Reflorestamento é
solução para salvar bacias hidrográficas do Rio
Para preservar a água, o replantio de mudas é uma solução eficaz desde o
século 19, no Rio de Janeiro. Diante da crise hídrica da época, o imperador
Pedro II ordenou desapropriações na Floresta da Tijuca, onde hoje é Parque
Nacional da Tijuca, devastado por plantações de café, e iniciou um amplo
reflorestamento. A estratégia propiciou a recuperação natural da mata, que
sofria com erosão e estava degradada, segundo a chefe do Laboratório de
Geohidroecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Luiza
Coelho Netto.
“Naquela época, o solo e as rochas não conseguiam armazenar tanta água,
porque sem as florestas, a água acaba escoando na superfície do terreno, não
entra no solo [vai para o mar]. Então, o nível de água subterrânea caiu muito,
como nos dias de hoje”, lembrou a pesquisadora sobre a situação na floresta. Na
época, a Corte e as comunidades em torno da Tijuca eram abastecidas por essas
águas.
A floresta filtra a água da
chuva para o subsolo.
Com as medidas do
imperador, acrescentou, sem a pressão da ocupação urbana, a área se recuperou e
hoje é um dos maiores parques urbanos do país, com opções de trilhas e visitas
a cachoeiras.
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