sábado, 13 de maio de 2017

Irena aponta ser possível reduzir as emissões a zero até 2060

Investimentos adicionais em fontes renováveis seriam de US$ 29 trilhões até 2050.
A Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) indicou que as emissões de CO2 podem ser reduzidas entre 70% até 2050 e 100% até 2060 com uma perspectiva econômica positiva. Essa estimativa foi lançada em 20/03/2017, durante o evento Berlin Energy Transition Dialogue, na capital alemã, por meio do estudo Perspectivas para uma transição energética: as necessidades de investimentos para uma transição de baixo carbono, que apresentou casos em que o aumento dos aportes em energia renovável e eficiência energética em países do G20 e outros podem alcançar a redução de emissões necessárias para conter a elevação da temperatura a não mais do que os 2ºC e evitar os impactos mais severos das mudanças climáticas.
O desafio é grande, os investimentos necessários adicionalmente somam US$ 29 trilhões até 2050. Esse número, explicou a entidade, apesar de ser substancial, representa uma parcela de 0,4 do PIB global nesse período. Além disso, a análise macroeconômica da Irena aponta que esses aportes criarão um estímulo que junto a outras políticas poderão elevar o PIB global em até 0,8% em 2050, gerar novos empregos no setor renovável mais do que a perda de posições com a indústria de combustíveis fósseis, e ainda, desenvolver o bem estar humano com os benefícios ambientais causados.
O relatório da Irena aponta que em 2015 foram emitidos 32 Gt de CO2 e que esse volume poderá recuar continuamente a 9,5 Gt até 2050 como forma de limitar a elevação da temperatura mundial na comparação com o período pré-industrial.
Atualmente a energia renovável responde por 24% da capacidade de geração e 16% de todo o fornecimento de energia primária. Para alcançar a descarbonização serão necessários 80% de geração de energia advindas dessas fontes e 65% de todo o fornecimento primário no mundo. As renováveis precisam ainda representar a maior parte da geração de energia em 2050, tendo como base a contínua e rápida expansão de capacidade, principalmente da combinação entre a eólica e a solar para substituir as fontes convencionais. Além disso, veículos elétricos também devem ser predominantes nesse cenário, bem como ações de eficiência energética, biocombustíveis líquidos e edificações mais eficientes devem apresentar alto crescimento, seja por meio de renovações ou novas construções.
Contudo, ressalta que são necessários esforços por meio de adoção de políticas públicas para que se possam redesenhar os mercados de energia no mundo. Sinais de preços robustos e a precificação do carbono podem ajudar a promover um grande campo quando complementado por outras medidas. (canalenergia)


Nenhum comentário:

Degradação florestal na Amazônia afeta área três vezes maior que desmatamento

Entre março de 2023 e de 2024, INPE detectou aviso de degradação para 20,4 mil km², maior que os 18 mil km² do período anterior. É necessári...