O Ministério do Meio
Ambiente (MMA) informou em 20/10 que as informações do Sistema de Alerta de
Desmatamento (SAD) do instituto Imazon não são oficiais e, portanto, não reconhecidas pelo governo federal.
Em nota, o MMA
esclarece que os dados oficiais do desmatamento na Amazônia Legal são do
Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), sistema
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que é divulgado uma vez por
ano em novembro, mês escolhido por anteceder a Conferência das Partes de
Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, que este ano será em
Lima, no Peru, de 1º a 12 de dezembro.
O Imazon divulgou na
última semana os dados do SAD que detectaram 838 km² de desmatamento na
Amazônia Legal em agosto e setembro deste ano. Isso representou um aumento de
191% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os alertas indicaram
288 km² de desmatamento. O instituto, fundado em 1990, promove o
desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação
de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação
profissional.
Devido à cobertura de
nuvens, o sistema do Imazon monitorou 93% da área florestal, enquanto, em
setembro de 2013, o monitoramento cobriu uma área menor do território, 79%.
Segundo a organização, o SAD é similar ao Sistema de Detecção de Mapeamento em
Tempo Real (Deter), feito mensalmente pelo Inpe, com o uso de imagens que
permietam detectar desmatamento com área maior que 25 hectares e que serve
apenas para orientar a fiscalização em terra.
Desde o início do
ano, a pedido da fiscalização, a divulgação do Deter ocorre de acordo com o
planejamento das operações contra o desmatamento, sem periodicidade definida,
explica a nota do MMA. Neste ano, os dados foram divulgados três vezes. Na
última vez, em julho, havia um acumulado de 3.035 km² de alertas de
desmatamento entre agosto de 2013 e julho de 2014, o período de referência para
cálculo do desmatamento na Amazônia Legal. De agosto de 2012 a julho de 2013,
foram emitidos 2.765 km² de alertas, aumento de 9,76% em um ano.
O ministério diz
ainda que, com a divulgação dos dados do Prodes, no final deste ano, está
previsto o anúncio do Novo Deter, um aprimoramento do sistema que usará imagens
de satélite com resolução mais precisa, que capta área de 6,25 hectares.
Em 2013, após quatro
anos em queda, a taxa de desmatamento medida pelo Prodes cresceu 29% em relação
ao período anterior – agosto de 2011 a julho de 2012. O Prodes, o Projeto de
Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira (Degrad) e o Deter
formam o conjunto de sistemas para o monitoramento e acompanhamento do estado
da Amazônia Legal. (ecodebate)
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