Investimentos
adicionais em fontes renováveis seriam de US$ 29 trilhões até 2050.
A Agência
Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) indicou que as
emissões de CO2 podem ser reduzidas entre 70% até 2050 e 100% até
2060 com uma perspectiva econômica positiva. Essa estimativa foi lançada em
20/03/2017, durante o evento Berlin Energy Transition Dialogue, na capital
alemã, por meio do estudo Perspectivas para uma transição energética: as
necessidades de investimentos para uma transição de baixo carbono, que
apresentou casos em que o aumento dos aportes em energia renovável e eficiência
energética em países do G20 e outros podem alcançar a redução de emissões
necessárias para conter a elevação da temperatura a não mais do que os 2ºC e
evitar os impactos mais severos das mudanças climáticas.
O desafio
é grande, os investimentos necessários adicionalmente somam US$ 29 trilhões até
2050. Esse número, explicou a entidade, apesar de ser substancial, representa
uma parcela de 0,4 do PIB global nesse período. Além disso, a análise
macroeconômica da Irena aponta que esses aportes criarão um estímulo que junto
a outras políticas poderão elevar o PIB global em até 0,8% em 2050, gerar novos
empregos no setor renovável mais do que a perda de posições com a indústria de
combustíveis fósseis, e ainda, desenvolver o bem estar humano com os benefícios
ambientais causados.
O
relatório da Irena aponta que em 2015 foram emitidos 32 Gt de CO2 e
que esse volume poderá recuar continuamente a 9,5 Gt até 2050 como forma de
limitar a elevação da temperatura mundial na comparação com o período pré-industrial.
Atualmente a energia renovável responde por 24% da
capacidade de geração e 16% de todo o fornecimento de energia primária. Para
alcançar a descarbonização serão necessários 80% de geração de energia advindas
dessas fontes e 65% de todo o fornecimento primário no mundo. As renováveis
precisam ainda representar a maior parte da geração de energia em 2050, tendo
como base a contínua e rápida expansão de capacidade, principalmente da
combinação entre a eólica e a solar para substituir as fontes convencionais.
Além disso, veículos elétricos também devem ser predominantes nesse cenário,
bem como ações de eficiência energética, biocombustíveis líquidos e edificações
mais eficientes devem apresentar alto crescimento, seja por meio de renovações
ou novas construções.
Contudo,
ressalta que são necessários esforços por meio de adoção de políticas
públicas para que se possam redesenhar os mercados de energia no mundo. Sinais
de preços robustos e a precificação do carbono podem ajudar a promover um
grande campo quando complementado por outras medidas. (canalenergia)
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