domingo, 9 de setembro de 2018

Em lagoa de EUA calor matou mais de 2.000 peixes

Calor extremo levou mais de 2 mil peixes à morte em lagoa nos EUA.
Segundo especialista, os últimos meses foram os mais quentes em 120 mil anos.
Mais de 2.000 peixes foram encontrados mortos em lagoa de Malibu, nos parques estaduais da Califórnia/EUA.
Para muitas espécies de animais, as altas temperaturas pelas quais passa o planeta podem significar grandes riscos à saúde ou até morte: nas últimas semanas, mais de 2 mil peixes foram encontrados mortos na lagoa Malibu, no estado norte-americano da Califórnia.
Segundo as autoridades dos Parques Estaduais da Califórnia, a principal hipótese é de que os peixes tenham morrido por conta das altas temperaturas da água, que atingiram 28ºC neste ano. Especula-se que esse seja o limite em que as espécies que viviam no lago, as trutas-arco-íris (Oncorhynchus mykiss irideus) e os góbios de maré do norte (Eucyclogobius newberryi), consigam sobreviver.
Temperaturas muito altas também podem diminuir a quantidade de oxigênio que é dissolvido na água, fazendo com haja um crescimento de bactérias e algas, o que também afeta o desenvolvimento dos peixes.
Em anúncio, os responsáveis pelos parques californianos ainda ressaltam que os últimos meses, que correspondem ao verão nos Estados Unidos, têm sido alguns dos mais quentes da história. Por enquanto, é difícil prever uma mudança: de acordo com o cientista climático Stefan Rahmstorf, chefe da Análise de Sistema Terrestre do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre Impacto Climático, esses meses foram os mais quentes nos últimos 120 mil anos.
Esse tipo de ocorrência é tão rara que as autoridades ficaram até sem saber o que fazer. Normalmente, quando um grande número de animais morre, o comum é deixar os restos no lugar, de forma que a própria natureza tome conta deles. Na Noruega, por exemplo, um campo cheio de renas mortas começou a florescer recentemente.
A equipe dos Parques Estaduais da Califórnia, no entanto, decidiu retirar os peixes mortos do local. Em comunicado, a organização explica que as carcaças estavam próximas demais às praias mais populares da região, causando um odor incômodo, mas que continuará monitorando a área para entender e, possivelmente, prevenir, acontecimentos do tipo. (globo)

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