Em comunicado divulgado dia 15/04/14, o comitê anticrise que
monitora a seca do Sistema Cantareira recomenda à Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que se planeje para reduzir o volume de
água retirado dos reservatórios para abastecer a Grande São Paulo. O
principal manancial paulista estava com 12% da capacidade, menor nível da
história.
O grupo, que é liderado por técnicos do Departamento de Água
e Energia Elétrica (DAEE), do governo estadual, e da Agência Nacional de Águas
(ANA), do governo federal, indicou que a captação abaixo do atual limite máximo
de 27,9 mil litros por segundo deve começar com o início da retirada de água do
chamado “volume morto” do Cantareira - 196 bilhões de litros represados abaixo do
nível das comportas.
Nos primeiros dez dias deste mês, a Sabesp retirou em média
26,2 mil litros por segundo do manancial, o que representa 93,9% do teto
autorizado pela ANA e pelo DAEE em 31 de março de 2014. O problema é que,
segundo o comitê, a vazão média afluente ao Cantareira no mesmo período
“correspondeu a 13,3 m³/s, o que equivale a apenas 30,6% da média histórica
deste mês, ou 60,5% da mínima anteriormente registrada, de 22,0 m³/s, ocorrida
em abril de 2003”. Segundo o grupo, “não há registro de fenômeno semelhante a
esse na série de 84 anos disponível”.
O grupo também recomendou à ANA e ao DAEE, em articulação
com o comitê da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que
abastece a região de Campinas, que “realizem reuniões com setores usuários da
área de influência do Sistema Cantareira, para discutir possíveis medidas de
restrição de uso dos recursos hídricos em vista do quadro atual de baixas
vazões nos rios”.
Em 15/04 o Estado revelou que, mesmo usando o “volume morto”
com Cantareira, a Sabesp disse aos técnicos do comitê que tem água suficiente
para abastecer a Grande São Paulo até o dia 27 de novembro. A companhia
informou que, se as chuvas não retornarem no fim do ano, poderá usar outros 200
bilhões de litros da reserva técnica. Até lá, a empresa diz que descarta o
racionamento generalizado de água na Região Metropolitana. (em.com.br)
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