quarta-feira, 31 de julho de 2013

Aquecimento dos oceanos reduz 55% do gelo

Aquecimento dos oceanos respondeu por 55% da perde total da massa de gelo da Antártida em 5 anos
Novo estudo [Ice Shelf Melting Around Antarctica] da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) descobriu que o aquecimento dos mares derrete as plataformas glaciares em torno da Antártida, o que já provocou a perda de 55% da massa de gelo original do polo Sul, entre 2003 e 2008. O grupo liderado por Eric Rignot reconstituiu o acúmulo e a espessura de gelo com satélites e aviões, assim como as mudanças na elevação das plataformas congeladas e a velocidade de deslocamento.
O aquecimento dos oceanos faz derreter as plataformas glaciares em torno da Antártida e é o responsável pelas maiores perdas da massa de gelo, tradicionalmente atribuídas à formação de icebergs, revelou a NASA (Agência Espacial Norte-Americana) em um estudo publicado em 14/06/13.
Cientistas estudaram as taxas de derretimento destas massas de gelo, prolongamentos das geleiras flutuantes no oceano, que cobrem uma superfície de 1,5 milhão Km2.
Este primeiro estudo realizado sobre as plataformas de gelo em torno da Antártida revela que o derretimento de sua base respondeu por 55% da perda total de sua massa de 2003 a 2008, um volume muito mais importante do que o previamente calculado.
A Antártida contém, em média, 60% das reservas de água doce do planeta nestas plataformas, espécies de barreiras de gelo, reduzindo o escoamento das geleiras para o oceano.
Determinar como elas derretem ajudará os glaciologistas e outros cientistas a melhorar suas previsões sobre a resposta da massa glaciar antárticas ao aquecimento do oceano e sobre sua contribuição para a elevação do nível dos mares.
Segundo os cientistas, este estudo refinará os modelos sobre a circulação oceânica, ao fornecer uma estimativa melhor do volume de água doce procedente do derretimento destas plataformas de gelo na zona costeira da Antártida.
Para esta pesquisa, publicada na edição da revista Science de 14/6, os cientistas reconstituíram o acúmulo de gelo e a espessura com satélites e aviões, assim como as mudanças na elevação destas plataformas e a velocidade de deslocamento. Eles conseguiram, ainda, determinar com qual velocidade derreteram e compará-las com a formação de icebergs.
“O ponto de vista tradicional sobre a perda da massa de gelo da Antártica é que ela ocorre quase totalmente da ruptura de um iceberg”, explicou Eric Rignot, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da NASA, em Pasadena, na Califórnia, no Oeste dos Estados Unidos, principal autor do trabalho.
“Nosso estudo mostra que o derretimento da base das plataformas de gelo no entorno da Antártica contribui de forma muito mais importante”, afirmou. (EcoDebate)

Nenhum comentário:

Degradação florestal na Amazônia afeta área três vezes maior que desmatamento

Entre março de 2023 e de 2024, INPE detectou aviso de degradação para 20,4 mil km², maior que os 18 mil km² do período anterior. É necessári...