domingo, 7 de junho de 2009

Mudança climática pode elevar número de refugiados

As conseqüências do aquecimento, tempestades e secas, devem atingir mais fortemente os mais pobres. A mudança climática pode se tornar a principal causa de deslocamento de refugiados, fazendo com que milhares de pessoas deixem seus locais de origem a cada ano, disse um funcionário das Nações Unidas, quando a ONU e a Cruz Vermelha fizeram um apelo por fortes esforços globais para ajudar pessoas a enfrentar as conseqüências do aquecimento global. Tempestades mais fortes, mais inundações e diminuição das chuvas, situações que devem atingir mais pesadamente as pessoas mais pobres, estão dentre as conseqüências esperadas com a intensificação das mudanças climáticas. Acordos sobre como ajudar países pobres a adaptarem-se são o principal desafio dos negociadores de um novo tratado sobre o clima que deve entrar em vigor em 2013. O clima sempre foi um elemento, uma das razões que forçam as pessoas a se moverem, mas não a razão primária. O que tememos é que nos próximos anos o clima repentinamente torne-se a principal razão desses movimentos migratórios. Estimativas conservadoras prevêem que cerca de 250 milhões de pessoas terão sido forçadas a deixarem seus locais de origem por causa das mudanças climáticas até 2050 e se dividirmos isso por ano, são cerca de 6 milhões de pessoas migrando além dos cerca de 10 milhões de refugiados que o Alto Comissariado cuida atualmente. Muitas dessas pessoas se deslocarão dentro de seus próprios países. Os países mais vulneráveis estão no mundo em desenvolvimento e são aqueles com menores condições de reagir a esses problemas. Acrescenta-se que é importante começar a discutir com os países questões como quem irá cuidar dessas pessoas, que tipos de direitos elas terão e se elas serão forçadas a voltar a seus países mesmo se não houver condições para isso. A ONU e a Cruz Vermelha também apontaram para maior necessidade de esforços mais amplos na preparação dessas populações para os riscos que elas enfrentarão em razão das mudanças climáticas. As entidades indicaram medidas como a proteção de fontes de água antes de enchentes, o plantio de árvores para evitar deslizamentos de terra ou desertificação, impedir que casas sejam construídas em áreas de alto risco e simplesmente disseminar informações sobre como lidar com inundações. O projeto para reduzir os riscos de desastres pode economizar dezenas de milhares de dólares ao ano. Para cada US$ 1 investido em redução de riscos, podemos economizar entre US$ 3 e US$ 10 em custos de resposta a desastres. Grandes catástrofes climáticas não têm necessariamente de levar a desastres devastadores ou catastróficos.

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