terça-feira, 31 de março de 2009

Aquecimento da Antártida supera expectativa

Aquecimento na parte ocidental do continente supera resfriamento na região oriental, afirma a Nature. Cientistas que estudam o aquecimento global acreditavam que, embora o mundo em geral esteja ficando mais quente, uma grande parte da Antártida, a Capa de Gelo da Antártida Oriental, estaria, de fato, ficando mais fria. Nova pesquisa mostra que, pelos últimos 50 anos, boa parte da Antártida veio esquentando a uma taxa comparável à do resto do mundo. O aquecimento na Antártida Ocidental é maior que o resfriamento na Oriental, significando que em média, o continente como um todo está esquentando. A Antártida Ocidental é um muito diferente da Antártida Oriental, e há uma barreira física, as Montanhas Transantárticas, que separa os dois, comprova o artigo que documenta o aquecimento do continente, publicado na revista Nature. Durante anos, acreditou-se que uma área relativamente pequena, conhecida como Península Antártica, estivesse se aquecendo, mas que o resto do continente, incluindo a Antártida Ocidental, a camada de gelo mais suscetível a um possível futuro colapso, estaria esfriando. O estudo descobriu que a Antártida Ocidental aqueceu-se em mais de 0,1º C por década nos últimos 50 anos, mais do que compensando o resfriamento na Antártida Oriental.

domingo, 29 de março de 2009

Antártida também sofre efeitos do aquecimento

Contra consenso científico, continente registra alta de temperatura de 0,5°C em meio século. A Antártida ficou mais quente nos últimos 50 anos. Até agora, os cientistas acreditavam que o continente esfriava enquanto a Península Antártica - braço de terra mais próximo à América do Sul, aquecia. Uma pesquisa publicada hoje na revista britânica Nature contraria o consenso e mostra que a temperatura média também subiu na Antártida Ocidental. O principal autor do estudo, Eric Steig, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, afirma que o aquecimento na região oeste do continente gelado foi maior do que a diminuição da temperatura na Antártida Oriental no período entre 1970 e 2000. Por isso, na média, a região ficou mais quente. O pesquisador afirmou esperar que o estudo coloque um ponto final no que considera especulações de que toda a Antártida está ficando mais fria. A cada década, a região ocidental do continente aqueceu mais de 0,1°C. Na porção oriental, a temperatura caiu nos últimos 30 anos, mas, quando comparada a previsões da década de 50, também sofreu um leve aquecimento. Na média, a temperatura do continente subiu 0,5°C. Para realizar a análise, os cientistas utilizaram dados obtidos por satélites, medições em estações meteorológicas no continente e modelos computacionais para preencher as lacunas de informações. Outros pesquisadores criticaram a formulação de conclusões tão abrangentes com base em informações tão esparsas. É difícil criar dados onde eles não existem. É importante conseguir outras evidências que confirmem as descobertas, os resultados não tem surpreendido. Comprova-se o que muitos modelos já apontavam. Um trabalho publicado em outubro na Nature Geoscience relacionou o aquecimento na Antártida à emissão de gases do efeito estufa pelo homem nos demais continentes.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Nível dos oceanos pode subir o dobro do previsto

Previsão mais otimista é de alta de pelo menos meio metro até o final deste século; IPCC não teria levado em consideração variáveis cruciais Estudos recentes indicam que o nível do mar poderá subir um metro até 2100 - o dobro do estimado no último informe mundial da Organização das Nações Unidas. A advertência foi feita por pesquisadores de várias universidades durante o Congresso Científico Internacional sobre Mudança Climática de Copenhague, Dinamarca. O motivo da formulação desse cenário mais pessimista é a observação de que geleiras, assim como as massas de gelo da Groenlândia e da Antártida, estão derretendo a um ritmo mais forte do que o esperado, ao lado da crescente temperatura dos oceanos, o que resulta em sua expansão, afirmou o professor John Church, do Centro Australiano para a Pesquisa do Clima e do Tempo. "As observações por satélite e terrestres mais recentes mostram que o nível do mar segue subindo 3 milímetros ao ano, uma cifra bem acima da média do século 20", disse o pesquisador, que presidiu uma mesa redonda com outros especialistas. A previsão mais otimista feita no congresso é a de que o nível do mar subirá pelo menos 50 centímetros até 2100. Os cientistas afirmam que se as emissões de gases causadores do efeito estufa não forem reduzidas rápida e substancialmente, o aumento do nível do mar afetará, ainda no melhor dos casos, 10% da população mundial. O último informe do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) da ONU, divulgado em 2007, estimou que os oceanos aumentariam entre 18 e 50 centímetros - mas esse estudo não havia incluído todos os fatores nos cálculos, como a reação das massas de gelo da Groenlândia e da Antártida às alterações climáticas. VARIAÇÕES REGIONAIS Konrad Steffen, diretor do Instituto Cooperativo para a Pesquisa em Ciências Ambientais da Universidade do Colorado (Estados Unidos), ressaltou que haverá grandes diferenças regionais causadas pelo aumento do nível do mar, dependendo da localização e da origem do derretimento das geleiras. O congresso de Copenhague, resultado de uma colaboração entre a Universidade de Copenhague e outras nove instituições, reúne até amanhã mais de 2 mil participantes, com 1.600 trabalhos científicos de pesquisadores de 70 países. As conclusões preliminares do congresso farão parte de um documento que será publicado em junho deste ano e entregue a todos os participantes da reunião climática mundial que ocorrerá em Copenhague em dezembro. Nesse evento espera-se que, pode surgir um consenso sobre um novo acordo climático que substitua o Protocolo de Kyoto quando ele expirar, em 2012.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Gelo terrestre elevou nível do mar em 0,5 cm em 5 anos

Outro estudo indica que quantias enormes de metano congelado da Sibéria estão derretendo Mais de 2 trilhões de toneladas de gelo terrestre da Groenlândia, Alasca e Antártida derreteram-se desde 2003, de acordo com novos dados de satélite da Nasa que mostram os sinais mais recentes do aquecimento global. Cientistas da Nasa pretendem apresentar suas descobertas na quinta-feira, 18, na reunião da União Americana de Geofísica. O derretimento do gelo sobre o continente, diferentemente do gelo em terras próximas ao litoral, tem pouco efeito sobre o nível dos mares. Na década de 90, a Groenlândia não havia afetado o nível dos mares. Agora, a ilha colabora com meio milímetro ao ano, e entre Groenlândia, Alasca e Antártida o gelo derretido em terra elevou o nível dos mares em meio centímetro desde 2003, diz o cientista Scott Luthcke. Outras pesquisas apresentadas na reunião indicam mais preocupação com derretimentos provocados pelo aquecimento global. Não está melhorando. Está mostrando cada vez mais sinais de aquecimento e amplificação. Não há reversão em andamento. Cientistas que estudam o gelo no mar anunciarão que partes do Ártico, ao norte do Alasca, estão quase 10 graus mais quentes que no outono passado, um forte indicador do que os cientistas chamam de efeito amplificador do Ártico. Isso ocorre quando a região aquece mais depressa do que o previsto, e o aquecimento lá acelera Amis depressa que no restante do mundo. À medida que o gelo derrete, as águas absorvem mais calor no verão, tendo perdido o poder de refletir luz do gelo branco compacto. Outro estudo indica que quantias enormes de metano congelado estão presas no leito de lagos e mares da Sibéria, e começam a borbulhar para a superfície, disse Igor Semiletov, da Universidade do Alasca em Fairbanks. O metano da região poderia aumentar dramaticamente o aquecimento global se for liberado. Isso deveria alarmar as pessoas.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Cultivo que reflete radiação solar pode reduzir aquecimento

Modificações genéticas que aumentem reflexão de radiação dos vegetais ajudariam a diminuir temperatura A cuidadosa seleção dos cultivos que refletem maior radiação solar poderia reduzir a temperatura do planeta em 0,1 grau, o equivalente a 20% do aquecimento global produzido desde a Revolução Industrial. Atualmente, o crescimento das colheitas já atua como um resfriador do planeta, pois os cultivos devolvem ao espaço, por meio do reflexo, uma maior quantidade de radiação solar (e, portanto, calor) que a vegetação natural à qual substitui. Cientistas da Universidade de Bristol (Reino Unido) propõem na revista Current Biology um método para diminuir a temperatura planetária: o cultivo de espécies que mais raios solares reflitam. Quanto maior for a radiação que refletem, maior o esfriamento do planeta. Segundo cálculos realizados por meio de um modelo climático global, com a seleção de cultivos as temperaturas poderiam diminuir em até em um grau centígrado na América do Norte e nas latitudes médias da Eurásia. As remodelações genéticas que aumentassem a capacidade de refletir radiação solar dos vegetais poderiam fazer que a diminuição da temperatura planetária fosse inclusive maior. Não se trata de mudar as espécies já cultivadas por outras diferentes, explica a equipe de pesquisa liderada por Andy Ridgewell, mas de escolher a variedade de vegetal com maior capacidade para refletir a radiação. As variedades de uma mesma espécie podem apresentar diferente capacidade de refletir dependendo das diferentes propriedades da superfície de suas folhas e da forma como estas folhas estão dispostas. A adoção desta medida, ao contrário do que acontece com os biocombustíveis, não incidiria na diminuição da produção de alimentos e seus resultados seriam rápidos e com alguns custos muito baixos. Ao não acontecer uma diminuição das emissões de CO2 na atmosfera - principal causa do aquecimento global -, esta alternativa é uma "forma realista" de controlar a mudança climática. A proposta não dá uma solução total para a mudança climática, mas pode reduzir o impacto de ondas de calor e secas na agricultura e na saúde da América do Norte e das latitudes médias da Eurásia. Os agricultores já realizam uma seleção de espécies de cultivos para conseguirem diversos objetivos como, por exemplo, aumentar a produção de alimentos ou fomentar as colheitas de trigo mais apropriadas para fazer pão ou as mais úteis para o estabelecimento. Os cientistas afirmam que a implantação desta técnica poderia se estender para todo o planeta, pois a agricultura é uma indústria global. O efeito de colocá-la em prática, segundo a equipe, seria equivalente a evitar as consequências da emissão à atmosfera de 195 bilhões de toneladas de CO2.

sábado, 21 de março de 2009

Agricultura pode ajudar no clima

Usar lavouras como espelhos para refletir parte da radiação solar que chega à Terra e, assim, combater o aquecimento global: a ideia parece extravagante, mas foi proposta por pesquisadores ingleses da Universidade de Bristol em artigo publicado hoje na revista científica Current Biology. No próprio trabalho, a estratégia já ganhou um nome: biogeoengenharia. O segredo seria, em um primeiro momento, substituir as variedades tradicionais de plantas agrícolas por aquelas com folhas mais lustrosas ou outras estruturas que aumentem a reflexão. A cevada, citada como exemplo no trabalho, tem uma variedade com folhas cobertas de cera. Segundo a estratégia, ela substituiria a cevada de folhas opacas. Com o tempo, o melhoramento genético poderia produzir híbridos que desempenhassem a função com mais eficácia, sem comprometer a produtividade. Já existe uma variedade de milho nos Estados Unidos com o caule no ângulo perfeito para adaptar-se à inclinação do sol e aproveitar ao máximo a luminosidade. Naturalmente, o melhoramento visava a aumentar a produtividade, mas a mesma lógica poderia ser usada para criar variedades com maior capacidade de refletir a luz - característica conhecida como albedo pelos cientistas. PREVISÃO Para comprovar a eficácia da estratégia, os pesquisadores realizaram uma simulação computacional. Em um cenário com o dobro de gás carbônico na atmosfera da Terra, eles testaram qual seria a diferença para a temperatura global se as lavouras tivessem um albedo 20% maior do que o atual. Segundo o modelo, a temperatura média na superfície do planeta cairia 0,11°C, quase 20% do aumento total desde a Revolução Industrial. Contudo, tal diminuição não seria uniforme: os termômetros da América do Norte, Europa e Ásia registrariam uma queda de 1°C durante o verão. No Hemisfério Sul, as mudanças seriam pouco significativas. O principal autor do trabalho, Andy Ridgwell, argumenta que a proposta é de mais fácil aplicação do que outras estratégias já sugeridas para combater o aquecimento global, como o aumento na concentração de ferro na superfície dos oceanos, beneficiando as algas que sequestram carbono ou a liberação de aerossóis de sulfato na estratosfera, para refletir a radiação solar. Em um primeiro momento, seria necessário um investimento relativamente baixo: apenas para substituir as variedades no próximo plantio. Obviamente, não é, nem de longe, a solução do problema, mas pode ser a ferramenta mais simples e barata para ajudar a combatê-lo. O botânico da Universidade de São Paulo Marcos Silveira Buckeridge considerou o trabalho muito interessante. Ele é um dos revisores dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). A idéia é original e parece bastante coerente. CANA-DE-AÇÚCAR Ridgwell critica a substituição de lavouras de comestíveis por plantações voltadas à produção de biocombustíveis. Mas, considerando o tamanho das lavouras de cana-de-açúcar no Brasil, acredito que poderão surgir no futuro híbridos com um impacto climático positivo.Roberto Cesnik, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), avalia que as críticas ao biocombustível nascem, na maioria das vezes, de interesses políticos. Ele considera difícil um melhoramento genético da cana-de-açúcar no sentido preconizado por Ridgwell. O objetivo é sempre aumentar a produção e facilitar a colheita. Por isso, procuram sempre diminuir o volume de folhas da planta.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Buraco na camada de ozônio levará 2 décadas para diminuir

O buraco na camada de ozônio, que surgiu nos anos de 1980 sobre a Antártica, não deve se reduzir antes de 10, ou 20 anos, e não desaparecerá, se todas as medidas forem cumpridas, antes de 2075, previu a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Há 21 anos, ONU evita destruição da camada de ozônio. "A situação continuará sendo grave nos próximos 10, ou 20 anos, antes que o buraco comece a desaparecer, sob a condição de que se respeite o protocolo de Montreal", avaliou a organização, às vésperas do Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio, em 16 de setembro. Serão necessárias várias décadas até que o buraco desapareça e se volte à situação anterior a 1980. Calcula-se que isso vá acontecer para 2075. A concentração dos gases CFC diminui a um ritmo de 1% ao ano. Há 21 anos, ONU evita destruição da camada de ozônio. No dia 16 de setembro de 1987, 46 países assinaram um documento chamado "Protocolo de Montreal" no qual se comprometiam a parar de fabricar o gás Clorofluorcarbono (CFC), apontado como o maior responsável pela destruição da camada de ozônio na estratosfera. Para comemorar o feito, em 1994, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a data como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Os países signatários, neste dia, procuram meditar sobre a questão e realizar diversos eventos que conscientizem a população sobre o significado do Protocolo. A destruição da camada de ozônio, ainda que parcial, foi certamente o maior desastre ecológico de todos os tempos causado pelo homem moderno. Hoje, mesmo com a queda do consumo de CFC, o gás ainda é comercializado no mercado paralelo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Buraco na Camada de Ozônio

A camada de ozônio é uma capa desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a serem utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de câncer. Nos últimos anos tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, provavelmente vêm fazendo com que o buraco continue aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aerosóis, 470 mil toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma solução para o problema. O buraco A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente em setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. Mesmo menores que na Antártida, esses números representam um enorme alerta ao que nos poderá acontecer, se fecharmos os olhos para esse problema. O que são os raios ultravioletas Raios ultravioletas são ondas semelhantes a ondas luminosas, as quais se encontram exatamente acima do extremo violeta do espectro da luz visível. O comprimento de onda dos raios ultravioletas varia de 4,1 x 10-4 até 4,1 x 10-2 mm, suas ondas mais curtas são as mais prejudiciais. A reação As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFC (ClFC) liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia. Por outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de combustíveis fósseis. Infelizmente, a produção de CFC, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada, destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis. Porque na Antártida Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área, iniciando a reação. Em 1988, constatou-se que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em qualquer outra parte do mundo. No Brasil ainda há pouco com que se preocupar No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, de acordo com os instrumentos medidores do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais). O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante, provavelmente pela pouca produção de CFC no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. No Brasil apenas 5% dos aerosóis utilizam CFC, já que uma mistura de butano e propano é significativamente mais barata, funcionando perfeitamente em substituição ao clorofluorcarbono. Os males A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no "efeito estufa", o que causaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais se aconselha a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.

domingo, 15 de março de 2009

Dicas práticas para você economizar energia e proteger o planeta

1. Tampe suas panelas enquanto cozinha Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar. 2. Use uma garrafa térmica com água gelada Compre daquelas garrafas térmicas de acampamento, de 2 ou 5 litros. Abasteça-a de água bem gelada com uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira toda vez que alguém quiser beber um copo d’água. 3. Aprenda a cozinhar em panela de pressão Dá pra cozinhar tudo em panela de pressão: Feijão, arroz, macarrão, carne, peixe, etc. Muito mais rápido e economizando 70% de gás. 4. Cozinhe com fogo mínimo Se você não faltou às aulas de física no 2º grau você sabe: Não adianta, por mais que você aumente o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, pois a água não ultrapassa 100ºC em uma panela comum. Com o fogo alto, você vai é queimar sua comida. 5. Antes de cozinhar, retire da geladeira todos os ingredientes Evite o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de uma cebola, uma cenoura, etc. 6. Coma menos carne vermelha A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Não é piada. Você já sentiu aquele cheiro pavoroso quando você se aproximou de alguma fazenda/criação de gado? Pois é: É metano, um gás inflamável, poluente, e megafedorento. Além disso, a produção de carne vermelha demanda uma quantidade enorme de água. Para você ter uma idéia: Para produzir 1 kg de carne vermelha é necessário 200 litros de água potável. O mesmo quilo de frango só consome 10 litros. 7. Não troque o seu celular Já foi tempo que celular era sinal de status. Hoje em dia qualquer Zé Mané tem. Trocar por um mais moderno para tirar onda? Ninguém se importa. Fique com o antigo pelo menos enquanto estiver funcionando perfeitamente ou em bom estado. Se o problema é a bateria, considere o custo/benefício trocá-la e descartá-la adequadamente, encaminhando-a a postos de coleta. Celulares trouxeram comodidade à nossa vida, mas utilizam de derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Na maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento. Utilize seus gadgets até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos. 8. Compre um ventilador de teto Nem sempre faz calor suficiente pra ser preciso ligar o ar condicionado. Na maioria das vezes um ventilador de teto é o ideal para refrescar o ambiente gastando 90% menos energia. Combinar o uso dos dois também é uma boa idéia. Regule seu ar condicionado para o mínimo e ligue o ventilador de teto. 9. Use somente pilhas e baterias recarregáveis É certo que são caras, mas ao uso em médio e longo prazo elas se pagam com muito lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em média 1000 vezes. 10. Limpe ou troque os filtros do seu ar condicionado Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano. 11. Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente. 12. Escolha eletrodomésticos com baixo consumo energético Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados). 13. Não deixe seus aparelhos em standby Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de standby de um aparelho usa em torno de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso. 14. Mude sua geladeira ou freezer de lugar Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15 cm das paredes para evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar! 15. Descongele geladeiras e freezers antigos a cada 15 ou 20 dias O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo que gaste mais energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo. 16. Use a máquina de lavar roupas/louça só quando estiverem cheias Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças, não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve. 17. Retire imediatamente as roupas da máquina de lavar quando estiverem limpas As roupas esquecidas na máquina de lavar ficam muito amassadas, exigindo muito mais trabalho e tempo para passar e consumindo assim muito mais energia elétrica 18. Tome banho de chuveiro E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro. 19. Use menos água quente Aquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria. 20. Pendure ao invés de usar a secadora Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora. 21. Nunca é demais lembrar: recicle Recicle no trabalho e em casa. Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Existem vários na rede Pão de Açúcar. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel). 22. Faça compostagem Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito. 23. Reduza o uso de embalagens Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria. 24. Compre papel reciclado Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum, e poupa nossas florestas. 25. Utilize uma sacola para as compras Sacolas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira ou suas próprias sacolas plásticas. 26. Plante uma árvore Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde. 27. Compre alimentos produzidos na sua região Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade. 28. Compre alimentos frescos ao invés de congelados Comida congelada além de mais cara consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena. 29. Compre orgânicos Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros, pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura "tradicional"? Se toda a produção de soja e milho dos EUA fosse orgânica, cerca de 240 bilhões de quilos de gás carbônico seriam removidos da atmosfera. Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo. 30. Ande menos de carro Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano. 31. Não deixe o bagageiro vazio em cima do carro Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro vazio gasta 10% a mais de combustível, devido ao seu peso e aumento da resistência do ar. 32. Mantenha seu carro regulado Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera. 33. Lave o carro a seco Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping. 34. Quando for trocar de carro, escolha um modelo menos poluente Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10 km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos. 35. Use o telefone ou a Internet A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou skype pode poupar você de stress, além de economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera. 36. Voe menos, reúna-se por videoconferência Reuniões por videoconferência são tão efetivas quanto as presenciais. Deixar de pegar um avião faz uma diferença significativa para a atmosfera. 37. Economize CDs e DVDs CDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos). Utilize mídias regraváveis, como CD - RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas. 38. Proteja as florestas Por anos os ambientalistas foram vistos como "eco-chato". Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera. 39. Considere o impacto de seus investimentos O dinheiro que você investe não rende juros sozinhos. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente. 40. Informe-se sobre a política ambiental das empresas que você contrata Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro alardeada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim? 41. Desligue o computador Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo e o monitor por até quinze minutos. 42. Considere trocar seu monitor O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática. 43. No escritório, desligue o ar condicionado uma hora antes do final do expediente Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que equivale a quase um mês de economia no final do ano. Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena. 44. Não permita que as crianças brinquem com água Banho de mangueira, guerrinha de balões de água e toda sorte de brincadeiras com água são divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação, as crianças. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso. 45. No hotel, economize toalhas e lençóis Você realmente precisa de uma toalha nova todo dia? Você é tão imundo assim? Em hotéis, o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia. Trocar uma vez a cada 3 dias já está de bom tamanho. O mesmo vale para os lençóis, a não ser que você urine na cama. 46. Participe de ações virtuais A Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site Clickarvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e aja! 47. Instale uma válvula na sua descarga Instale uma válvula que regula a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1! 48. Não peça comida para viagem Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas. 49. Regue as plantas à noite Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas. 50. Freqüente restaurante natural/orgânico Com o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma gama enorme de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda verde está trazendo e assim estará incentivando o mercado de produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e menos agressivos ao meio-ambiente. 51. Vá de escada Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia elétrica dos elevadores. 52. Faça sua voz ser ouvida pelos seus representantes Use a Internet, cartas ou telefone para falar com o seu representante em sua cidade, estado e país. Mobilize-se e certifique-se de que os seus interesses - e de todo o planeta - sejam atendidos. 53. Divulgue essa lista! Envie essa lista por e-mail para seus amigos, divulgue o link do post no seu blog ou Orkut, reproduza-a livremente, e, quando possível, cite a fonte. O Mude o Mundo agradece, e o planeta também!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Oito dicas para ter uma boa noite de sono

A insônia atinge 40% das mulheres, algumas medidas podem melhorar a qualidade do sono, garantindo pique redobrado no dia seguinte. Para quem valoriza uma boa noite de sono e busca qualidade de vida, a insônia pode ser um pesadelo. Não existe nada pior do que ir para a cama e ficar rolando de um lado para o outro. Você liga a TV, assiste um pouco, pega um livro, lê algumas páginas... e nada de sono! Pode ser estresse, preocupação, depressão, alguma dor ou até mesmo não ter uma causa aparente, o fato é que um em cada três adultos não consegue dominar o cansaço e obter um descanso reparador. O problema é mais comum entre as mulheres. Segundo dados do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba, cerca de 40% da população feminina sofrem com noites mal dormidas. A insônia pode ser classificada em três categorias: A transitória é a mais comum e geralmente se manifesta em momentos que antecedem um acontecimento importante como, por exemplo, um exame ou entrevista de trabalho. A de curto prazo persiste durante várias semanas e surge de uma situação de estresse ou crise. Já a crônica pode trazer muitos transtornos e sofrimento por meses e até por anos. Independente da categoria, a insônia pode ser tratada e curada. A automedicação não é aconselhável e quando o problema supera a categoria de curto prazo é preciso buscar o auxilio de um médico. Mas, poucos insones se tratam aproximadamente 30% falaram do distúrbio com um médico. Dos que sofrem de insônia 25% tem dificuldade de iniciar o sono, 36% de manter o sono, 24% sofrem de um despertar precoce e 40% despertam cansados. Entretanto, algumas atitudes podem ajudar a amenizar a situação. Medidas simples podem deixar o quarto convidativo para uma boa noite de sono e afastar substâncias e atitudes estimulantes. Confira a seguir oito dicas que podem ajudá-lo a ter uma boa noite de sono: 1. Tenha um bom lugar para dormir - Um quarto agradável e um colchão confortável são itens básicos. Deixar o ambiente escuro e confortável e vá para a cama somente na hora dormir. 2. Vá para a cama sempre no mesmo horário - O corpo acaba se condicionando a essa rotina. Uma hora antes de deitar, comece a desacelerar: nada de atividades barulhentas ou excitantes. 3. Ajude o seu corpo a relaxar - Massagens, banhos de imersão ou uma ducha quente são sedativos naturais e driblam a ansiedade. Outra opção de relaxamento é o tradicional escalda-pés, que tem o aval da medicina chinesa. O ritual relaxa o corpo todo, porque os terminais energéticos dos pontos da acupuntura concentram-se nos pés, desde a planta até a altura dos tornozelos. Mergulhe-os na água quente por dez minutos até a pele ficar vermelha. Depois, seque-os e calce meias para mantê-los aquecidos. 4. Manere nas substâncias estimulantes - Depois das 17 horas, evite estimulante como guaraná em pó e chocolate e bebidas à base de cafeína, como café e chá preto. Cinco xícaras diárias de café são suficientes para afetar ou impedir o sono. 5. Evite tomar bebidas alcoólicas - O momento ideal para um drinque é o da happy hour, no período que vai das 17 às 20 horas, pois os efeitos do álcool no corpo duram três horas. Atenção, pois a bebida provoca relaxamento imediato, mas leva a pessoa a "acender" e sentir dificuldades para tornar a adormecer. 6. Aposte nos carboidratos - No jantar, é melhor consumir pequenas porções de carboidratos, que são excelentes soníferos, do que proteínas, que têm efeito estimulante. 7. Bebidas quentes ajudam a relaxar - Tomar um copo de leite quente funciona, sim, porém mais pela temperatura do que pelo alimento em si. Um chazinho quente antes de ir para a cama é reconfortante. Prefira as ervas frescas sedativas, como a erva-cidreira. A camomila tem efeito mais brando, por isso é indicada a bebês. A valeriana é muito forte - não abuse ou poderá perder a hora no dia seguinte. Chá de flor seca de maracujá também é calmante. Cuidado com as misturas aromáticas que contenham chá preto: como é excitante, deve ser tomado quando você quer espantar a sonolência, nunca antes de dormir. 8. Evite exercícios físicos antes de dormir. Faça-os em horários adequados e nunca próximos à hora de dormir. A atividade física antes de dormir só aumenta a excitação. Exercícios físicos são bons para a saúde, mas devem ser feitos no máximo quatro horas antes de dormir. Um alongamento relaxante antes de dormir deveria fazer parte da rotina das pessoas. As dores causadas por tensão muscular dificultam o sono e um alongamento deixa os músculos mais relaxados.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Empresas criam holdings de serviços verdes

A expansão do mercado de tecnologias ambientais, como tratamento de água, gestão de resíduos e controle de poluição já provoca uma onda de consolidação no setor, dentro e fora do Brasil. Com recursos próprios ou com a ajuda de fundos de investimentos, empresas do ramo estão indo às compras e criando holdings ambientais. No Brasil, o maior expoente dessa tendência é a Haztec, empresa com sede no Rio de Janeiro. Criada há dez anos por três recém-formados para atuar na prevenção de vazamentos em postos de combustíveis, a companhia chamou a atenção de investidores interessados no mercado de infraestrutura. Em 2003, a Haztec teve o controle adquirido pelo Synthesis, grupo nacional de private equity. O grande salto, no entanto, veio entre 2007 e 2008. Com investimentos feitos pelos fundos Infra Brasil, do Banco Real, e FIP Multisetorial, do Bradesco BBI, a Haztec adquiriu seis empresas em dois anos, cada uma com uma especialidade ambiental. Assim, passou a atuar em cinco diferentes linhas de negócios. Isso permitiu um salto no faturamento, que passou de R$ 40 milhões em 2006 para R$ 310 milhões em 2008. Em 2009 a expectativa é chegar a R$ 420 milhões. É um número significativo para um mercado que praticamente inexistia há dez anos. O grande motor desse mercado foi a Lei de Crimes Ambientais, que passou a aplicar multas de até R$ 50 milhões para empresas poluidoras. As companhias passaram a perceber que ter gestão ambiental gera uma sobra de caixa. A última aquisição do grupo Haztec, a NovaGerar, que opera aterros sanitários e na venda de créditos de carbono no mercado internacional, deve trazer uma nova oportunidade de negócios: a produção de eletricidade a partir do biogás, que resulta da decomposição do lixo. Fora do Brasil, a formação de holdings ambientais já vem ocorrendo há alguns anos. Um exemplo é a alemã Remondis, grupo familiar fundado em 1934 para atuar no transporte de resíduos. Graças a parcerias público-privadas, a empresa cresceu e seguiu comprando concorrentes. Hoje tem operações em 25 países, nas áreas de água, reciclagem, energia e pesquisa e desenvolvimento de novos materiais a partir do lixo. Outra que percorreu trajetória semelhante é a francesa Veolia, presente em 67 países, inclusive no Brasil, com faturamento anual de 33 bilhões. Expansão - O mercado de tecnologias ambientais movimentou cerca de US$ 5 bilhões no Brasil no ano passado, e cresce a taxas de 5,4% ao ano. Mesmo no cenário de crise, o mercado ambiental tende a crescer. As empresas são cobradas a reduzir a poluição e com isso descobrem que é possível economizar. Prepara-se um estudo detalhado sobre esse mercado no Brasil, que será divulgado durante a Ecogerma, a maior feira do setor realizada no País. No mundo, o mercado de sustentabilidade movimenta 1 trilhão e deve dobrar até 2020.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Ainda faltam estudos sobre benefícios dos orgânicos à saúde

Apesar de não ser consenso, o benefício dos alimentos orgânicos para a saúde começam a ser mostrados em estudos de vários centros de pesquisa. De maneira geral, os trabalhos apontam que produtos sem agrotóxicos têm mais nutrientes que os convencionais. Um dos estudos, feito por cientistas da Rutgers University, em New Jersey (EUA), encontrou diferenças consideráveis na quantidade de nutrientes nos alimentos convencionais e orgânicos. Descobriram, por exemplo, que o teor de ferro no espinafre orgânico era 97% mais alto que no convencional. Em relação à alface, a diferença foi de 200%. Outra pesquisa, realizada durante três anos na Grã-Bretanha, mostrou que legumes e frutas orgânicos contêm até 40% mais antioxidantes do que seus equivalentes não orgânicos. O leite orgânico teria entre 50% e 80% mais antioxidantes. Os resultados também sugerem que os orgânicos têm menos ácidos graxos trans, considerados nocivos à saúde. E mostraram que os orgânicos, trigo, tomate, batata, repolho, cebola e alface contêm entre 20% e 40% mais nutrientes. Teoricamente, qualquer alimento sem agrotóxico é melhor para a saúde, então os nutricionistas e médicos recomendam que se consuma orgânicos quando possível. Mas é um assunto que precisa de mais estudos. Isso porque o efeito nocivo do agrotóxico não é imediato e depende da quantidade e do tempo em que é ingerido. Faltam estudos de longo prazo populacionais. Como exemplo de evidência científica interessante, a nutricionista cita um trabalho com 90 mil mulheres. Ao acompanhar o histórico delas, os cientistas descobriram que as que consumiram uma porção e meia de carne vermelha por dia tiveram quase o dobro de risco de câncer de mama associados a hormônios. Após estudar os dados, eles relacionaram o câncer aos hormônios de crescimento injetados no gado.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Preço alto ainda prejudica crescimento de orgânicos

Em média, orgânicos são de 10% a 30% mais caros que convencionais. Com o mercado mais organizado, o preço continua um entrave para que orgânicos ganhem espaço - mesmo com o crescimento, esse produto representa apenas 1% dos alimentos consumidos no Brasil. Mesmo que a cadeia produtiva siga aumentando, a dificuldade com transporte e pontos-de-venda, além das condições de produção, fazem com que a queda no preço fique lenta e difícil. Os orgânicos são de 10% a 30% mais caros do que os alimentos convencionais, variação que depende do tipo de produto e da época. Em hortaliças e frutas, a diferença tem caído. Quanto aos laticínios, o preço pode ser mais do que o dobro. O produto orgânico cuida do solo, da água, da saúde dos consumidores e dos trabalhadores, da biodiversidade e isso gera custos. Ele evita que a sociedade pague na forma de serviços de despoluição, tratamento de doenças, desassoreamento de rios e lagos, recuperação de solos erodidos, recomposição da fauna e da flora. Se fizermos contas sociais e ambientais, o produto orgânico talvez tenha o mesmo preço do convencional. Esse raciocínio nem sempre convence. Em feiras populares, onde você tem o produto convencional e o orgânico, você ainda perde porque o consumidor só pensa em preço, ele nem sempre tem informações sobre os orgânicos e condições financeiras para consumi-los. Em uma propriedade plantaram cerca de 50 tipos de legumes e vegetais, ganhando mais pela diversidade oferecida do que pela quantidade de um mesmo produto - como fazem os agricultores tradicionais e poucos agricultores orgânicos, como produtores de açúcar e laranja. Os produtos são comercializados em um ponto de venda em uma escola. E um projeto didático, no qual crianças vêm até o sítio. O dono do primeiro box voltado para orgânicos no Mercado Municipal, o Empório Família Mendonça, Fábio Luís Mendonça conta que a busca tem aumentado. “Abri há oito meses”, diz. Os clientes são pessoas que já conhecem os produtos ou que têm problemas de saúde e querem uma alimentação saudável.

terça-feira, 3 de março de 2009

Preço e falta de informação impedem expansão dos orgânicos

Os produtos orgânicos exigem mais cuidados por serem cultivados sem agrotóxicos ou adubos químicos Em busca de uma vida saudável, hábitos alimentares têm sido mudados pela propagação dos produtos chamados "orgânicos", cujo cultivo dispensa o uso de agrotóxicos ou adubos químicos. O mercado cresce 30% ao ano, mas os preços altos e a falta de informação sobre os benefícios dos orgânicos ainda entravam a expansão das vendas. Os produtos orgânicos despertaram o interesse do consumidor há cerca de dois anos, quando foram introduzidos no estabelecimento, mas foi retirado depois de alguns meses por falta de procura: No começo era novidade, mas depois as vendas caíram por eles serem mais caros. A época em que o consumo desses produtos aumenta é durante o verão. Vê-se no preço dos orgânicos um entrave para a popularização. Exemplifica-se que com a diferença de preço entre um vidro mel convencional e outro orgânico: o último é R$ 2 mais caro que o primeiro. Há casos em que o saco de arroz orgânico custa o dobro do convencional. O problema está no cultivo, que exige muito mais cuidado porque se a planta é atacada por um inseto você não pode matá-lo com químicos, tem que evitar o ataque de outra maneira. Acredita-se que o fator cultural prejudica ainda mais a popularização dos produtos orgânicos. A dificuldade não é só o preço, ás vezes não é tão caro como se pensa. Há pouca consciência das pessoas sobre o que é ingerir resíduos agroquímicos com o alimento. O que se gasta a mais hoje com alimentação saudável será economizado no futuro com menos despesas médicas.

domingo, 1 de março de 2009

Razões para o alto preço do alimento orgânico

O preço dos produtos orgânicos tende a ser maior que o dos convencionais. No Brasil, por exemplo, os produtos orgânicos são, em média, 40% mais caros que os convencionais. Já o trigo chega a custar 200% a mais e o açúcar, 170%. De acordo com o site da Food and Agriculture Organization das Nações Unidas (ONU), isto ocorre, no mundo inteiro, por que: O fornecimento da comida orgânica é limitado se comparado à sua demanda; Os custos da produção dos alimentos orgânicos, normalmente, são maiores devido ao grande trabalho exigido e ao fato de que os fazendeiros não produzem o bastante, de um único produto, para baixar seu custo de forma abrangente; O manuseio do período pós-colheita de quantidades relativamente pequenas resulta em altos custos; A FAO também observa que os preços da comida orgânica incluem não só o custo da produção, mas também uma escala de outros fatores que não existem no preço da comida produzida em larga escala e com compostos químicos, como: Melhoria e proteção ambiental e o fato de evitar futuras despesas com o controle da poluição; Padrões melhores de bem-estar dos animais; Prevenção de riscos contra a saúde dos fazendeiros devido ao manuseio inadequado de pesticidas, evitando futuras despesas médicas; Desenvolvimento rural, gerando mais empregos nas fazendas e garantindo um rendimento justo e suficiente para os produtores. A FAO acredita que, conforme a demanda da comida e produtos orgânicos crescerem, inovações tecnológicas e economia de escala reduzirão os custos da produção, processamento, distribuição e comercialização dos produtos orgânicos. Os preços ainda são distorcidos, quando o consumidor adquire produtos orgânicos, por exemplo, em supermercados, onde a diferença entre o preço recebido pelo produtor e o preço praticado varia de 100 a 300%. Em média o produtor recebe pelo produto 20 a 30% mais do que os produtos convencionais. Daí a nossa recomendação de que o consumidor adquira os produtos orgânicos nas feiras de produtores, lojas especializadas em produtos orgânicos e cestas oferecidas pelo produtor diretamente ao consumidor. Defendendo a justeza do preço que se cobra, gostaria de ressaltar que o produto orgânico à nível de produção não é caro, na verdade muitas vezes, é o produto convencional que é ofertado muito barato. A discussão sobre preço leva a outra pergunta: seria possível alimentar o mundo somente com alimentos orgânicos? Além do preço mais alto, outra crítica à comida orgânica é a de que não é possível atender à fome do mundo somente com esse tipo de produção. Os níveis de produtividade alcançados, que são mais baixos do que os da agricultura convencional, não dariam conta de resolver o problema da fome no mundo. Então, infelizmente não dá para prescindir dos agroquímicos. O que se costuma dizer é que é melhor morrer intoxicado do que de fome. Nem uma coisa, nem outra. Avaliando que nem a agricultura orgânica, nem a convencional têm, hoje, condições de suprir uma população humana crescente, visto que: 1. A agricultura baseada nos insumos industriais das grandes corporações está destruindo a base natural da produção - produtividades elevadas, mas fugazes, a abundância imediata do presente, à custa do futuro. 2. A agricultura ecológica é ainda uma proposta que, apesar de seus grandes avanços, apenas engatinha. Representa um esforço de reconstrução em outras bases, preservando os recursos naturais de que a humanidade necessita para produzir alimentos. Ela representa o melhor que até o momento se alcançou na busca da sustentabilidade.A busca de sustentabilidade e a humanidade podem equacionar esses problemas conquanto difíceis sejam e colocá-los num cronograma de mudanças, desde que assim o deseje.

Como a fumaça de incêndios florestais afeta a saúde humana

Dentre os sintomas de doenças e doenças observados relatam infecções do sistema respiratório superior, asma, conjuntivite, bronquite, irrita...