Eventuais
“setbacks” ocorrem em nosso percurso como sociedade, o arco do progresso no
mundo continua a ser percorrido. Avanços tecnológicos, econômicos, sociais e
culturais continuam a ser adicionados no Brasil e no resto do mundo, com novas
causas e bandeiras a serem levantadas ao lado de novos questionamentos – e
soluções – que este progresso acaba gerando por natureza.
Dentro
destas causas e bandeiras, o âmbito de sustentabilidade encontra-se ainda mais
em voga tanto em esfera pública quanto na esfera privada. Com a função social
de empresas se voltando cada vez mais para o benefício social e não apenas de
seus acionistas, além da possibilidade de inovações com base em produtos
sustentáveis que tem mais valia do que suas contrapartes tradicionais, a
sustentabilidade fica cada vez mais em voga dentro do ambiente corporativo.
Já
no lado governamental, a questão principal é o combate às mudanças climáticas e
as potenciais políticas públicas que podem ajudar nesta batalha. Este esforço
tem envolvido não só os governantes e seus assessores, mas também a sociedade
em geral a partir de agentes individuais, organizações não governamentais,
movimentos sociais e outras organizações que tem a manutenção da natureza como
mote principal.
Isso
tudo é incorporado pelo senso de responsabilidade que tem ficado cada vez mais
importante entre as instituições públicas e privadas. Uma vez que o pensamento
sobre o impacto da ação individual versus a ação coletiva/institucional tem
mudado nas ciências sociais, com o último se mostrando muito mais definidor do
rumo que a sociedade toma do que o primeiro, as instituições se veem na
obrigação de assumir os impactos causados por suas ações no passado, no
presente e no futuro.
Assista
ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tBr6GvbeJvo&feature=emb_logo
Cuidar
de pessoas
Questões
ambientais presentes são aquelas que envolvem tanto a preservação do ambiente e
dos seres que a compõem como conhecemos, como também as medidas necessárias
para conter a mudança climática. Para tanto, é preciso que as instituições
reconheçam seu papel como agentes das mudanças que ocorrem no mundo, tomando
para si muito daquilo que era visto antes como meras decisões individuais.
Nesta última é onde a responsabilidade se encontra, ao reverter aquele que era
o pensamento vigente em âmbito corporativo de deixar de lado estas causas
socioambientais tão importantes para clientes, empregados e acionistas.
A
dimensão de responsabilidade também se caracteriza pelo o que hoje é chamado de
“people care”, que pode ser traduzido tanto para “cuidar de pessoas” quanto
para “as pessoas se importam”. No primeiro âmbito, o “people care” é a
instituições privada ou pública assumindo para si a função de responsável pelo
bem-estar de seus “stakeholders” que não são apenas funcionários e acionistas,
mas também a sociedade em si. Para tanto, iniciativas sustentáveis e de
proteção social são tomadas dentro e fora da instituição, como forma de mostrar
na prática que a empresa se importa de fato com a coletividade em seu entorno.
Muitas
são as empresas que já lançam mão desse “people care” de forma virtuosa,
tornando-se assim exemplo para o resto do mundo. A gigante dos softwares
Windows e Office, Microsoft, é uma empresa conhecida pelo ótimo tratamento dos
seus funcionários e pelas causas sustentáveis que tem sido apoiadas pela
companhia nos últimos anos. A empresa de streaming de filmes e seriados,
Netflix, tem não só reputação pelo bom tratamento dado a trabalhadores como
também o excelente serviço de atendimento que ela presta aos seus clientes.
Outras empresas como o site de online casino Betway vão além ao adquirirem
selos de reconhecimento internacional por conta de suas boas práticas seguindo
à risca regras internacionais estabelecidas através dos padrões ISO, que cobrem
desde práticas empresariais tradicionais até práticas empresariais
sustentáveis. Isso inclui empresas como a tradicional fabricante de produtos
eletrônicos e produtos de engenharia, Bosch, que é reconhecida entre concorrentes
e clientes pelo seu excelente serviço prestado ao longo dos seus 134 anos de
existência.
O outro lado do “people care” demonstra que as pessoas se importam com o que tem sido feito por estas instituições, tanto dentro quanto fora delas. No mundo atual com mídias sociais e transmissões quase que instantâneas de informações através de várias redes de comunicação através da internet, é muito mais rápido se informar sobre boas e más práticas de agentes do mercado e da esfera pública. Isso não só obriga instituições a ficarem mais alertas, mas também a efetivarem de maneira palpável seus discursos sobre sustentabilidade e responsabilidade por conta do fenômeno de “accountability” que tem sido visto nos últimos tempos.
Sustentabilidade é um tema importante para todos, inclusive para o mercado de eventos.
Assista
ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=TxwP2SGEI38&t=1s
Ganhos
tangíveis e intangíveis
Implementar
a sustentabilidade como uma guia de condução de uma instituição privada ou
pública poderá incorrer em altos custos iniciais de investimento,
principalmente quando a prática é uma reversão daquilo que era a forma
tradicional de condução da empresa ou agência governamental. Todo investimento,
quando bem escolhido e bem feito, tem um retorno que em muitos casos compensa
este custo.
A sustentabilidade, que pode se demonstrar através de práticas mil como a implementação de modelos de negócios que façam emergir inovações sustentáveis, gera valores tanto tangíveis quanto intangíveis. Tangível será o incremento em valor adicionado aos produtos que a empresa produz em seu ciclo de negócios, seja pela redução de custos ou pela “permissão” de incrementar os preços por se tratar de produtos sustentáveis. E intangível será o ganho em reputação que a empresa terá ao adotar práticas sustentáveis, atraindo também uma clientela muitas vezes seleta que se encontra disposta a consumir produtos mais caros desde que sejam comprovadamente sustentáveis em sua origem.
A responsabilidade também tem adições tangíveis e intangíveis aos negócios e às instituições públicas. Um melhoramento nas relações internas e externas das instituições a partir da adoção do “people care” pode muito bem melhorar a produtividade dos seus funcionários, e também aumentar o valor de mercado da empresa entre acionistas que identificam na questão de responsabilidade um investimento que gerará frutos no presente e no futuro. (ecodebate)
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