sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Maioria já nota aquecimento global

Pesquisa feita no Brasil mostra que 80% sentiram efeitos no clima; e 89% disseram que eles são ruins. O Brasil deve fazer sua parte no combate ao aquecimento global, mesmo que outros países - inclusive aqueles com muito mais responsabilidade sobre o problema - não façam nada a respeito. Essa é uma das conclusões de pesquisa realizada pelo Instituto Análise, a pedido do Estado, a respeito da percepção dos brasileiros sobre as mudanças climáticas. Sete em cada 10 entrevistados (68%) disseram que o Brasil deve agir independentemente da postura de outras nações, enquanto que 29% afirmaram que o País só deve se movimentar à medida que outros países, como Estados Unidos e Inglaterra, também fizerem sua parte. A pesquisa ouviu mil pessoas de todas as regiões e níveis de escolaridade. Nove em cada dez entrevistados (88%) já ouviram falar do aquecimento global. E 80% disseram ter notado alguma mudança climática nos últimos anos. Desses, 89% classificaram a mudança como ruim para a região onde mora. Quanto maior o nível de escolaridade, maior a percepção do problema. "O tema do aquecimento global ficou muito popular, e isso é importante para mobilizar as pessoas", disse o diretor do Instituto Análise, Alberto Carlos Almeida. "Mostra também que a opinião pública está propensa a ouvir discursos que tratem desse tema", completou, referindo-se à crescente atenção que políticos têm dado ao aquecimento global, por causa da conferência de Copenhague. Perguntadas sobre "qual país é o maior culpado pelo aquecimento global", 45% das pessoas responderam, espontaneamente, "Estados Unidos". A resposta está cientificamente correta, já que os EUA são o país que mais contribuiu historicamente para o acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera. Já a China, que é o que mais emite gás carbônico atualmente, foi citada por 3% dos entrevistados. O Brasil apareceu em 12% das citações, apesar de a contribuição histórica do País para o problema ser pequeno.Em outra pesquisa, a preocupação com o ambiente ficou em sexto lugar na lista de prioridades para o próximo presidente da República, atrás de saúde, educação, segurança pública, emprego e salário mínimo. O tema ficou à frente, porém, de estradas e obras públicas. "É uma demonstração de que todo mundo quer obras, mas que, cada vez mais, essas obras precisam levar em conta o impacto ambiental", avalia Almeida. Poluição dos rios e desmatamento foram os problemas ambientais mais citados pelos entrevistados.

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