Desperdício de alimentos é tema de campanha liderada pela Embrapa, FAO e WWF-Brasil.
Reduzir
o desperdício de alimentos pela metade até o ano de 2030 é um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável aprovados pelas Nações Unidas em 2015. Diversos
países têm estabelecido planos de ação para alcançar a meta e campanhas como a
“Love Food Hate Waste”, realizada no Reino Unido, têm alcançado bons
resultados. Para ampliar a consciência dos consumidores brasileiros sobre o
desperdício de alimentos e gerar um impacto positivo nos hábitos de consumo
alimentar, o WWF-Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura –
FAO lançaram a campanha #Sem Desperdício como parte da programação do Dia
Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro.
A iniciativa, focada em mídias digitais, pretende apresentar aos consumidores as
consequências negativas do desperdício de alimentos para o meio ambiente, o
orçamento familiar e a segurança alimentar. Pesquisa mais recente da FAO,
focada nos países da América Latina e Caribe, estima que 28% das perdas ocorrem
na etapa de produção e outros 28% são perdidos no consumo. Há carência de dados
com enfoque específico no Brasil, o que indica a necessidade de pesquisas
nacionais para quantificar as perdas e desperdício local.
O
desperdício na etapa de consumo é o mais danoso em termos de perdas de recursos
financeiros e naturais e de mão de obra. Tudo o que foi necessário para
produzir e transportar o alimento até o supermercado ou domicílio é
desperdiçado quando o alimento se perde no final da cadeia. Em países como o
Brasil, no qual a maior parte das sobras de alimentos ainda é descartada em
lixões, o desperdício acarreta impacto ambiental negativo via emissão de gases
de efeito estufa.
Para
o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, a campanha surge por meio da
iniciativa de três instituições de prestígio internacional. “Evitando o
desperdício na etapa de consumo, economiza-se dinheiro, recursos naturais,
normalmente escassos, e ampliam-se as possibilidades de enfrentamento da
insegurança alimentar”, afirma.
Para
a FAO, o combate ao desperdício de alimentos é prioritário e deve estar
presente na agenda de todos os governos. “Não é possível que em mundo onde
ainda exista mais de 745 milhões de pessoas passando fome, o desperdício de
alimentos seja tão alto e representativo. A mudança de hábitos de consumo deve
ser estimulada”, ressaltou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojani.
“A crescente necessidade por alimento, principalmente em função de padrões de consumo de países desenvolvidos, é uma das maiores ameaças para o futuro do nosso planeta. Atualmente, em torno de 1.3 bilhão de toneladas de alimentos é desperdiçado mundialmente a cada ano, o que representa de 25 a 30% da área agricultável no mundo, e todos os insumos, sendo usados para produzir alimentos que são perdidos ou desperdiçados. Ou seja, a pressão que está sendo exercida na Terra pode ser reduzida e é nosso papel alertar, informar e envolver a sociedade para mudar essa realidade”, aponta Edegar Rosa, coordenador do programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil. (ecodebate)
“A crescente necessidade por alimento, principalmente em função de padrões de consumo de países desenvolvidos, é uma das maiores ameaças para o futuro do nosso planeta. Atualmente, em torno de 1.3 bilhão de toneladas de alimentos é desperdiçado mundialmente a cada ano, o que representa de 25 a 30% da área agricultável no mundo, e todos os insumos, sendo usados para produzir alimentos que são perdidos ou desperdiçados. Ou seja, a pressão que está sendo exercida na Terra pode ser reduzida e é nosso papel alertar, informar e envolver a sociedade para mudar essa realidade”, aponta Edegar Rosa, coordenador do programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil. (ecodebate)
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