Seca histórica nos EUA será comum, diz estudo
Cientistas dos EUA concluíram que a seca
crônica que atingiu o oeste da América do Norte de 2000 a 2004, deixando
florestas devastadas e rios esvaziados, foi a mais forte em 800 anos, mas
avisam que essas condições devem se tornar o "novo normal" na maior parte
deste século que inicia.
Extremos climáticos como esse aumentaram como
resultado do aquecimento global, segundo um grupo de dez pesquisadores de
universidades americanas. E por pior que tenham sido as condições entre 2000 e
2004, elas podem até ser lembradas como "bons tempos". Modelos
climáticos e projeções de precipitação indicam que esse período, na verdade,
será mais próximo de um clima bastante seco a partir da segunda metade do
século 21, afirmam os cientistas.
"Extremos climáticos como esse vão
causar mais secas em larga escala e mortalidade de florestas, e a capacidade da
vegetação de sequestrar carbono entrará em declínio", afirma Beverly Law,
pesquisador da Universidade Estadual do Oregon e um dos autores do estudo.
Ele afirma que, além do impacto em florestas,
colheitas, rios e lençóis d'água, a seca na última década também cortou o
sequestro de carbono em 51%, em média, em uma abrangente área do oeste dos EUA,
do Canadá e do México - ainda que algumas áreas tenham sido muito mais atingidas
que outras.
Segundo a pesquisa, financiada por agências
como a Fundação Nacional de Ciências dos EUA e a Nasa, os últimos dois períodos
com uma seca tão severa ocorreram na Idade Média - entre os anos 977 e 981 e
entre 1146 e 1151.
Em meio a um novo período de pouca umidade no
oeste dos EUA, atualmente os cientistas dizem que não é possível associar o
fenômeno às mesmas forças de dez ano atrás. O estudo não traz dados sobre isso
e existem alguns mecanismos climáticos que afetam a região de forma mais intensa
que em outras partes do país. (OESP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário