Mudanças Climáticas e
Economia: Estudo Revela Impacto Global de US$ 38 Trilhões.
Estudo recente, publicado na revista Nature, destaca uma realidade preocupante: mesmo com reduções drásticas nas emissões de CO2 a partir de hoje, a economia global enfrentará uma diminuição significativa de renda, estimada em 19% até 2050, devido aos efeitos das mudanças climáticas.
Esta projeção alarmante,
baseada em uma análise abrangente de dados empíricos de mais de 1.600 regiões
ao longo de quatro décadas, foi realizada por cientistas do Instituto Potsdam
de Pesquisa de Impacto Climático (PIK).
A pesquisa aponta para danos
anuais globais que podem alcançar a cifra astronômica de 38 trilhões de
dólares, com uma variação possível entre 19 a 59 trilhões de dólares,
refletindo principalmente o aumento das temperaturas e alterações nos padrões
de precipitação e temperatura. A inclusão de outros fenômenos extremos, como
tempestades e incêndios florestais, poderia elevar ainda mais esses custos.
Historicamente, as projeções de danos econômicos causados pelas mudanças climáticas focavam nos impactos nacionais das temperaturas médias anuais em longo prazo. No entanto, este estudo inovador incorpora os mais recentes achados empíricos sobre os efeitos climáticos no crescimento econômico, considerando dados detalhados de regiões subnacionais e se concentrando em um horizonte temporal mais próximo, até 2050. Isso permite uma projeção mais precisa dos danos econômicos em níveis subnacionais, relacionados a temperatura e precipitação, ao longo do tempo e do espaço.
Os pesquisadores utilizaram uma combinação de modelos empíricos com simulações climáticas avançadas (CMIP-6) e levaram em conta como os impactos climáticos persistentes afetaram a economia no passado.
O estudo destaca a
considerável desigualdade dos impactos climáticos: encontramos danos em quase
todos os lugares, mas os países nos trópicos sofrerão mais porque já estão mais
quentes. Por conseguinte, serão os aumentos de temperatura mais prejudiciais.
Prevê-se que os países menos responsáveis pelas mudanças climáticas sofram uma
perda de renda 60% maior do que os países de renda mais alta e 40% maior do que
os países com maior emissão. Estes países, menos responsáveis, são os que têm
menos recursos para se adaptar aos impactos climáticos.
Este estudo é um chamado urgente para a ação, sublinhando a necessidade de medidas de mitigação eficazes para limitar o aquecimento global e minimizar os prejuízos econômicos iminentes.
Danos climáticos econômicos versus custos de mitigação. (ecodebate)
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