixando de ser invisível para tornar-se
insuportavelmente visível (SCHOR, 1999).
A evolução do
automóvel
Os automóveis são
os meios de locomoção mais comuns nos dias de hoje principalmente em cidades
grandes com problemas comuns a grandes metrópoles, como por exemplo, o meio de
transporte público inadequado. O grande número desses veículos circulando nas
vias impacta diretamente no meio ambiente causando transtornos e um leque de
problemas, que citaremos mais adiante. É comum a quase todas as famílias e a
indústria relacionada à venda e manutenção do automóvel está em ascensão.
A aquisição de um
carro remete hoje em dia uma escolha dentre vários modelos, cores, preços,
potência do motor, e marca. Existem cerca de 14 montadoras instaladas no
território nacional e 42 marcas de veículos.
História dos
automóveis
1769 – Modelo pioneiro: Foi o engenheiro francês
Nicolas-Joseph Cugnot quem construiu o primeiro carro movido a vapor. A
máquina, planejada originalmente para transportar peças de artilharia do
exército francês, podia levar até quatro pessoas – mas não ultrapassava os 3
km/h.
1850 – Novidade explosiva: O inventor belga Étienne Lenoir
criou um motor a explosão que usava gás como combustível. Essa inovação,
aperfeiçoada pelo engenheiro alemão Nikolaus Otto, substituiria o motor a vapor
e seria fundamental para a evolução do automóvel.
1886 – Três ou quatro rodas?: Considerado um dos pais da
versão moderna do automóvel, o engenheiro alemão Karl Benz foi quem patenteou o
primeiro carro com motor de explosão, movido a gás ou petróleo. Mas o triciclo
era difícil de dirigir e Benz sofria para controlá-lo nas demonstrações
públicas.
1893 – A vez do Brasil: Tudo indica que um automóvel como
esse – um Peugeot modelo Tipo 3 – foi o primeiro carro a rodar em nosso país.
Ele teria sido importado da França pela família Dumont, cujo membro mais
ilustre, Alberto Santos Dumont, inventaria o avião alguns anos depois.
1906 – Ainda o vapor: No início do século XX, os carros a
gasolina ainda conviviam com os modelos a vapor. Em uma corrida nos Estados
Unidos, um veículo a vapor fabricado pelos irmãos Stanley, dois construtores
americanos, estabeleceu um novo recorde mundial de velocidade: 204 km/h.
1908 – Revolução Industrial: Foi o americano Henry Ford quem
criou a linha de montagem, barateando os veículos ao padronizar sua produção.
“O Ford T pode ser adquirido em qualquer cor, desde que seja preto”, dizia ele.
Em 1920, metade dos carros do mundo seria do modelo Ford.
Fonte: A origem
do carro remonta ao século XVIII, Revista Mundo Estranho.
No início do
século quando passou a ser comercializado no Brasil o automóvel a gasolina era
barulhento e soltava excessivo volume de fumaça preta, o que pouco importava
aos novos consumidores perplexos com a nova e tão moderna invenção e meio de
transporte:
O primeiro
automóvel mesmo, de motor a explosão, do Rio, foi de Fernando Guerra Duval,
então estudante de engenharia, irmão de Adalberto Guerra Duval embaixador do
Imperador na corte do Tzar da Rússia. O carro de Guerra Duval era um
“Decauville” e aqui circulou em agosto de 1990. Seu motor a gasolina era de 2
cilindros. Na falta do combustível, Guerra Duval ia às farmácias e comprava
benzina. O carro era aberto, sem capota. O escapamento era livre e fazia muito
barulho. Em lugar do volante, a direção era em forma de guidon de bicicleta. O
carro de Guerra Duval foi um sucesso no Rio e adjacências. Porque ele não
circulou apenas na Capital. Andou também em Petrópolis – onde foi numa prancha
da Estrada de Ferro, pois não havia estrada – e causou espanto aos veranistas
da pacata e fria Cidade Imperial.
Apenas na década
de 70 com a Conferência de Estocolmo se iniciou a preocupação mundial em
organizar as relações entre o meio ambiente e o homem. Iniciou a preocupação de
restringir as emissões atmosféricas de forma desordenada.
Na cidade de São
Paulo, 97 por cento de todas as emissões de CO geralmente são provenientes do
escape dos veiculos a motor. Significa que a grande invenção para transporte
pode ser o grande vilão do ar e consequentemente da nossa saúde.
Produção de
veículos
Com a abertura de
mercado para importação na década de 90, houve uma modernização na fabricação
de veículos no país e trouxe junto grandes investimentos de montadoras de toda
região do planeta. Atualmente, no Brasil, existem 14 montadoras de marcas
diferentes, e a facilidade para se financiar um automóvel acabou realizando o
sonho de carro próprio. Mas apenas com a preocupação de comercializar esses
automóveis, pouco se fez em relação a infraestrutura que já não comporta tantos
automóveis em suas cidades.
No caso de São
Paulo, nos últimos anos, teve um aumento de 64% em relação ao último ano
medido. Nesse mesmo período o investimento em relação ao transporte público,
que seria uma solução para o transito caótico da cidade não acompanhou esse
crescimento de vendas de veículos, causando ainda mais na população a
necessidade de se ter um meio de transporte independente.
O aumento nos
grandes centros urbanos geram alguns desconfortos no ambiente e
consequentemente afeta a saúde de quem mora nesses locais. Tendo a poluição
atmosférica como o principal causador das doenças respiratórias, tem se
investido pouco em transporte público de maior qualidade e que possa dispersar
menos agentes poluidores como trólebus, trens e metro.
As políticas para
este tipo de investimento é pouco perto do que as cidades crescem a cada dia,
não acompanha o ritmo de seu desenvolvimento e acabando viabilizando mais ainda
o transporte individual, como os carros e motos.
Para agravar mais
ainda, o desmatamento e a retirada de parques para fazer as vias estão em
constante crescimento, hoje o que se vê na cidade é um mar de asfalto e prédios
altíssimos, dificultando a dispersão dos poluentes na atmosfera e colaborando
para o aumento da temperatura e o acúmulo de partículas poluidoras, principal
causadora de doenças respiratórias e para agravar ainda mais, o estado tem se
mostrado omisso em relação à saúde pública e o tratamento adequado a pessoas
que possuem problemas respiratórios causados pela poluição. O investimento no
setor da saúde ainda é pouco perto do que se faz para que se tenha local
impermeabilizado para a passagem dos automóveis.
Os impactos.
Conforto, independência e comodidade. Hoje em da é quase um
item básico. O automóvel faz parte dos dia a dia das pessoas e é indispensável
para a maioria da população. Esse meio de transporte, além de levar para
qualquer lugar tornou-se um item obrigatório para atividades diárias como fazer
uma compra no supermercado ou levar as crianças na escola. Funciona
independentemente do horário, diferentemente dos meios de transporte publico de
massa que são limitados a itinerários e horários para funcionamento.
O automóvel é
também um objeto de status social. Existe no mundo automóvel com preço
comparável a de uma luxuosa mansão. Em alguns locais do mundo são feitos por
mão de obra quase 100% artesanal.
Conforto, status,
luxo. Realmente são bons motivos para o número alto de veículos transitando. Na
cidade de São Paulo, segundo o Departamento Estadual de Transito – Detran, são
5.242.103 veículos, cerca de um automóvel para cada 2 habitantes .
“O carro é um
luxo cujo verdadeiro preço tem sido subestimado” (TEUFEL, 1994).
Infelizmente, um item tão necessário ora cobiçado e hoje acessível a muitos se
tornou vilão nas grandes cidades com impactos “inesperados” como poluição,
congestionamentos, acidentes, contribuição para aumento do efeito estufa pela
excessiva emissão de dióxido de carbono (CO2), problemas de saúde,
alta cobrança de impostos, transtornos em reformas e construção de vias,
impermeabilização do solo, impacto visual, geração de resíduos, contribuição
para práticas criminais, mortes em acidentes, uso indevido do solo, poluição
sonora em alguns casos e utilização de recursos não renováveis como o petróleo.
Nas grandes
cidades o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das mais graves
ameaças à qualidade de vida de seus habitantes.
Os veículos
automotores são os principais causadores dessa poluição em todo mundo. As
emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em
contato com o sistema respiratório, podem produzir vários efeitos negativos
sobre a saúde (CETESB)
O tráfego intenso
mudou drasticamente a rotina da população. Programas e compromissos sofreram
severas restrições e limitações, já que em determinados dias e horários é
impossível transitar e alguns locais da cidade. Em horários de pico as
principais avenidas da cidade param. Ninguém entra ninguém sai. Este é um forte
motivo para o paulistano levar fama de apressado e estressado. A população
acostumada com essa realidade se adaptou na medida do possível evitando
trajetos morosos.
A saúde é afetada
diretamente por problemas que vão de respiratórios, devida às emissões de CO
produzidas pelos veículos, ao stress. Em épocas de estiagem os índices de
umidade se mostram abaixo do “aceitável”. Segundo o Centro de Gerenciamento de
Emergências – CGE o recorde foi registrado em 14 de agosto de 2009, às 15 horas
quando a umidade relativa do ar em São Paulo chegou a 10%.
A quase total
impermeabilização do solo nas cidades também se dá devido ao intenso numero de
veículos nas ruas e tendenciosamente se espalhou por toda a cidade. A
impermeabilização tambem é um dos principais causadoras de alagamentos e
enchentes. Há quem diga que a construção de novas vias para o transito de
veículos não é a solução já que impulsionaria os motoristas utilizarem mais seu
carro. Os inúmeros impostos, multas, e pedágios arrecadados são mal
distribuídos em uma cidade mal planejada que teve seu crescimento desenfreado,
que é o caso da cidade de São Paulo.
Com relação aos
resíduos gerados, o Instituto de Meio Ambiente e Projeções de Heidelberg, na
Alemanha, fez um balanço ecológico médio de um automóvel, desde sua gestação ao
desmonte.
No caso dos
veículos, espanta ver que um único carro consome em toda sua vida energia
suficiente para suprir durante seis anos, as necessidades de um alemão que não
tem automóvel, incluindo-se aí eletricidade, transporte e calefação para
enfrentar o rigoroso inverno europeu. Um indiano precisaria de nada menos que
76 anos para consumir a mesma energia.
Produzir um
veículo significa, antes de qualquer coisa, um enorme dispêndio de energia, que
se traduz, por sua vez, na inevitável contaminação do meio ambiente. Mas não é
só: tudo o que envolve a fabricação, uso e desgaste do novo carro gera resíduos
de todo tipo, o que amplia a carga pesada que se deposita constantemente sobre
os ombros da natureza. Não há dúvida que esse processo sai caro, em termos
econômicos.:
A tabela a seguir
demonstra, dentro de sua vida útil, uma lista detalhada quantitativa de cada
item impactante:
Impacto ambiental
total de um automóvel em sua vida útil
Energia
necessária 22,9 - TEC (5.358,6 litros
de petróleo)
Resíduos - Triturados – 0,2 t
Entulho – 23,4 t
Escória – 1,6 t
Outros – 1,5 t
Emissões –
Hidrocarbonetos - 62,9 kg
Monóxido de carbono - 368,1
kg
Partículas sólidas - 4,2 kg
Oxido nítrico - 89,5 kg
Dióxido de enxofre - 32,8 kg
Gás carbônico - 59,7
t
Platina - 1,3 mg
Zinco - 0,8 g
Níquel - 1,2g
Cobre - 4,3 g
Cromo - 0,2 g
Chumbo - 85,8 g
Desgaste do freio - 150 g
Desgaste de pneus - 750 g
Desgasto do solo - 17,5 kg
Formaldeidos e aldeidos -
203,1 g
Benzeno - 812, 5 g
Ar
contaminado – Zinco - 24,6 g
Chumbo - 14,1 g
Cobre - 6.6 g
Cromo - 0,7g
Cádmio - 0,4 g
Óleo Mineral -
1,1 litro
Quantidade
contaminada - 2.040.000.000 m3
Águas residuais - Óleo
- 13 litros
Instituto de Meio
Ambiente e Projeções de Heidelberg, adaptada
Como em todas as
cidades, a violência é outra consequência social negativa. Segundo a Secretaria
de Segurança Pública do Estado de São Paulo em 2011 o número de roubos e furtos
de veículos, só na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP foi de 83.295.
Quanto às vítimas
no trânsito os números sao alarmantes. Os jovens estão morrendo mais do que
qualquer outra faixa etária da população. Do total de mortes ocorridas em 2009,
por acidentes envolvendo veículos, 45,6% correspondem a pessoas entre 20 e 39
anos. Quando somados àqueles que têm entre 15 e 19, esse número sobe para
53,4%. Os dados fazem parte da publicação Saúde Brasil 2010, produzida todo ano
pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde. Algumas
iniciativas tem sido incorporadas a Legislação no intuito de diminuir essas
mortes, a exemplo, a Lei Seca:
A nova Lei
11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, proíbe o consumo de
praticamente qualquer quantidade de bebida alcoólica por condutores de
veículos. A partir de agora, motoristas flagrados excedendo o limite de 0,2
gramas de álcool por litro de sangue pagarão multa de 957 reais, perderão a
carteira de motorista por um ano e ainda terão o carro apreendido.
Top das cidades
com mais transito
Um relatório
sobre as cidades com o pior transito no Mundo foi divulgado pela IBMe
a cidade de São Paulo ficou na 6ª posição, após uma entrevista onde eram
informado pelos motoristas aspectos como o tempo gasto no trânsito, o preço dos
combustíveis, o quanto o tráfego piorou com o tempo, o stress causado pelo
trânsito e a quantidade de deslocamentos que deixaram de ser feitos pensando no
quão ruim estaria o trânsito pelos. De todas citadas no relatório, as 10
primeiras tem transito crítico, devido ao aumento da população e, no caso do
Brasil, a abertura de crédito concedido aas classes menos favorecidas que
sonham em ter seu automóvel.
Portal do
Transito janeiro, 4 de 2012
Reciclagem de
automóveis e rotatividade de componentes automobilísticos
A exemplo do que
foi feito no Japão em 2005, poderia ser criado a Política de Reciclagem de
Veículos, possibilitando assim, determinar um tempo máximo de uso dos
automóveis na cidade promovendo o uso de veículos devidamente inspecionados e
de acordo com os parâmetros mínimos de poluição admissível. Quando uma pessoa
adquire um carro novo, paga-se uma taxa de inspeção para que ela possa retirar
o veículo e colocá-lo em uso, sem antes de realizar o pagamento dessa taxa, não
se retira o veículo. Já no caso da compra de um veículo usado, faz-se a
inspeção, paga-se a taxa e libera o veículo, e o que foi substituído vai para
reciclagem e o proprietário também paga a taxa de reciclagem. Acredita-se que o
consumidor é o responsável pela poluição, logo ele é o responsável pelo
controle dessa poluição e também ajuda na livre concorrência entra as
montadoras e faz com que elas tenham um controle maior na sua produção em
relação as questões ambientais. Por se tratar que tudo que geramos no Globo
refere-se a um ciclo, o do automóvel também deve ter esse ciclo e dar-se o
destino certo para cada componente existente.
Legislação
Todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações (Art. 225, Constituição Federal de 1998).
Leis são criadas
buscando a melhoria da qualidade do ar. É o caso do Proconve e CONAMA 3/90 que
estabelecem limites para emissão. No caso do Proconve estão divididas em fases,
que se iniciaram em 1986, conforme segue:
Desde criação do
Proconve pelo Conama, em 1986, foram seis as etapas que definiram os limites
de emissões veiculares. Mas dificuldades práticas à implementação da sexta
etapa (P6), prevista para janeiro de 2009, inviabilizaram seu atendimento. O
fato resultou em ação judicial promovida pelo Ministério Público na Justiça de
São Paulo perante a ANP (Agência Nacional de Petróleo), Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente), Petrobras, e fabricantes de veículos e motores
diesel.
E foi no curso
dessa ação que a Justiça Federal homologou o acordo judicial que instituiu a
P7, estabelecendo obrigações com a finalidade de promover a redução substancial
das emissões por veículos pesados a diesel a partir de 2012 ( LEMOS, 2009).
Carros novos de
passeio e de passageiros movidos a gasolina e álcool terão de sair das fábricas
emitindo 33% menos poluentes, em média, a partir de 2014. Infelizmente mesmo se
diminuirmos a emissão estaríamos longe de resolver o problema visto que a frota
continua aumentando, segundo o Estudo do Ministério do Meio Ambiente alta de
56% nas emissões de gás carbônico nos transportes durante os últimos 13 anos.
Cobrança da
inspeção veicular
O objetivo é identificar
as irregularidades de alguns veículos que passam por essa inspeção e que possam
estar contribuindo para a emissão de poluentes fora dos padrões estabelecidos,
mas, infelizmente, essa inspeção se obrigava somente os veículos com fabricação
a partir de 2003, com a alteração, todos os automóveis, de acordo com a data de
licenciamento é obrigatório, mas em apenas 124 cidades do Estado de São Paulo.
A ideia é padronizar este controle ambiental de inspeção veicular a todas as
cidades do estado, garantindo uma maior eficiência do programa.
O valor da taxa
para inspeção veicular no ano de 2012 é de R$ 44,36, para todos os veículos,
independente de seu tipo de combustível.
Possíveis
soluções para o excesso de veículos
Investimento em
transporte publico, porém em grandes cidades como São Paulo a expansão e
crescimento da cidade desenfreada teve mal planejamento e hoje há serias
dificuldades políticas e financeiras.
Tecnologias
sustentáveis para automóveis e tendências para menor emissão de poluentes e
gases do efeito estufa e a dificuldade no acesso a essas novas tecnologias
como, por exemplo, o alto custo de carros híbridos e elétricos:
Carros híbridos
são os automóveis com motor elétrico para que se inicie sua movimentação,
portando em seu interior um motor a combustão interna, que ajuda o automóvel a
aumentar sua velocidade. Hoje no Brasil, esse tipo de veículo já é
comercializado, mas o alto custo inviabiliza seu acesso a população de classe
B, C e D.
Carros elétricos
são os automóveis com motorização totalmente elétrica, diferentemente dos
híbridos não possuem motor a combustão interna para auxiliar no aumento de sua
velocidade. Quando a bateria chega em seu nível baixo, liga-se em uma tomada
comum e recarrega em 110V ou 220V. Hoje, algumas empresas possuem veículos
elétricos em sua frota (no caso do Rio de Janeiro, uma companhia elétrica
possui 5 desses automóveis elétricos). A tendência mundial é cada vez mais
adotarem este tipo de veículo não poluidor, mas a tecnologia empregada neste
tipo de transporte ainda é muito caro e acessível a apenas algumas classes
sociais. Veículos movidos a nitrogênio também são algumas das novas tecnologias
aplicáveis para melhorar o ambiente das grandes cidades, mas, como a tecnologia
ainda tem um custo muito alto, a tendência é que seja implementado em algumas
décadas a frente.
Considerações
Finais
Não se sabe ao
certo o futuro da locomoção na cidade de São Paulo tendo em vista o exponencial
aumento da frota. As vias estão cada vez cheias de automóveis circulando e não ha
espaço para construção de mais ruas e avenidas. Algumas legislações vigentes
prevêem os limites para emissão, porém a poluição ainda é muito grande e ainda
há grande emissão do CO2 um dos gases responsáveis pelo aumento da
camada de ozônio e contribuição para o aquecimento global.
No entanto, assim
como qualquer atividade humana o trânsito de veículos impacta no meio ambiente
positiva e negativamente. Um mal necessário em grandes cidades.
Afinal existe uma
solução para diminuir o transito ou evitar que a cidade pare? Especialistas
comentam, estudam, mas a verdade é que as previsões não são nada animadoras.
Dentro de poucos anos a cidade irá parar. Vias antes residências e calmas se
deparando com o aumento das edificações nas cidades o que contribui para a
diminuição de vagas para estacionar.
No caso da cidade
de São Paulo existe o rodízio de veiculo que restringem veículos em
determinados horários de segundo a sexta feira e a restrição de caminhões além
das leis para diminuir a emissão de poluentes que podem ser conseguidos através
de filtros catalisadores mais eficientes nos veículos o que diminui poluentes
mais não o CO2 . (EcoDebate)
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