quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ano comemorativo da biodiversidade

Mapa dos países megadiversos Em 20 de dezembro de 2006, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. A biodiversidade traduz-se na variedade de genes, espécies e ecossistemas que constituem a vida no Planeta. Existem espécies adaptadas a ambientes tão diversos como o gelo da Antártica ou fontes submarinas com atividade vulcânica e temperatura acima de 100ºC. Pouco se conhece sobre a biodiversidade do Planeta. Calculam – se que existam entre 10 a 20 milhões de espécies, das quais só 10% estão estudadas a nível científico. O principal da perda da biodiversidade é a extinção das espécies que são irrecuperáveis. O homem é o principal responsável. As espécies têm sido exterminadas de maneira muito rápida pela ação humana, com uma taxa muito superior aos níveis de extinção por causa natural. Temos assistido uma perda constante da biodiversidade com profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano. As principais causas são alterações dos habitats, resultantes do sistema intensivo de produção agrícola, da construção, de exploração de pedreiras, da sobre exploração dos oceanos, rios, lagos, solos e poluição associada. O ano de 2010 é uma oportunidade para se avaliar o resultado das ações de proteção ao meio ambiente com o planejamento de eventos comemorativos que promovam a conscientização da riqueza da biodiversidade da qual dependemos. Mais de 99% das espécies extintas acabaram em consequência da destruição de seus habitats. A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa espécie, uma vez que aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos. Segundo estimativas, cerca de 150 tipos únicos de organismos são extintos diariamente (Lamont, 1955). Mais de 99% das espécies que existiram estão hoje extintas (Leakey,1996). Além disso, para cada 10.000 espécies que se extinguem somente uma nova espécie chega a evoluir (Chapin et al., 1998). O presidente da CI, Russel Mittemeir, primatólogo renomado criou o conceito de País Megadiverso. Sobre primatas ele observou que 75% das espécies deste animal se concentravam em apenas quatro países: Brasil, República Democrática do Congo, Indonésia e Madagascar. Concluiu que, assim como há o G7, grupo de países que concentram a riqueza econômica do planeta, há o G17, grupo dos 17 países que mais concentram a riqueza da biodiversidade, zonas biogeográficas distintas, entre elas a maior planície inundável, o Pantanal, e a maior Floresta Tropical Úmida do mundo, a Amazônica. Os países megadiversos estão em quatro continentes: América (do Sul e do Norte), Ásia, África e Oceania. São eles: Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru e Equador; México e Estados Unidos; China, Indonésia, Índia, Malásia e Filipinas; África do Sul, Madagascar e República Democrática do Congo; Austrália e Papua Nova Guiné. A Birmânia tem sido considerada por alguns pesquisadores com o 18º país megadiverso, no entanto, ainda não participa da lista, oficialmente. Os critérios de inclusão na lista de Países de Megadiversidade são: Endemismo de espécies, critério quantitativo (endemismo de plantas superiores); Diversidade de espécies; Diversidade de ecossistemas (diversidade beta). O Brasil reúne 12% de toda vida natural do planeta. Concentra 55 mil de plantas superiores (22% de todas as que existem no mundo, 524 espécies de mamíferos e mais de 3 mil espécies de peixes de água doce e de 10 a 15 mil insetos. De cada 5 espécies vegetais do mundo uma está no Brasil. Ele é o país mais megadiverso entre os 17 supra citados. O Planeta terá mais espécies de peixes. Nova catalogação pode elevar o número de 28 mil para 40 mil nomes científicos em todo o mundo. Uma nova ferramenta, ou seja, a utilização do DNA Barcoding (código de barras de DNA) tem sido usada como método complementar para identificação de espécies e registro de informação sobre seres vivos.
Países megadiversos. Comemoração agendada no mês de janeiro no Brasil. O Rio São Francisco deverá receber cerca de um milhão de alevinos de espécies nativas durante a tradicional festa de Bom Jesus dos Navegantes em Penedo, Alagoas, dia 10 de janeiro próximoCelebrações e comemorações estão previstas durante todo o ano para realçar 2010 permitindo a visualização de práticas abusivas ao meio ambiente e a disseminação de práticas corretas de manejo das espécies que garantam a sobrevivência humana no Planeta.

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