sábado, 1 de março de 2025

Onda de calor em SP atinge diversas regiões com impactos extremos

Onda de calor em SP pode atingir diversas regiões com impactos extremos.

Meteorologistas alertam que esse fenômeno deve ocorrer nos próximos dias.
As temperaturas podem chegar a até 5°C a mais que o normal

O Brasil está se preparando para uma nova onda de calor, com temperaturas que podem ultrapassar os 35°C em diversas regiões, incluindo o estado de São Paulo.

Meteorologistas alertam que esse fenômeno, que deve ocorrer nos próximos dias, trará uma série de impactos extremos para a população e o meio ambiente.

Embora a data exata ainda não esteja definida, a previsão é que as temperaturas fiquem significativamente acima da média, podendo chegar a até 5°C a mais que o normal. Conheça os truques para deixar sua casa fresca no calor.

A onda de calor é alimentada, em grande parte, pelo fenômeno climático “El Niño”, que tem se tornado cada vez mais frequente. Esse fenômeno ocorre quando o aquecimento das águas do Pacífico interfere no padrão climático global, intensificando as ondas de calor.

O El Niño bloqueia os ventos frios que normalmente ajudam a dissipar o calor e concentra as altas temperaturas, tornando os efeitos mais severos, especialmente em regiões como o sudeste brasileiro.

São Paulo o impacto da onda de calor tende a ser ainda mais agudo devido à falta de áreas verdes e ao excesso de concreto na cidade. 

A densa urbanização cria o chamado "efeito ilha de calor", onde as construções e ruas pavimentadas absorvem e retêm o calor, dificultando a dissipação das altas temperaturas.

Com isso, a sensação térmica na cidade pode ser ainda mais intensa, afetando diretamente a qualidade de vida e o bem-estar da população.

As consequências para a saúde também são preocupantes. O aumento das temperaturas traz riscos como insolação e exaustão térmica, condições que podem afetar pessoas mais vulneráveis, como idosos, crianças e aqueles com doenças preexistentes.

É fundamental que a população esteja atenta aos sinais do corpo e busque se proteger durante esses períodos de calor extremo, adotando medidas como hidratação constante e evitando a exposição solar durante as horas mais quentes do dia.

Além dos impactos na saúde humana, o aumento das temperaturas também pode agravar problemas ambientais, como a escassez de água e o risco de incêndios florestais. O calor intenso prejudica a vegetação e pode tornar o solo mais propenso à secagem, o que compromete a fauna e flora locais.

Pessoas que vivem nas ruas de São Paulo não conseguem água e sofrem com calor extremo

Recordes de temperatura extremas previstas ameaçam a saúde de dezenas de milhares de pessoas, que não têm moradia. (diariodolitoral)

Derretimento de gelo revela floresta milenar “enterrada” em montanhas

Pesquisadores encontraram mais de 30 árvores que teriam se formado há cerca de seis mil anos no Planalto Beartooth, em Wyoming, nos Estados Unidos.
Um subfóssil de pinheiro de casca branca revelado abaixo de uma mancha de gelo derretido na região de Yellowstone indica que uma floresta madura cresceu acima da linha atual das árvores há cerca de 6.000 anos, quando as temperaturas eram semelhantes às condições do século 20 e mais frias do que as atuais.

Cientistas da Universidade Estadual de Montana (MSU), nos Estados Unidos, descobriram uma floresta milenar de pinheiros de casca branca que estava “soterrada” por gelo alpino, nas Montanhas Rochosas, cordilheira localizada na América do Norte, entre as províncias de Colúmbia Britânica e Alberta, no Canadá, e os estados de Idaho, Montana, Wyoming, Colorado e Novo México, nos EUA.

Os pesquisadores encontraram mais de 30 árvores aproximadamente 3.100 metros acima do nível do mar enquanto realizavam uma pesquisa arqueológica no Planalto Beartooth, em Wyoming. Eles estimam que a floresta se formou há cerca de seis mil anos. A descoberta foi descrita em artigo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, no final de dezembro.

Segundo os pesquisadores, a floresta prosperou por séculos até que o clima começou a esfriar, há cerca de 5.500 anos, devido ao declínio da radiação solar no verão. As temperaturas mais frias deslocaram a linha de árvores para baixo e transformaram a paisagem da alta montanha de floresta para a tundra [bioma em que predomina o frio extremo] alpina que existe hoje.

Além disso, segundo David McWethy, um dos autores do estudo e professor associado do Departamento de Ciências da Terra na Faculdade de Letras e Ciências da MSU, a atividade vulcânica subsequente no Hemisfério Norte fez com que as temperaturas já frias da região caíssem. A floresta de pinheiros foi, então, rapidamente envolta de gelo.

No entanto, com o aquecimento da região nos últimos anos, a mancha de gelo começou a derreter, permitindo que os primeiros sinais da floresta milenar fossem descobertos.

“Esta é uma evidência bastante dramática de mudança de ecossistema devido ao aquecimento da temperatura”, afirma McWethy em comunicado. “É uma história incrível de quão dinâmicos esses sistemas são”.

Segundo os autores do artigo, as manchas de gelo, diferentemente das geleiras, não fluem e acumulam gelo de forma lenta e quase contínua, “permitindo a preservação de materiais depositados, como pólen, carvão e macrofósseis dentro de suas camadas congeladas”.

Para conseguir entender a história da floresta congelada, os pesquisadores precisaram estudar vários elementos do antigo ecossistema. Eles analisaram camadas de isótopos de água e materiais orgânicos em núcleos de gelo retirados de uma área e colheram seções transversais de madeira das árvores antigas para datação por rádio carbono.

Segundo Greg Pederson, paleoclimatologista do Northern Rocky Mountain Science Center do US Geological Survey e principal autor do artigo recém-publicado, o trabalho provou que a linha de árvores do planalto mudou para cima em resposta ao aquecimento regional e que a floresta prosperou por 500 anos enquanto as condições climáticas permaneceram moderadas e úmidas.

“O planalto parece ter sido o lugar perfeito para permitir que manchas de gelo se estabelecessem e persistissem por milhares de anos, registrando informações importantes sobre o clima passado, a atividade humana e as mudanças ambientais”, afirma Pederson.

Com isso, os resultados do estudo sugerem que as condições climáticas atuais, com predomínio de temperaturas mais altas, podem levar as árvores a se moverem para o alto, em áreas do planalto que agora são tundras.

“As temperaturas da estação de crescimento são o controle primário da elevação e latitude da linha das árvores”, afirma Pederson. “No entanto, em locais individuais da linha das árvores, outros fatores como umidade, vento, cobertura de neve e perturbação humana pode desempenhar um papel importante em ditar a estrutura da floresta e os limites de elevação”.

Portanto, os autores dizem ser impossível prever exatamente como serão as futuras florestas de linha de árvores no Planalto de Beartooth em termos de densidade, distribuição ou composição de espécies de árvores, o que variará dependendo de quanto aquecimento ocorrer. A linha de árvores provavelmente aumentará conforme o clima esquentar, segundo os pesquisadores, mas os níveis de precipitação determinarão a estrutura e a extensão da nova floresta.

Essas mudanças terão implicações significativas para o futuro ecossistema, de acordo com os autores. Eles afirmam que menos neve em altitudes elevadas poderia afetar o abastecimento de água para irrigação e geração de eletricidade. McWethy acrescentou que se as florestas começarem a se estabelecer na tundra, as condições de combustível podem mudar drasticamente, aumentando potencialmente o risco de incêndios florestais.

Gelo derretido revela floresta de 6 mil anos em montanha dos EUA

“É por isso que estudos de mudanças ecológicas passadas são mais do que peças interessantes de ciência”, diz Pederson. “Eles têm implicações muito maiores para os recursos dos quais todos dependemos”. (cnnbrasil)

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