A estação de chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste começará em
meados de novembro, com cerca de um mês de atraso, de acordo com a previsão
para o próximo trimestre divulgada pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo responsável científico pela previsão, Marcelo
Seluchi, do INPE, o Sudeste terá chuvas mais regulares a partir do meio de
novembro. Mas não é possível prever se elas serão suficientes para aliviar a
crise hídrica em São Paulo.
“A data de início das chuvas não tem relação com sua
qualidade. Em 2013 elas começaram precocemente e cessaram no meio de dezembro,
antes do previsto”, afirmou o especialista.
Seluchi explica que as previsões no Sudeste são especialmente
difíceis de realizar. “A situação hídrica no Sudeste é desconfortável e todos nós
gostaríamos de saber se as chuvas serão suficientes para encher os
reservatórios. Mas os instrumentos não são confiáveis para a região.”
El Niño
O relatório também informa que o fenômeno El Niño ainda não
se configurou em sua forma convencional, mas as anomalias na temperatura da
superfície do Oceano Pacífico e o padrão de chuvas no Brasil indicam a
ocorrência de um El Niño de fraca intensidade.
O fenômeno se caracteriza por um enfraquecimento dos ventos
alísios, com aquecimento anormal do Pacífico, o que provoca mudanças nas
correntes atmosféricas, afetando todo o clima global. No Sudeste, ele não muda
o padrão de chuvas, mas provoca aumento da temperatura.
O relatório é uma “previsão de consenso”, elaborada pelo
Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI), formado por cientistas de diferentes órgãos meteorológicos
brasileiros. (OESP)
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