segunda-feira, 31 de março de 2025

Brasil investirá US$ 6 trilhões no setor de energia até 2050 para zerar emissões

Brasil precisa investir US$ 6 trilhões no setor de energia até 2050 para zerar emissões, diz BNEF.

Brasil precisa investir US$ 6 tri para zerar emissões até 2050, diz BloombergNEF.

O Brasil, que já conta com um dos setores de energia mais limpos do G20, precisará investir US$ 6 trilhões de agora até 2050 para acelerar a descarbonização de toda a economia.

País precisa escalar rapidamente seus esforços de descarbonização para se tornar uma economia de emissões líquidas zero até meados do século. Dentro do setor de energia do Brasil, o transporte responde por 53% das emissões, a maior parte dos investimentos para zerar as emissões, portanto, deveria ser direcionada para veículos elétricos. No cenário base, em que nenhuma política adicional é introduzida, a capacidade solar instalada atinge 200 GW até 2050.
O Brasil precisa escalar rapidamente seus esforços de descarbonização para se tornar uma economia de emissões líquidas zero (net zero) até 2050, de acordo com o New Energy Outlook: Brazil, divulgado pela BloombergNEF (BNEF). O relatório se baseia nos resultados do estudo principal New Energy Outlook 2024 da BNEF e examina a trajetória de descarbonização do Brasil usando modelagem de baixo para cima nos setores de energia, transporte, indústria e edifícios até 2050.

Com base nos cenários climáticos e de energia mais recentes da BNEF, as emissões relacionadas à energia do Brasil respondem por metade das emissões totais do país; agricultura (excluindo uso da terra), mudança no uso da terra e silvicultura contribuem para a metade restante. Dentro do setor de energia do Brasil, o transporte responde por 53% das emissões, seguido pela indústria com 25%, energia elétrica e energia combinadas com 11% e edifícios com 6%.

Energia Renovável: O Caminho Sustentável para o Futuro

US$ 6 trilhões até 2050 com foco na eletrificação do transporte

No Net Zero Scenario (NZS) da BNEF, que mapeia um caminho para emissões líquidas zero globalmente até 2050, o investimento necessário para o país atingir o net zero é de US$ 6 trilhões entre hoje e meados do século. No entanto, isso é apenas 8% maior do que os gastos necessários no cenário de transição econômica (ETS), o caso base da BNEF, que descreve como o setor de energia evolui como resultado de mudanças tecnológicas baseadas em custos e assume que nenhuma intervenção política adicional é feita. Dois terços do investimento do NZS estão no lado da demanda de energia, particularmente nas vendas de veículos elétricos.

O futuro net zero do Brasil requer uma gama de tecnologias diferentes, com a eletrificação servindo como o principal impulsionador nos esforços do país para descarbonizar. A partir de 2040, a eletrificação se torna a principal força por trás da redução de emissões, principalmente na descarbonização do transporte rodoviário, edifícios e indústria. A eletrificação sozinha é responsável por 55% das reduções de emissões entre agora e 2050, em comparação com um cenário de “nenhuma transição” em que a descarbonização e a eficiência energética permanecem estagnadas.

Solar e eólica são política “sem arrependimentos”

O progresso do Brasil até o momento na descarbonização da energia, sob o ETS, a energia limpa ainda responde por 38% das reduções de emissões entre hoje e 2050. Priorizar a implementação de tecnologias maduras, como eólica e solar, continua sendo uma opção de política “sem arrependimentos” no curto prazo, com base em uma perspectiva econômica.

“O Brasil tem uma matriz elétrica limpa, o que coloca o país em uma boa posição para descarbonizar sua economia por meio da eletrificação. No entanto, metade do uso final de energia hoje ainda vem de combustíveis fósseis. Alguns setores difíceis de abater, como aviação e aço, exigem soluções diferentes e, por isso, não há net zero no Brasil sem bioenergia, hidrogênio verde e captura de carbono”, diz o autor principal do relatório, Vinicius Nunes.

A legislação generosa de medição líquida, ou o sistema de compensação de créditos de energia, alimentou um boom solar de pequena escala no Brasil. No cenário de caso base, a capacidade solar instalada atinge 200 gigawatts até 2050, dos atuais 52 GW.

Novas tecnologias para descarbonização

Outros caminhos importantes para atingir o zero líquido incluem captura e armazenamento de carbono (CCS), hidrogênio e bioenergia, que juntos respondem por 27% das reduções de emissões, principalmente em setores de uso final. O transporte responde por mais da metade da demanda de hidrogênio em 2050. O transporte marítimo e a aviação combinados atingem 2,3 milhões de toneladas métricas de demanda de hidrogênio no Brasil em 2050, embora a categoria de crescimento mais rápido seja o hidrogênio como um agente de craqueamento para produzir combustíveis de aviação sustentáveis de base biológica.

A demanda de hidrogênio do Brasil aumentaria cinco vezes dos dias atuais até 2050 na NZS, atingindo 8,3 milhões de toneladas métricas em meados do século. Setores difíceis de abater, como aço, alumínio, cimento e produtos químicos, enfrentam dificuldades para descarbonizar em um cenário impulsionado pela economia sem mais intervenção política.

Brasil investirá US$ 6 trilhões para alcançar net zero até 2050.

No cenário de referência, capacidade instalada de energia solar atingirá 200 GW, diz BNEF.

Futuro net zero do país exige tecnologias diferentes, com a eletrificação sendo o principal impulsionador nos esforços do país rumo à descarbonização. A partir de 2040, a eletrificação se tornará o principal fator de redução das emissões, principalmente por meio da descarbonização dos setores industrial, de transporte rodoviário e do consumo em edifícios. (pv-magazine-brasil)

sábado, 29 de março de 2025

Mudança climática e o aquecimento global 2025

Em 2025 o Brasil deverá ter um clima quente na maior parte do país, mas com a possibilidade de frio no Sul. O mês de janeiro/25 foi o mais quente já registrado na história.

Previsões climáticas

Verão termina em 20 de março

Outono começa em 20 de março e termina em 20 de junho

O inverno começa em 20 de junho e termina em 22 de setembro

Impactos do aquecimento global

O aquecimento global aumenta a frequência e a intensidade de fenômenos extremos do clima

O aquecimento global leva o ciclo da água a novos extremos

Desafios climáticos

Conscientizar sobre a importância da diversidade de espécies e dos ecossistemas

Realizar projetos de reflorestamento e proteção de habitats

Restaurar ecossistemas

Promover a agricultura regenerativa

Fortalecer a bioeconomia

Gerir resíduos sólidos

Gerar energia a partir dos resíduos

Descarbonizar a economia

Educar as comunidades sobre o meio ambiente

O que se pode esperar do clima para o Brasil em 2025

‘Estamos vivenciando os primeiros impactos de um mundo a +1,5ºC’, diz pesquisador sobre mudança climática

Johan Rockstrom, do Instituto Potsdam, afirma que efeitos globais são 'advertência severa' sobre impactos reais.

Equipes de resgate combateram incêndio em Los Angeles/USA. Inúmeras pessoas morreram e milhares ficaram fora de casa.

Mudanças climáticas explicam pior incêndio da história de Los Angeles (USA)

Pela primeira vez, desde 2024, estamos vivendo em um planeta com média de temperatura acima de1,5ºC. O mundo sofreu um aumento do limite simbólico estabelecido pelo Acordo de Paris para combater a mudança climática, uma situação que exige uma "ação climática pioneira", segundo a ONU.

Os efeitos reais do aquecimento global atual não têm precedentes em pelo menos 120 mil anos. É uma "advertência severa", disse Johan Rockstrom, do Instituto Potsdam, que pesquisa o impacto da mudança climática. "Estamos vivenciando os primeiros impactos de um mundo a +1,5ºC", disse.

O ano de 2024 foi o mais quente da história e o primeiro a romper a barreira de 1,5°C de aumento na temperatura média da Terra, estipulado como limite crítico pelo Acordo de Paris. Os dados mostram um aumento médio de 1,55ºC na temperatura média global, que chegou a 15,10°C, e foram divulgados pelo observatório europeu Copernicus.

Por isso, em 2024, o mundo potencialmente viveu "o primeiro ano civil com uma temperatura média global de mais de 1,5ºC, acima da média de 1850-1900". Isto confirma as tendências de alta de temperaturas vistas na última década.

"Temperaturas sem precedentes em 2024 exigem uma ação climática drástica em 2025", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. "Ainda há tempo para evitar o pior da catástrofe climática", mas os líderes devem "agir agora", enfatizou Gutérres.

É improvável que o novo ano quebre esses recordes novamente, mas o Gabinete de Meteorologia Britânico alertou que 2025 pode ser um dos três anos mais quentes já registrados no planeta. Os dados também foram confirmados nos Estados Unidos pela agência de oceanos e atmosfera do país (NOAA).

Em 2025, conforme o Acordo de Paris, os países signatários devem anunciar os novos compromissos climáticos, atualizados a cada 5 anos, com os EUA, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta, sob a gestão do negacionista climático Donald Trump.

No entanto, os esforços para a redução de gases de efeito estufa estão diminuindo em alguns países ricos: apenas −0,2% nos EUA no ano passado, diz um relatório independente.

Sinal de alerta

Os incêndios devastadores na região de Los Angeles, que deixaram pelo menos dez mortos e milhares de casas queimadas, coincidiram com as previsões alarmantes.

Outros desastres agravados pela mudança climática surgiram nos últimos meses: 1.300 mortos em ondas de calor extremo na peregrinação a Meca em junho/2024, inundações históricas no Rio Grande do Sul, e também na África e na Espanha, furacões violentos nos Estados Unidos e no Caribe.

Em termos econômicos, os desastres naturais causaram US$ 320 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em prejuízos econômicos no mundo todo em 2024, segundo a seguradora Munich Re.

No entanto, durante a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, o financiamento estabelecido para que os países em desenvolvimento possam mitigar os efeitos climáticos foi de apenas US$ 300 bilhões, e permaneceu quase em silêncio sobre as ambições de redução de gases de efeito estufa e, em particular, a eliminação de combustíveis fósseis.

Restringir o aquecimento a 1,5°C em vez de 2°C, o limite mais alto do Acordo de Paris, reduziria significativamente suas consequências mais catastróficas, segundo o IPCC, o painel de especialistas climáticos da ONU.

"Cada ano da última década [2014-2024] foi um dos dez mais quentes já registrados", alertou Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudança Climática (C3S) do Copernicus. Os oceanos, que absorvem 90% do excesso de calor causado pela humanidade, também continuaram seu superaquecimento, atingindo um recorde no ano passado.

Média anual de temperaturas na superfície, excluindo as áreas polares, atingiu o nível inédito de 20,87°C, quebrando o recorde de 2023.

"Em nossas mãos"

Além dos impactos imediatos das ondas de calor marinhas sobre os corais e peixes, esse superaquecimento duradouro dos oceanos, o principal regulador do clima da Terra, afeta as correntes marinhas e atmosféricas.

Mares mais quentes liberam mais vapor de água na atmosfera, fornecendo energia adicional para tufões, furacões e tempestades.

O Copernicus observa, portanto, que o nível de vapor de água na atmosfera também atingiu um recorde em 2024, aproximadamente 5% acima da média de 1991-2020.

No ano passado, o mundo testemunhou o fim do fenômeno natural El Niño, que induz ao aquecimento global e aumento de eventos extremos, e uma transição para condições neutras ou o fenômeno oposto, La Niña. A Organização Meteorológica Mundial alertou em dezembro que este fenômeno seria "curto e de baixa intensidade" e insuficiente para compensar os efeitos da mudança climática.

"O futuro está em nossas mãos: ações rápidas e decisivas ainda podem mudar a trajetória do nosso clima futuro", enfatiza Carlo Buontempo, diretor do C3S. (brasildefato)

quinta-feira, 27 de março de 2025

Ondas de calor intensa pressionam a infraestrutura elétrica

Ondas de calor em fevereiro/25 pressionaram a infraestrutura elétrica no país.

Em 17/02/25 Sudeste e Centro Oeste bateram recorde na demanda média, alcançando 54.599 MWmed. Com a previsão de temperaturas até 7°C acima da média nos próximos dias, segundo a Climatempo, as distribuidoras de energia enfrentam um grande desafio.
A onda de calor que atingiu o Brasil se estendeu até o final de fevereiro/25. Tendência é que as temperaturas permaneçam elevadas em boa parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com temperaturas entre 5ºC e 7ºC acima da média de fevereiro que já é elevada.

O calor intenso e prolongado traz um desafio para o planejamento das distribuidoras de energia, que veem a demanda crescer, podendo gerar sobrecarga e superaquecimento em equipamentos como transformadores, subestações e cabos elétricos, o que reduz a sua eficiência e pode causar interrupções segundo alerta a Climatempo, empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo.

Um novo recorde na demanda média de carga no Sudeste/Centro-Oeste foi registrado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em 17/02/25, de 54.599 MWmed. Em menos de 30 dias, esta é a segunda vez que houve registro de recorde de demanda média, superando em 1,1% os 53.997 MWmed de 22 de janeiro.

Em nível nacional, o ONS registrou em 12/02/25 mais uma quebra de recorde na demanda de carga instantânea no Sistema Interligado Nacional (SIN), que alcançou a marca de 103.785 MW. Foi o terceiro recorde do ano, superando os patamares aferidos em 11/02/25 (103.335 MW) e 22/1 (102.810 MW).

“Para minimizar impactos, é essencial um acompanhamento contínuo da previsão climática, com destaque para previsões mensais, que auxiliam as distribuidoras no planejamento e na operação do sistema elétrico”, explica a meteorologista e especialista da Climatempo para o setor elétrico, Marcely Sondermann.

Calor extremos tem se tornado mais frequente

Calor extremo pressiona sistema elétrico e bate recordes de consumo no Brasil.

Uma onda de calor ocorre quando as temperaturas ficam ao menos 5°C acima da média durante 5 dias consecutivos. Nos últimos anos, essas ondas têm sido cada vez mais frequentes e intensas devido às mudanças climáticas, e fenômenos naturais como o El Niño (aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, que ocorreu em 2023 e 2024), também favorecem a ocorrência de ondas de calor.

A meteorologista lembra que, atualmente, estamos sob a influência do La Niña, caracterizado pelo resfriamento do Pacífico equatorial. “No entanto, outros oceanos permanecem muito aquecidos, intensificando as ondas atmosféricas e favorecendo a formação de bloqueios atmosféricos – como o que estamos enfrentando agora em fevereiro. Esses bloqueios atmosféricos estão associados a massas de ar seco e quente, que favorecem a ocorrência de ondas de calor”, conta.

Apesar do calor intenso, a chuva ainda deve ocorrer nos próximos dias, mas de forma isolada. As pancadas serão mais esparsas e terão pouco efeito na redução do calor. Isso acontece porque a massa de ar quente inibe a formação de nuvens carregadas, favorecendo dias mais secos e quentes na maior parte das regiões impactadas.

De acordo com a Climatempo, faltando pouco para o fim do verão, a tendência é a que o período de chuva retorne amenizando o calor mais forte. Mas, ainda poderá ter alguns novos episódios de onda de calor até o fim do verão. (pv-magazine-brasil)

terça-feira, 25 de março de 2025

Cidade do litoral paulista desaparecerá com avanço do nível do mar

Muito calor? Entenda como a cidade do litoral paulista vai desaparecer com o avanço do nível do mar.
As altas temperaturas que atingem o Brasil trazem mais do que desconforto: são um alerta para os impactos das mudanças climáticas. Um estudo da Climate Central, organização norte-americana especializada no tema, revelou dados alarmantes sobre o futuro das cidades costeiras ao redor do mundo. Entre as mais ameaçadas no Brasil, está uma famosa cidade do litoral paulista, destino frequente de turistas de diversas regiões.

Segundo a pesquisa, o constante derretimento das calotas polares e o aquecimento global têm provocado a elevação do nível do mar, ameaçando praias, construções e até a existência de alguns municípios inteiros. Se nenhuma ação for tomada com urgência, esse cenário pode se tornar realidade muito antes do esperado.

A maior parte das cidades do litoral paulista possui moradias próximas da orla das praias.

A cidade do litoral paulista que pode ser engolida pelo mar

Por falar de Santos. Quem nunca passou por lá para curtir a praia, visitar o Aquário de Santos ou dar um pulo na Vila Belmiro? Santos é, sem dúvida, uma das cidades mais queridas do litoral de São Paulo. Porém, o estudo da Climate Central traz um alerta sério: a cidade pode ser uma das primeiras a ser engolida pelo mar. Se o nível do mar continuar subindo, em menos de 80 anos, Santos pode desaparecer. E isso não afetaria só quem mora na cidade, mas também todos nós que amamos seus pontos turísticos e a vibe única da região.

Orla de Santos/SP segundo o levantamento da Climate Central após o avanço do mar. Os impactos devem começar a serem sentidos a partir de 2050.

O que está sendo feito para proteger a cidade?

A prefeitura de Santos até começou a colocar barreiras de sacos de areia, as chamadas geobags, nas praias para tentar proteger a cidade das ressacas e do avanço do mar. Mas, infelizmente, isso é apenas uma solução temporária. Especialistas já alertaram que essas medidas não são suficientes para garantir a segurança da cidade a longo prazo. O que Santos realmente precisa é de um plano de adaptação climática, que proteja não só as áreas urbanas, mas também os pontos turísticos que todos nós amamos, garantindo que eles sigam de pé e fiquem bem protegidos.

Por que o nível do mar está subindo?

O vilão dessa história é o aquecimento global e o derretimento das calotas polares. O resultado disso? O nível do mar subindo e ameaçando várias cidades pelo mundo afora, incluindo várias aqui no Brasil. Entre 1993 e 2023, o nível do mar subiu 9 cm, e até 2100, a previsão é que ele suba 80 cm. No litoral paulista, desde 1950, já subiu 20 cm, e isso deixa cidades como Santos ainda mais vulneráveis.

E como as famílias serão afetadas?

Agora, o que mais preocupa são as famílias. Quem mora em Santos ou passa férias lá tem suas memórias nos pontos turísticos da cidade, como as praias e o Aquário. Se o nível do mar continuar subindo, esses lugares, que fazem parte da vida de tanta gente, podem simplesmente desaparecer. E não é só Santos, não! Outras grandes cidades, como Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e Recife, também estão na mira do mar. Ou seja, o problema é real e a gente precisa prestar atenção.

O que podemos fazer como pais?

A situação é preocupante, mas ainda não estamos sem opções. Se começarmos a agir agora, podemos proteger nossas praias e pontos turísticos para que as futuras gerações também possam curtir tudo o que esses lugares oferecem. Santos é só um exemplo, mas outras cidades também correm o risco de desaparecer se o nível do mar continuar subindo. O bom é que, se todos fizerem sua parte, podemos garantir que nossos filhos e netos ainda terão a chance de aproveitar esses lugares especiais. Vamos cuidar do que é nosso para que todos, daqui a muitos anos, ainda possam viver essa mesma experiência.

Já é visível que o mar está engolindo a praia!!! (vipzinho)

domingo, 23 de março de 2025

Reciclagem 2.900 toneladas de painéis solares

Engie destina para reciclagem 2.900 toneladas de painéis solares em parceria com a SunR.

Foram descartados aproximadamente 100 mil painéis, volume influenciado por uma tempestade que atingiu o Conjunto Fotovoltaico Paracatu em abril de 2023. Os painéis foram recolhidos ao longo de um ano, com as últimas coletas realizadas em janeiro, e estão sendo processados pelo startup SunR, que utiliza tecnologia brasileira para recuperar os componentes dos painéis.
A Engie Brasil Energia destinou para reciclagem 2.900 toneladas de painéis solares entre 2023 e 2024, que estão sendo processados pela brasileira SunR. Esse volume elevado foi consequência dos danos sofridos pelo Conjunto Fotovoltaico Paracatu, atingido por uma forte tempestade em abril de 2023. Inicialmente, a previsão para que todos os resíduos fossem adequadamente destinados era de três anos, prazo que foi reduzido a pouco mais de um ano graças a tecnologia inovadora SunR. Ao todo, mais de 100 pessoas foram envolvidas no processo logístico para viabilizar o processamento e reciclagem dos painéis e componentes.

“Os danos em Paracatu trouxeram um grande desafio para a companhia. Cada unidade de geração conta com um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), porém o volume gerado foi muito acima do comum e tivemos que trabalhar junto da SunR para desenvolver um plano de ação eficaz, rápido e que nos permitisse iniciar as obras de recuperação do Conjunto enquanto os rejeitos eram direcionados para reciclagem”, explica o gerente do Conjunto Fotovoltaico Paracatu, Arthur Henrique Munaretti.

A Engie se organizou para viabilizar a logística de carregamento a fim de que a SunR pudesse transportar o material até as suas instalações, em uma nova unidade mais próxima do Conjunto Fotovoltaico Paracatu, onde estão sendo processados os componentes que integram os painéis para reaproveitamento. Por lá, o vidro é enviado para indústrias como a de microesferas utilizadas em tintas para pavimentos rodoviários e os metais nobres são recuperados para reaproveitamento na indústria.

Reciclagem de painéis solares já é realidade

Em 2019 o Brasil foi o 5º país que mais produziu lixo eletrônico, ficando atrás da China, EUA, Índia e Japão. Com o crescimento acelerado da energia fotovoltaica no, como ficam as questões relacionadas à reciclagem de painéis solares?

Foram aproximadamente 100.000 painéis solares descartados, que, no início, precisavam ser transportados de Minas Gerais até a unidade mais próxima da SunR, localizada em Valinhos, no interior de São Paulo. Dentre os principais desafios, estavam a logística de armazenamento, carregamento e transporte, a capacidade de processamento e o tráfego de caminhões na usina, que tinha espaço limitado.

Para solucionar estes problemas, a SunR abriu uma unidade em Montes Claros, Minas Gerais, ampliando a capacidade de processamento e reduzindo a distância no transporte da carga. Além disso, a companhia articulou o uso de pallets que seriam descartados por um outro projeto fotovoltaico próximo e foram usados para o transporte dos módulos descartados.

“Éramos parceiros da Engie na reciclagem de painéis solares, mas não no volume que tivemos em Paracatu. Foi um desafio, mas também uma oportunidade de desenvolvermos e ampliarmos nossa empresa. Desde o início da nossa operação, já fizemos mais de cem coletas e recebemos mais de 4.500 toneladas de resíduos, para dar o melhor tratamento e retornar para a cadeia produtiva tudo aquilo que seria descartado como lixo”, afirma o CEO e criador da SunR, Leonardo Duarte.

A coleta dos painéis foi encerrada em janeiro e o processamento dos materiais segue em andamento.

Máquina de processamento de materiais da SunR

Criada em 2020, a SunR desenvolveu a tecnologia PV-MRC (Photovoltaic Mobile Recycling Container) para processar e reciclar painéis fotovoltaicos no Brasil. Capaz de processar 100 módulos por hora, a tecnologia é totalmente brasileira, inovadora na América Latina e 100% móvel, podendo ser direcionada e adaptada para locais de maior demanda.

O Conjunto Fotovoltaico Paracatu, localizado no município de mesmo nome, no estado de Minas Gerais, é formado por 4 usinas fotovoltaicas que totalizam 132 MW de capacidade instalada. Depois de um período de reparo nos dados, a usina foi totalmente reenergizada em outubro de 2024. (pv-magazine-brasil)

sexta-feira, 21 de março de 2025

Calor intenso faz consumo de energia crescer 2,2% em janeiro/25

Calor intenso impulsiona consumo de energia, que cresce 2,2% em janeiro

Demanda cresceu a partir da segunda quinzena do mês de janeiro/25, quando as temperaturas ficaram ainda mais elevada, aponta CCEE.
As altas temperaturas registradas no Brasil elevaram o consumo de energia elétrica em 2,2% em janeiro na comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Setor de saneamento básico registrou o maior crescimento no consumo, com uma alta expressiva de 56% em relação ao mesmo mês de 2024. Aumento foi impulsionado pela maior necessidade de ventilação e refrigeração, além do uso mais intenso da água durante o mês.

Segundo a CCEE, o consumo registrado em janeiro desse ano passou a crescer de forma mais significativa a partir da segunda quinzena do mês, quando as temperaturas ficaram ainda mais elevadas e atingiram recordes em algumas regiões.

Consumo em MW médios

Jan/24 ----- Jan/25 ----- Variação
71.267,47  -  72.858,58 - 2,2%

Calor recorde mesmo com chuvas acima da média

No início de fevereiro, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgou um levantamento sobre os principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em janeiro de 2025.

O relatório aponta dois destaques principais: chuvas intensas acima da média histórica em grande parte do país e recordes de temperatura em diversas localidades.

Em janeiro/25, choveu em quase todo o país, com os maiores acumulados concentrados entre a Região Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

As atuações de instabilidades atmosféricas favoreceram a ocorrência de precipitações expressivas, com acumulados acima de 250 mm em muitos estados, informou o instituto.

Em contrapartida, o relatório destaca que as ondas de calor no mês quebraram recordes de temperatura em muitas estações meteorológicas do país.

Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em Amambaí (MS), onde a temperatura atingiu 40,3°C em 10/01/25, superando em 2,5°C o recorde anterior de 37,8°C, registrado em 2019.

Apesar do volume significativo de chuvas, Bernardo Marangon, diretor da Prime Energy, empresa do Grupo Shell, explica que as altas temperaturas tendem a influenciar muito mais o consumo de energia por parte da população do que o excesso de chuvas.

“O aumento da temperatura eleva o consumo de energia, principalmente pelo uso intensificado de ar-condicionado. Além disso, essa época do ano coincide com um aumento significativo nas vendas desses equipamentos”, disse.

Um detalhe interessante é que esses aparelhos costumam ter seu pico de consumo justamente nos horários em que a geração de energia solar está no auge”, ressaltou o profissional.

Nova onda de calor se inicia

Segundo o Inmet, a partir de 16/02/25 o Brasil enfrenta mais uma onda de calor em diversas regiões do país, com destaque para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.

O instituto alerta que nessas localidades as temperaturas máximas podem se manter 5ºC acima da média por período maior do que 5 dias.

“A massa de ar quente e seco, que já vem atuando desde os últimos dias em áreas das regiões Sudeste, Sul e Nordeste, ganhou força a partir de 16/02/25”, destacou o Inmet.

Em São Paulo, já há um alerta emitido pela Defesa Civil em vigor até 23/02/25 para as altas temperaturas informando que as máximas podem chegar a 38°C em algumas regiões.

Rio de Janeiro com temperaturas escaldantes extremas.

Calor extremamente escaldante faz praias do Rio de Janeiro/RJ ficarem lotadas.

No Rio de Janeiro/RJ, a prefeitura alertou para dias de calor extremo com máximas de 42°C. A capital carioca bateu o recorde de dia mais quente em fevereiro/25, que é de 41,8°C, registrado em fevereiro/2023 na estação de Irajá (RJ). (canalsolar)

quarta-feira, 19 de março de 2025

La Niña deverá terminar em março

La Niña deverá terminar em março, aponta Climatempo

Carga de 12/02/25 deverá renovar o recorde ao registrar 103,7 GW às 14:37hs, segundo o monitoramento em tempo real do ONS.
La Niña atinge ápice e deve terminar no decorrer do outono/25

Segundo os cálculos da NOAA, o La Niña deve continuar até o período entre fevereiro e abril de 2025, com 59% de chance de persistência. Depois disso, é esperado que as condições voltem ao estado neutro, provavelmente entre março e maio de 2025, com 60% de chance de transição.

As altas temperaturas pelas quais o país está passando deverão persistir até o final de fevereiro/25. Já no início de março/25 o bloqueio começará a perder a força e as chuvas voltam ao submercado do país, o Sudeste e o Centro-Oeste. Contudo, março/25 poderá ser o último mês em que La Niña estará ativa.

Até quando o La Niña deve durar e quais impactos ele ainda pode causar no Brasil?

Fenômeno climático reduz chuva no Sul do país e aumenta nas regiões Norte e Nordeste.

O planeta já está sob o efeito do La Niña, conforme anunciado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA – Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) em janeiro deste ano.

O fenômeno climático caracteriza-se pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Assim, cabem as perguntas: como ele impacta o Brasil e até quando deve durar?

A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Danielle Ferreira, explica que, em anos de La Niña, observa-se a redução das chuvas na Região Sul do Brasil, tanto na quantidade, quanto na frequência, havendo possibilidade de períodos longos sem precipitações.

No entanto, não é somente no Sul brasileiro que o La Niña tem forte impacto. Na faixa norte das regiões Norte e Nordeste do Brasil ocorre o inverso: o excesso de chuva, o que vem acontecendo atualmente em grande parte dessas áreas, com constantes avisos laranja de perigo para chuvas intensas.

“As frentes frias passam mais rapidamente sobre a parte leste da Região Sul e acabam levando mais chuvas para a Região Sudeste, podendo chegar até parte do litoral nordestino. Esse comportamento típico nem sempre ocorre, pois é necessário considerar também outros fatores como a temperatura do Oceano Atlântico (Tropical e Sudeste da América do Sul), que também pode atenuar ou intensificar os impactos do fenômeno”, afirma a meteorologista.

Até quando o La Niña vai durar?

Para os próximos meses (primeiro trimestre de 2025), são esperadas temperaturas acima da média em grande parte do território brasileiro e chuvas mais concentradas nas Regiões Norte, Centro-Oeste e áreas do norte e oeste da Região Nordeste, conforme Danielle.

A forma como tem impactado as regiões brasileiros leva à resposta da segunda pergunta. A profissional do Inmet conta que os modelos climáticos da NOAA apontam que o La Niña tem 59% de probabilidade de persistir durante os meses de fevereiro, março e abril deste ano. (canalrural)

segunda-feira, 17 de março de 2025

Setor nega que biocombustíveis afetem preço da comida

Após questionamento de Lula, setor nega que biocombustíveis afetem preço da comida.
O aumento da produção de biodiesel e de etanol de milho não impacta o preço dos alimentos, segundo analistas de mercado e associações do setor. A hipótese foi levantada na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista a jornalistas.

Na ocasião, o petista disse que chamaria empresários do setor para conversar, já que quando ele entrou na Presidência o óleo de soja estaria custando R$ 4 e agora R$ 10.

"Qual é a explicação para o óleo de soja ter subido? Eu não tenho outra coisa a não ser chamar os produtores de soja para saber", disse. "Eu, por exemplo, quero saber se a soja para o biodiesel está criando problema; eu quero saber se o milho para o etanol está criando problema, e eu só posso saber disso se eu chamar os empresários da área para conversar", acrescentou.

O questionamento de Lula surge porque cerca de 80% do biodiesel produzido no Brasil vem do óleo de soja e cerca de 15% do etanol é feito com milho. A fabricação dos dois produtos é, inclusive, financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Mas a declaração não foi bem recebida no setor, que não vê respaldo técnico na hipótese. Além disso, Lula pode ter dado munição para aqueles países que evitam comprar biocombustíveis do Brasil.

A União Europeia, por exemplo, não compra combustíveis produzidos a partir de matérias-primas que, em alguma medida, abastecem a cadeia de alimentos. Um dos principais trabalhos de agentes públicos e diplomatas que trabalham nessa área é, justamente, convencer os europeus de que os produtos brasileiros não ameaçam a segurança alimentar do mundo.

Assim, o setor quer voltar a mostrar ao presidente que o aumento do preço dos alimentos não está ligado ao crescimento constante da produção de biocombustíveis no país.

"O presidente falou que chamaria os empresários para explicar, mas já está mais que explicado. Ele acabou tendo informações atravessadas e colocou sem maior reflexão, mas tenho certeza que as informações corretas já devem ter chegado a ele", diz Julio Cesar Minelli, diretor superintendente da Aprobio, a associação que representa os produtores de biodiesel.

"O setor está muito tranquilo que não é o causador disso [aumento no preço dos alimentos], já que todas as informações que a gente passa para governo e sociedade apontam exatamente o contrário", acrescenta.

De acordo com a consultoria StoneX, o Brasil produziu 9 milhões m3 de biodiesel no ano passado e no ano que vem deve produzir 10,1 bilhões. Esse aumento é constante desde 2020, e a produção vai aumentar consideravelmente ao menos até 2030, quando a mistura de biodiesel no diesel pode chegar a 20% (hoje é 14%).

O primeiro objetivo dos produtores de biodiesel é apresentar ao presidente que, apesar de deixar o óleo de cozinha mais caro, o crescimento da demanda por óleo de soja (matéria-prima do combustível) barateia a carne.

Isso porque cerca de um terço da soja colhida no Brasil é esmagada –e, do produto final, 20% é óleo de soja e 80% farelo, usado em rações de gados. Assim, na visão do setor, a valorização do óleo de soja a partir da produção de biodiesel ajuda no custeio da produção e permite ao produtor diminuir o preço do farelo, que desencadeia no preço da carne.

"Com isso, o feito é o contrário; a utilização do óleo de soja pelo biodiesel contribui para baixar os preços da carne", afirma Minelli.

Para Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da Stonex especializado em óleos vegetais, a produção de biodiesel contribuiu para deixar o óleo de soja mais caro, mas outros dois fatores também pesaram: queda na produção, devido a problemas climáticos, e câmbio alto. Como a soja é uma commodity, ela é precificada em dólar, o que afeta inclusive o comércio doméstico.

"Soja, milho, café, cacau são precificados em dólar, então se você tem desvalorização do real, há avanço no preço", diz Rossetti. De acordo com a StoneX, mais de 60% dos produtos do esmagamento da soja são exportados. Assim, um dólar alto também afeta o preço do óleo de soja.

O milho, outra commodity, tem cenário semelhante. É improvável que o aumento da produção de etanol a partir dessa matéria-prima tenha causado o aumento nos preços do alimento, já que o Brasil segue com estoques anuais de milho confortáveis –sinal de que a produção ainda é maior do que a soma de consumo local e exportação. No entanto, o estoque vem caindo ano a ano e já é o menor ao menos desde a safra 2018-2019, segundo a StoneX.

"A alta recente do milho está muito relacionada ao mercado internacional. Há um equilíbrio de oferta e demanda no mundo todo. Não falta milho, mas a gente teve a produção e consumo sendo mais equilibrados; antes a produção estava acima do consumo", diz Ana Luiza Lodi, também analista de mercado da StoneX.

"Essa discussão de combustível versus alimento tende a ocorrer em momentos de alta de preço, mas atualmente no Brasil a gente consegue atender tanto a ração quanto o combustível sem faltar milho. Se a gente tivesse oferta menor com quebra de safra teríamos maior competição, mas como a produção de milho cresce não estamos vemos falta", acrescenta. (biodieselbr)

sábado, 15 de março de 2025

Fevereiro seguiu com chuvas volumosas e calor intenso no Brasil

Fevereiro foi marcado por um clima típico de verão no Brasil, com chuvas localmente volumosas no Norte, Centro-Oeste e Sudeste, enquanto o Nordeste e o Sul enfrentarão períodos mais secos.
O calor predomina em grande parte do território, com as temperaturas mais altas concentradas no interior do país, embora áreas com maior recorrência de chuva registrem temperaturas mais amenas.

O fenômeno La Niña, que se configurou entre o final de 2024 e o início de 2025, segue atuando, mas com intensidade fraca. “Outros fatores, como águas oceânicas mais aquecidas e oscilações intrasazonais, especialmente a Oscilação de Madden-Julian, terão maior impacto na configuração, distribuição, posição e intensidade das chuvas pelo Brasil”, explica Maria Clara Sassaki, porta-voz da Tempo OK, consultoria especializada em previsões de alta precisão.

Fevereiro seguiu chuvoso no Brasil, com impacto do La Niña e Zona de convergência do Atlântico Sul.

Previsão aponta continuidade das chuvas intensas, enquanto temperaturas seguem dentro da normalidade na maior parte do país.

“A primeira semana do mês de fevereiro/2025 seguiu marcada por um canal de umidade entre o Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil, com previsão de chuvas volumosas, que inclusive podendo causar transtornos, como alagamentos e deslizamentos na metade sul de Minas Gerais, incluindo a região do Cerrado e a Zona da Mata Mineira, em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Bahia”, afirma Sassaki. Essas instabilidades também prejudicam a geração de energia eólica na Bahia e na porção central, o que faz com que o fator de capacidade caia de 20% a 35% no Subsistema Nordeste. Já no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e metade sul do Paraná, a previsão é de pouca chuva, com acumulados inferiores a 10 mm neste período.

Na segunda semana, a dinâmica muda: as chuvas ficam concentradas entre a região Sul e a costa do Sudeste, no entanto, é uma chuva bastante irregular, sempre alternada por períodos de tempo firme e temperaturas elevadas.  A partir da segunda metade do mês, o potencial de chuvas aumenta no centro-norte do Brasil e deve ficar mais próxima da quantidade média esperada para essa época do ano. “Será um aumento gradual, ao longo da quinzena, que deve proporcionar, ainda, alguns períodos de chuvas irregulares”, complementa a porta-voz da Tempo OK. No Nordeste, um cavado em altitude limita o desenvolvimento de nuvens potenciais para chuva, deixando assim a região mais seca, e consequentemente mais quente.

“A variabilidade de temperaturas durante o mês de fevereiro reflete os contrastes regionais do país, influenciados por fatores como sistemas de alta e baixa pressão, que influenciam na condição de chuva e tempo firme, além da circulação de ventos e umidade”, conclui Sassaki. (pv-magazine-brasil)

quinta-feira, 13 de março de 2025

Avanço do mar no litoral de São Paulo

Avanço do mar no litoral de São Paulo: nível das águas sobe 20 centímetros e inundações devem aumentar, indica estudo.

Pesquisadores ressaltam que o aquecimento global é o responsável por este fenômeno.
Nível do mar sobe 20 cm no litoral de SP e inundações devem aumentar, aponta estudo. Um estudo realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) revelou que o nível do mar no litoral de SP subiu cerca de 20 centímetros nas últimas décadas.

O aumento do nível do mar pode levar a um aumento das inundações. O aquecimento global é o principal responsável pelo aumento do nível do mar, o que pode causar o derretimento das geleiras e o aumento da temperatura dos oceanos.

Avanço do mar e seus impactos nas cidades do litoral de São Paulo são destacados em estudo internacional.

Projeção da invasão do oceano na orla de Santos/SP.

Projeção da orla da cidade de Santos/SP.

Explicação

O aumento do nível do mar é causado pelo aquecimento global, que é provocado pelo aumento das emissões de dióxido de carbono, metano e outros gases.

O derretimento das geleiras e dos mantos de gelo nas regiões polares e montanhosas também contribui para o aumento do nível do mar.

O aumento do nível do mar pode afetar as comunidades costeiras e os países insulares.

O aumento do nível do mar pode comprometer a segurança de milhões de pessoas em todo o mundo.

Projeções

De acordo com a ONU, o nível do mar pode subir até 21 centímetros em duas cidades brasileiras até 2050.

De acordo com o Estadão, o nível do mar pode subir 18 centímetros até 2050 e 38 centímetros até 2100.

De acordo com a Iberdrola, o nível do mar pode chegar a 2 metros de altura no final do século XXI.

Os pesquisadores destacam que o avanço do nível do mar é uma consequência direta do aquecimento global.

A pesquisa é baseada em dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)

Um estudo realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) revelou que o nível do mar no litoral de SP subiu cerca de 20 centímetros nas últimas décadas.

O fenômeno é atribuído ao aquecimento global, causado pelo aumento da temperatura dos oceanos, pelo derretimento das geleiras e pela perda dos mantos de gelo nas regiões polares e montanhosas do planeta.

A pesquisa, baseada em dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), aponta que o impacto dessa elevação pode ser ainda maior nas próximas décadas. De acordo com as projeções, o nível do mar pode subir até 36 centímetros até 2050.

O aumento colocaria em risco as áreas costeiras, agravando inundações e acelerando a perda da faixa de areia das praias, prejudicando diretamente a população do litoral paulista. Quatro cidades do litoral de SP estão mais propensas a sofrer com avanço do mar.

Os pesquisadores destacam que o avanço do nível do mar é uma consequência direta do aquecimento global.

Outro dado alarmante do estudo é o impacto das ondas de calor marítimas. A pesquisa indica que, em um cenário de aumento de 2ºC na temperatura média global, essas ondas de calor podem ocorrer até 20 vezes mais frequentemente, com maior intensidade.

A intensificação das inundações representa um desafio significativo para a infraestrutura urbana e para a qualidade de vida das populações que vivem próximas ao mar. Cidades como Santos, São Vicente e Guarujá podem enfrentar danos estruturais, além de deslocamentos de moradores em áreas de risco.

Pesquisadores ressaltam que o aquecimento global é o responsável por este catastrófico fenômeno.

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) apontou que o nível do mar subiu cerca de 20 centímetros no Litoral paulista.

Avanço do mar no litoral de São Paulo: quatro cidades são mais afetadas pelo aumento do nível do oceano; saiba quais. Santos é uma das cidades que sofrerá.

O estudo analisou 245 km de estruturas artificiais ao longo da costa, como quebra-mares e píeres.

O avanço do mar no litoral de São Paulo é uma ameaça que afeta cidades como Santos, São Vicente, Ilha Comprida e Peruíbe. O aumento do nível do mar é causado pelo aquecimento global e pela velocidade cada vez maior com que o mar sobe. (diariodolitoral)

Governo de SP abriu CP sobre plano de adaptação e resiliência às mudanças climáticas

Consulta visa obter contribuições da sociedade na definição das ações que serão realizadas nos próximos anos. O Governo de São Paulo abriu u...