quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Derretimento de geleiras no Himalaia chinês

Mudanças Climáticas: Estudo registra derretimento de geleiras no Himalaia chinês
Distribuição das estações de monitoramento
Estações a mais de 4.000 m registraram 1,7º de aquecimento em 47 anos. Lagos alimentados pelo gelo das montanhas aumentaram de tamanho.
A rápida elevação das temperaturas, causada pelas mudanças climáticas, está provocando o derretimento das geleiras chinesas na Cordilheira do Himalaia, um impacto que ameaça habitats, o turismo e o desenvolvimento econômico da região, alerta um estudo publicado nesta terça-feira (25).
Das 111 estações meteorológicas espalhadas pelo sudoeste da China, 77% demonstraram elevações significativas de temperaturas entre 1961 e 2008, segundo o estudo [Climate and glacier change in southwestern China during the past several decades], publicado no periódico britânico “Environmental Research Letters“.
Nas 14 estações de monitoramento acima dos 4.000 metros, o salto neste período foi de 1,73 graus Celsius, aproximadamente duas vezes a elevação média global registrada ao longo do último século.
Cientistas liderados por Li Zhongxing, da Academia Chinesa de Ciências, identificaram três alterações em curso nas geleiras que poderiam ser causadas, pelo menos em parte, por esta tendência constante de aquecimento.
Segundo eles, a maior parte das geleiras examinadas demonstrou um “recuo drástico”, além de uma grande perda de massa.
O estudo também demonstrou que lagos glaciais, alimentados pelo gelo derretido de geleiras, aumentaram de tamanho.
“As implicações destas mudanças são muito mais sérias do que uma mera alteração da paisagem”, alertaram os cientistas.
“As geleiras integram milhares de ecossistemas e desempenham um papel crucial no sustento de populações humanas”, acrescentaram.
O sudoeste da China tem 23.488 geleiras, cobrindo uma área de 29.523 quilômetros quadrados, através do Himalaia e das montanhas Nyainqntanglha, Tanggula e Hengduans.
Mudanças no padrão de chuvas e das nevascas foram menos marcantes, mas ainda consistentes com as previsões de modelos de mudanças climáticas, afirmaram.
“É imperativo que determinemos a relação entre as mudanças climáticas e variações nas geleiras, particularmente o papel das precipitações, uma vez que as consequências do recuo do gelo são muito abrangentes”, disse Li. (EcoDebate)

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