Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta sobre recorde de degelo no Ártico em 2012
A Organização
Meteorológica Mundial (OMM) alertou para um degelo recorde no Ártico entre
agosto e setembro de 2012. O alerta está no relatório anual sobre mudanças
climáticas denominado Atlas da Saúde e do Clima [Statement on the Status of the
Global Climate],
que faz uma relação entre como as mudanças no clima e os eventos climáticos
extremos afetam a saúde das pessoas. De acordo com o documento, o ano de 2012
foi um dos nove anos mais quentes desde 1850.
De acordo com o
estudo, as temperaturas acima da média foram observadas na maior parte das
áreas terrestres do mundo e foram mais notadas na América do Norte, no Sul da
Europa, na Rússia (Ocidental), em áreas do Norte da África e no Sul da América
do Sul.
Entre agosto e
setembro de 2012, a cobertura de gelo no Ártico era 3,4 milhões de quilômetros
quadrados, o que representa um decréscimo de 18% na comparação com o ano de
2007, ano do registro anterior. “O aquecimento contínuo da atmosfera é um sinal
preocupante”, ressaltou o secretário-geral da OMM, Michel Jaurrad.
Jaurrad chamou a
atenção para “muitos outros extremos” registrados em 2012, como as secas e os
ciclones tropicais. “A variação natural do clima sempre deu origem a estes
extremos, mas as características físicas do tempo e do clima estão cada vez
mais sendo moldadas pelas mudanças climáticas”, disse ele. “Por exemplo, o
nível do mar aumentou 20 centímetros desde 1880. Com isso, as tempestades como
o Furacão Sandy causam muitas inundações costeiras.”
Segundo Jarraud, o
aquecimento mundial varia devido a uma série de fatores, incluindo os fenômenos
meteorológicos como El Niño e La Niña – que contribuem para o aquecimento e
degelo, do Oceano Pacífico, assim como para erupções vulcânicas. De acordo com
ele, “o aquecimento vai continuar” em decorrência do aumento das concentrações
atmosféricas de gases de efeito estufa.
O atlas apresenta
exemplos práticos de como o uso do tempo e de informações sobre o clima podem
proteger a saúde pública e está disponível em árabe, chinês, inglês, francês,
russo e espanhol. (EcoDebate)
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