Na semana mundial da água, livro infanto-juvenil resgata
mitos e lendas sobre a água
Na lua crescente,
fechando a semana que marca o dia Mundial da Água, as Editoras Mãe Terra e
Legere vão lançar o livro infanto-juvenil “Era uma vez um rio”, da escritora
Anne Raquel Sampaio, ilustrado por Júlio Shimamoto. Vai ser na livraria
Argumento do Leblon (rua Dias Ferreira, 417), no dia 24 de março (domingo), a
partir das 17 horas.
A publicação resgata
mitos e lendas indígenas sobre a água, que fazem parte da cultura brasileira e
contêm uma sabedoria própria. Segundo a autora, essa sabedoria pode influenciar
as gerações futuras a criarem uma relação de mais respeito e amor para com as
águas do planeta. “Era uma vez um rio” marca uma parceria que une duas
editoras: a Mãe Terra e a Legere, além do GreenNation – um ambiente
colaborativo “on line”, que interage com pessoas para convergir cultura,
informação e proteção ambiental, a partir de questões que envolvem o futuro do
planeta.
O Comitê da Bacia
Hidrográfica do rio Guandu apoia o lançamento da publicação na medida em que
ela se utiliza da literatura para defender a preservação da Mata Atlântica
responsável pelo abastecimento de água de 80% da população brasileira.
Riqueza de mitos
Na história, a
escritora Anne Raquel Sampaio nos fala de uma Mata Atlântica protagonista de
todas as ações realizadas em seu território e chama a atenção sobre o cuidado e
o carinho que devemos ter para com o bioma e suas águas. No livro, a Iara, o Saci-Pererê,
a Curupira, além de animais da fauna da floresta atlântica vão invadir a
imaginação das crianças em uma aventura, que envolve a solidariedade de toda a
mata em prol da defesa das águas do rio.
Segundo Marcos
Didonet, diretor do GreenNation, por suas características, além de representar
uma literatura indispensável para nossas crianças pela emoção que provoca, a
publicação pode ser utilizada em projetos de Educação Ambiental: “É uma
ferramenta também para projetos sociais e ambientais que se preocupem em
conscientizar as gerações futuras sobre a importância da água” – , afirma
Didonet.
Curriculum: Anne
Raquel Sampaio
Anne escreve desde
criança sempre focada nas questões ambientais, que para ela se confundem com as
existenciais. “Era uma vez um rio” é o nono livro da escritora e roteirista,
que publicou seu primeiro livro de poesias, “Nois Nua”, em 1981. Mais tarde,
publicou o livro “Santa Mãe Terra”, Poesia Verde. A publicação foi impressa em
algodão e encadernada com corda de algodão cru. O livro foi considerado como
ecologicamente correto pelo Itamaraty, e foi enviado a bibliotecas de
embaixadas brasileiras no exterior.
Em 2001, a escritora
escreveu a história infantojuvenil “Enigma dos Portais”, ilustrado pela artista
plástica Lúcia Caldas – na qual pela primeira vez a Mata Atlântica, seus mitos
e lendas, se tornaram protagonistas da história. O Enigma dos Portais gerou a
coleção “Quatro Elementos”, no qual crianças viajam através de portais do tempo
para pedir aos deuses guardiões da Terra que voltem a cantar a criação e
impeçam os desastres ambientais, que tantos traumas têm trazido ao território
da floresta onde construímos nossas cidades. Baseada em mitos e lendas
indígenas, o primeiro livro da coleção “Yakacy, o mistério da Senhora das Águas”,
ilustrado por Nilton Ramalho, foi lançado em 2004, após mais de três anos de
pesquisa sobre o mito da Terra Sem Males, mundo paralelo no qual humanidade e
natureza vivem em equilíbrio.
Quatro anos depois,
após vivências e pesquisas em tribos indígenas, Anne publicou “O segredo da Mãe
Terra”, ilustrado por Benício. Em 2009, publicou livro “Jakairá, Ru Ete – o
Caminho do Guerreiro” – que nos fala que o ar é nosso espírito, assim como a
água é nosso sangue e a terra é nosso corpo (carne, ossos e músculos). O último
livro da coleção Quatro Elementos que se chama “Coaracymirim, o pequeno Sol do
Ser” é sobre o elemento Fogo e está ainda em fase de pesquisa.
No ano passado, Anne
lançou o livro “Gigantes de Pedra” – que narra a versão dos índios tupinambás
sobre o território no qual se localiza a cidade do Rio de Janeiro.
Para os índios, esse
território é sagrado, pois sobre ele um grande gigante de pedra se deitou sobre
o Oceano Atlântico e se deixou cair sobre a Baia de Guanabara, formando as
montanhas do Rio de Janeiro.
Além de literatura,
Anne faz roteiros para cinema, escreve para teatro, além de material técnico
sobre o tema ambiental, em particular, os recursos hídricos. Tem ainda
trabalhos publicados na área de Educação Ambiental, como a história em
quadrinhos “Guerreiros da Água”.
Sinopse do livro infanto-juvenil “Era uma vez um rio”, de Anne Raquel Sampaio
“Era uma vez um rio” narra a história de um pequeno rio que nasce em um trecho da Mata Atlântica. Com o passar do tempo, esse manancial cresce e se torna grande, contribuindo para a vida e o equilíbrio da floresta. A Iara, a Curupira e o Saci Pererê são felizes e transmitem alegria a todas as criaturas que vivem na mata. Passa-se o tempo, os homens chegam e devastam as matas ciliares, que protegem o manancial, além do que poluem suas águas. Diante de tamanha destruição, a Curupira e o Saci Pererê abandonam a mata. Para se proteger, a Iara se recolhe à sua nascente.
Mas, em determinada tarde, a Mãe d´Água assume para si própria que está com dificuldades de abrir os olhos, pois seus cílios estão rareando, desaparecendo. Preocupada, a Iara conversa com o amigo Colibri. Ela lhe confidencia que a falta de seus cílios está dificultando que olhe para o sol e talvez precise procurar refúgio nas águas subterrâneas ou mesmo nas grandes águas salgadas, até que a mata (que protege seus cílios) se recupere.
Empoleirada em um jequitibá à beira do rio, a coruja Jucurutu ouve a conversa e se assusta com a possibilidade de que o rio e a mata venham a morrer, se a Mãe d´Água for embora. No dia seguinte, ao relatar a todos o acontecido, a coruja consegue que os animais da floresta se unam em solidariedade na tentativa de reflorestar a mata ciliar, evitando que a Iara abandone o rio, o que poderia trazer a morte daquele trecho da floresta. E assim, formigas, abelhas, minhocas, urubus reis e outros animais da mata iniciam ações para acelerar o plantio de sementes que vão formar uma nova mata ciliar que há de proteger as águas do rio e sua Iara.
As feiticeiras aranhas sugerem que se traga a magia de volta à Mata. Logo, a Curupira e o Saci Pererê são trazidos de volta. A Iara, por sua vez, pede ajuda da chuva e da lua para chegar às grandes águas salgadas. Isso quando sente a ameaça que atinge suas águas, invadidas por uma força má que tem poder para destruí-la. Emoção e aventura fazem parte da história.
Características da publicação:
Livro infanto-juvenil
Autora: Anne Raquel Sampaio
Ilustrações: Júlio Shimamoto
Formato: 21 X 28 cm
Papel reciclado 90 gramas (miolo)
Capa: Papel Cartão Supremo laminação foca
Custo do exemplar: R$ 24,00 (EcoDebate)
Sinopse do livro infanto-juvenil “Era uma vez um rio”, de Anne Raquel Sampaio
“Era uma vez um rio” narra a história de um pequeno rio que nasce em um trecho da Mata Atlântica. Com o passar do tempo, esse manancial cresce e se torna grande, contribuindo para a vida e o equilíbrio da floresta. A Iara, a Curupira e o Saci Pererê são felizes e transmitem alegria a todas as criaturas que vivem na mata. Passa-se o tempo, os homens chegam e devastam as matas ciliares, que protegem o manancial, além do que poluem suas águas. Diante de tamanha destruição, a Curupira e o Saci Pererê abandonam a mata. Para se proteger, a Iara se recolhe à sua nascente.
Mas, em determinada tarde, a Mãe d´Água assume para si própria que está com dificuldades de abrir os olhos, pois seus cílios estão rareando, desaparecendo. Preocupada, a Iara conversa com o amigo Colibri. Ela lhe confidencia que a falta de seus cílios está dificultando que olhe para o sol e talvez precise procurar refúgio nas águas subterrâneas ou mesmo nas grandes águas salgadas, até que a mata (que protege seus cílios) se recupere.
Empoleirada em um jequitibá à beira do rio, a coruja Jucurutu ouve a conversa e se assusta com a possibilidade de que o rio e a mata venham a morrer, se a Mãe d´Água for embora. No dia seguinte, ao relatar a todos o acontecido, a coruja consegue que os animais da floresta se unam em solidariedade na tentativa de reflorestar a mata ciliar, evitando que a Iara abandone o rio, o que poderia trazer a morte daquele trecho da floresta. E assim, formigas, abelhas, minhocas, urubus reis e outros animais da mata iniciam ações para acelerar o plantio de sementes que vão formar uma nova mata ciliar que há de proteger as águas do rio e sua Iara.
As feiticeiras aranhas sugerem que se traga a magia de volta à Mata. Logo, a Curupira e o Saci Pererê são trazidos de volta. A Iara, por sua vez, pede ajuda da chuva e da lua para chegar às grandes águas salgadas. Isso quando sente a ameaça que atinge suas águas, invadidas por uma força má que tem poder para destruí-la. Emoção e aventura fazem parte da história.
Características da publicação:
Livro infanto-juvenil
Autora: Anne Raquel Sampaio
Ilustrações: Júlio Shimamoto
Formato: 21 X 28 cm
Papel reciclado 90 gramas (miolo)
Capa: Papel Cartão Supremo laminação foca
Custo do exemplar: R$ 24,00 (EcoDebate)
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