quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mecanismo criado em Kyoto

Opositor do projeto defende mecanismo criado em Kyoto (Rio + 5). Prevista na lei da política nacional sobre mudança do clima, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2009, a criação do mercado brasileiro de redução de emissões enfrenta resistências. O coordenador de mudanças do clima do Ministério de Ciência e Tecnologia, José Miguez, não conhece a proposta em estudo pelo Ministério da Fazenda, mas diz que não considera "razoável" criar um mercado interno de venda de certificados de emissões evitadas. Miguez é um dos maiores defensores do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado pelo Protocolo de Kyoto e que permite aos países submetidos a metas obrigatórias de emissão de carbono cumprir o compromisso por meio de projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento. O Brasil é o terceiro país do mundo em projetos de MDL, atrás de China e Índia. O mais recente relatório da pasta de Ciência e Tecnologia registra 440 projetos. Isso equivale a 7% dos projetos apresentados no mundo. Apenas uma parte deles passou pelas primeiras fases de registro, verificação e certificação estabelecidas pela ONU. Esses projetos poderiam reduzir 379 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente ou terça parte do corte previsto pela meta brasileira para 2020. Projetos de energia renovável e aterros sanitários representam a maioria do corte de emissões proposta pelo Brasil. "Não podemos ficar reduzidos ao MDL", defende a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. (Estadão)

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