quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Desmate da Amazônia emite 1,5% do CO2 global

O Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) divulga em Brasília, dados que apontam para uma forte queda na emissão de dióxido de carbono (CO2) proveniente do desmatamento na Amazônia. Eles representam 1,5% dos gases-estufa no mundo, ante cálculos anteriores de cerca de 5%. O resultado é consequência da queda da derrubada da floresta nos últimos quatro anos. O diretor-geral do INPE, Gilberto Câmara, estimara, em agosto, que o índice seria de aproximadamente 2,5%. Já o pesquisador Jean Ometto, também do INPE, havia informado na semana passada que a contribuição do desmatamento da Amazônia seria inferior a 5% das emissões de CO2 do mundo, e não apenas do Brasil, como erroneamente informou em 23/11/09 o Estado na primeira página e na pág. A14. No Twitter, Gilberto Câmara escreveu que sua estimativa de 2,5% seria uma informação dentro da margem de erro. E afirmou em seguida que as emissões da Amazônia em 2008 foram em torno de 1,5%. A assessoria de imprensa do INPE confirmou a informação. Segundo o INPE, o desmatamento contribuiu consideravelmente para as emissões globais de dióxido de carbono. Por isso, o instituto se propôs a ter medidas confiáveis sobre a quantidade CO2 lançada à atmosfera pela retirada das florestas tropicais. O estudo pode responder qual a contribuição do desmatamento na Amazônia Legal para as emissões globais de CO2. Para o cálculo das emissões, foram considerados os dados do sistema Prodes, que monitora por satélite e quantifica as áreas desmatadas na Amazônia. O estudo apresenta resultados até 2008 e projeções até 2020, sendo que um dos cenários considera a redução de 80% do desmatamento em relação aos níveis atuais, meta voluntária proposta pelo governo para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-15), em Copenhague, no mês que vem.

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