Nível
do mar sobe em todo o planeta, advertem cientistas.
Para
facilitar a visualização do problema, a organização Climate Central desenvolveu
uma série de imagens e vídeos simulando as consequências da elevação do nível
do mar em diversas partes do mundo. Revelam o que aconteceriam com as águas
caso a temperatura do planeta aumentasse 1,5ºC.
Nesse
sentido, o Serviço de Monitoramento do Meio Marinho do programa Copernicus
revela que o nível dos oceanos está subindo um ritmo alarmante de 3,1
milímetros por ano devido ao aquecimento global e derretimento do gelo na
Terra.
—
De maior aliado contra as mudanças climáticas, os oceanos podem virar o nosso maior
inimigo, ‘comendo’ cidades costeiras e até países — alerta a engenheira de
pesca Ana Paula Prates, doutora em Ecologia Marinha, especialista-sênior do
Instituto Talanoa e conselheira da Liga das Mulheres pelo Oceano.
Cientistas
A
especialista destacou, ainda, que os oceanos são os grandes reguladores
climáticos do planeta. Além disso, também são responsáveis pela maior parte da
produção de oxigênio. No entanto, também absorvem todo o calor gerado pela
emissão de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono.
— Cientistas calculam que, nos últimos 25 anos, os oceanos absorveram o equivalente ao calor gerado pelas explosões de 3,6 bilhões de bombas atômicas, como a de Hiroshima — ressaltou a Ana Paula, em entrevista à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA).
Aumento do nível do mar acelerou e já é incontrolável, advertem especialistas da ONU.
Debaixo
d’água
Para
facilitar a visualização do problema, a organização Climate Central desenvolveu
uma série de imagens e vídeos simulando as consequências da elevação do nível
do mar em diversas partes do mundo. Revelam o que aconteceriam com as águas
caso a temperatura do planeta aumentasse 1,5ºC. Também apontam cenários ainda
mais graves, caso a temperatura aumente até 3ºC. No Brasil, é possível ver
projeções para as cidades do Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Salvador,
por exemplo.
Ana
Paula destaca que parecem cenas de ficção científica, que ocorreriam num futuro
distante, mas trata-se de uma realidade já em curso. Ela é cética, inclusive,
quanto à possibilidade de se evitar esse aquecimento de 1,5ºC. “É muito
necessário que a gente pare agora, reveja o que está sendo feito, para que as
mudanças sejam menores e a gente possa sobreviver como espécie no planeta”, afirmou.
Vida
marinha
Além do avanço das águas sobre os territórios, a especialista também destaca consequências para a vida marinha em decorrência do aquecimento global. “Estamos vendo esses efeitos, por exemplo, causando o branqueamento dos Corais num ritmo muito mais acelerado. O coral é um animal que vive em simbiose com uma microalga. Com o aumento da temperatura da água, essa microalga é expulsa. Então, o coral branqueia e acaba morrendo”, explicou.
Aumento do nível do mar ameaçará 300 milhões de pessoas em 2050.
Relatório
triplica o número de afetados pelo risco de inundação devido à mudança
climática.
Nesse
sentido, outra consequência é a acidificação das águas dos oceanos. Ana Paula
citou que, com esse aumento da acidez, já é possível perceber má-formação nas
carcaças de crustáceos e moluscos. Ela citou, ainda, os danos causados em áreas
de manguezais.
Estas são atingidas não apenas pelo aumento da temperatura das águas, mas também pelo desmatamento desordenado e a poluição. Um dos mais prejudicados são as populações tradicionais que vivem da pesca, que já enfrentam mudanças no comportamento dos cardumes, como alterações em seus locais de reprodução. (correiodobrasil)
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