quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Resíduos sólidos na região Sul do Brasil em 2016

A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – Abrelpe divulgou o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil em 2016, obtidos com a soma das projeções de cada região do país e que descreve a produção e destino final dos resíduos sólidos urbanos – RSU, resíduos de saúde – RSS, resíduos de construções e demolições – RCD e os previstos nos acordos de logística reversa. Este conteúdo está descrito nos meus artigos anteriores publicados no Portal EcoDebate.
Nos próximos artigos e com base neste panorama da Abrelpe, estão as informações específicas sobre os aspectos regionais da geração de resíduos e sua destinação final no Brasil no ano de 2016. Iniciamos a série com as informações referentes à Região Sul com três Estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – e 1.191 municípios.
Em relação aos resíduos sólidos urbanos – RSU, a Região Sul produziu 22.581 toneladas/dia com 10,7% do total do país e queda de 2% em comparação com o panorama anterior de 2015. A produção per capita/habitante/dia foi de 0,752 Kg com queda de 2,7%. Os recursos financeiros aplicados pelos municípios da Região Sul foram de R$ 3,61 por habitante/mês na coleta dos RSU e 4,23 nos demais serviços de limpeza urbana, com total de R$ 7,84 por habitante/mês. Os serviços de limpeza urbana movimentaram 3,2 bilhões com queda de 0,8% em relação ao ano anterior.
Ano
Toneladas/dia
Kg/habitante/dia
2015
22.586
0,773
2016
22.127 (-2%)
0,752 (-2,7%)
Tabela – Geração diária total e individual de RSU na Região Sul do Brasil em 2016.
Quanto à coleta dos RSU, 95% foram recolhidos, mas houve queda de 1,5% no total e de 2,2% per capita e 29,4% correspondentes a 6.163 toneladas/dia foram destinados para lixões e aterros controlados sem tratamentos adequados.
Ano
Toneladas/dia
Kg/habitante/dia
2015
21.316
0,729
2016
20.987 (-1,5%)
0,713 (-2,2%)
Tabela 2 – Quantidade de RSU coletados na Região Sul do Brasil em 2016.
Em relação à coleta seletiva, 1070 dos 1191 municípios da Região Sul declaram que possuem iniciativas, mas não há informações sobre os números desta atividade. Na maioria destes municípios é provável que sejam iniciativas de pequeno porte que não tem uma influência significativa no conjunto da gestão dos RSU. A disposição final sem tratamentos em aterros controlados e lixões teve um pequeno aumento em relação ao panorama anterior.
Ano
Aterro sanitário (ton./dia)
Aterros controlados (ton./dia)
Lixões (ton./dia)
2015
15.105 = 70,9%
3.899 = 18,3%
2.312 = 10,8%
2016
14.824 = 70,6%
3.859 = 18,4%
2.304 = 11%
Tabela 3 – Disposição final dos RSU na Região Sul do Brasil em 2016.
Resíduos de construções e demolições – RCD – coletaram-se 16.718 toneladas/dia com geração per capita de 0,568 Kg/habitante/dia. Houve aumento no total coletado, mas também uma pequena queda na geração individual dos RCD.
Ano
Toneladas/dia
Kg/habitante/dia
2015
16.662
0,570
2016
16.718
0,568
Tabela 4 – Coleta de RCD na Região Sul do Brasil em 2016.
Resíduos sólidos de saúde – RSS – Foram produzidos 13.632 toneladas de RSS na Região Sul em 2016, com geração per capita média de 0,510 Kg/habitante. Os tratamentos utilizados foram autoclave em 52%, incineração em 43,6% e micro-ondas em 2,6%, com 1,8% tendo outros destinos, provavelmente com disposição inadequada em lixões, aterros e valas sanitárias.
Estado
2015 (Ton/ano – Kg/habitante/ano)
2016 (Ton/ano – Kg/habitante/ano)
Paraná
2.912 – 0,261
2.814 – 0,250
Rio Grande do Sul
5.217 – 0,464
5.061 – 0,448
Santa Catarina
5.794 – 0,850
5.757 – 0,833
Total
13.923 – 0,525
13.632 – 0,510
Tabela 5 – Geração de RSS na Região Sul do Brasil em 2016.

Não há no documento da Abrelpe informações específicas sobre a reciclagem e a logística reversa na Região Sul. (ecodebate)

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