A população filipina
era de 18,4 milhões em 1950, passou para 93,3 milhões em 2010 e deve chegar a
154,9 milhões em 2050 e 178 milhões em 2100, segundo a hipótese média da ONU.
Na hipótese baixa, em 2100, a população das Filipinas ficaria com 108 milhões e
na hipótese alta, com 278 milhões de habitantes. A densidade demográfica era de
61 habitantes por km2, em 1950, passando para 311 hab/km2 em
2010, podendo chegar a 593 hab/km2, em 2100, na hipótese média.
A taxa de fecundidade
total (TFT) era extremamente alta, de 7,4 filhos por mulher, em 1950. A TFT
caiu para menos da metade em 2010, ficando em 3,3 filhos por mulher. Mesmo com
toda esta queda, a taxa de fecundidade é ainda considerada alta. Como o país
tem uma estrutura etária jovem e muitas mulheres no período reprodutivo, as
projeções indicam um grande crescimento demográfico em um país que já tem uma
densidade populacional elevada. As Filipinas possuem as maiores taxas de
crescimento demográfico do sudeste asiático.
Durante mais de 10
anos o governo tentou aprovar uma lei de “saúde reprodutiva” garantindo o
acesso da população aos diversos métodos contraceptivos. Mas a oposição da
igreja Católica foi muito forte. Finalmente, em 2012, a lei foi aprovada, mas
não se sabe até que ponto vai ser colocada em prática. Se a taxa de fecundidade
cair para o nível de reposição (2,1 filhos por mulher) a população das
Filipinas pode se estabilizar na segunda metade do século XXI.
Isto poderia
facilitar a luta pela redução da mortalidade infantil e pelo aumento da
esperança de vida. A mortalidade infantil era de 97 por mil em 1950-55, passou
para 23 por mil em 2005-10 e deve ficar em 12 por mil em 2045-50. A esperança
de vida passou de 55,4 anos, para 67,8 anos e deve chegar a 76,3 nos mesmos
períodos.
Em termos ambientais,
as Filipinas possuem déficit ambiental, pois segundo o relatório Planeta Vivo,
da WWF, a pegada ecológica per capita dos filipinos era de 0,98 hectares
globais (gha) per capita, em 2008, e possuía uma biocapacidade de somente 0,62
gha. Assim, a população filipina, que já enfrenta diversos desastres naturais,
vai ter de fazer um esforço muito grande para colocar sua pegada ecológica
dentro dos limites da sua biocapacidade, especialmente em um cenário de
continuidade do crescimento econômico e populacional. (EcoDebate)
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