O grupo Ecogeo, empresa nacional de consultoria e soluções ambientais, está trazendo para o Brasil uma tecnologia que transforma água salobra (baixa salinidade) em potável. O projeto tem a parceria da Trunz Water Systems, companhia suíça especializada na produção de equipamentos para tratamento de água. No mês passado, a Ecogeo iniciou os testes em Santa Luzia, na Paraíba, e o resultado foi a redução da salinidade da água de 1.200 ppm (partes por milhão) para menos de 100 ppm, considerada água doce e apropriada para o consumo.
O processo consiste na instalação de um equipamento móvel, que capta água de rios, mangues, represas e águas subterrâneas, faz a dessalinização e é movido a energia solar. Cada equipamento custa entre R$ 50 mil e R$ 100 mil e tem capacidade para produzir 700 litros/hora. "Escolhemos o Nordeste pelo enorme potencial de águas subterrâneas salobras que podem ser tratadas e servir às comunidades locais", diz Ernesto Moeri, presidente da Ecogeo.
Produção. O próximo passo da Ecogeo é abrir uma fábrica no ano que vem, provavelmente no Nordeste, onde há luz solar em abundância. Para viabilizar o projeto, a Ecogeo fez uma joint venture com a Trunz Water Systems. A Trunz fornecerá a tecnologia e a Ecogeo assumirá a operação da fábrica. O projeto receberá investimentos de R$ 4 milhões e a fábrica terá capacidade para montar 100 unidades de tratamento de água por ano.
Segundo Moeri, os equipamentos tanto combatem desde a falta de água no Nordeste como podem apoiar locais isolados como bases militares, acampamentos de exploração mineral e petrolífera e localidades atingidas por catástrofes naturais, como terremotos, inundações e furacões. A tecnologia já está presente em vários países, entre eles Venezuela, Haiti, Cuba, Paquistão, Austrália, Malásia, África do Sul e Índia.
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