terça-feira, 7 de setembro de 2010

Festival de queimadas

Festival de queimadas sem precedentes na história recente do País.
Festival de queimadas é uma ameaça ao governo do Brasil - Focos de incêndio consumiram mais de R$ 30 milhões dos cofres públicos. Os trabalhos de campo envolvem mais de cinco mil homens, oito aviões, sete helicópteros 90 viaturas, atuando dia e noite em todas as 109 áreas críticas. No ano passado, uma chuva providencial em meados de agosto, e o início precoce do período chuvoso em setembro, afastou o fantasma das queimadas que todo ano aterroriza o País. Este ano, entretanto, o longo período de estiagem iniciado em maio provocou efeito inverso. Sem perspectivas de chuvas, pelo menos até meados de setembro, o bioma do cerrado é impiedosamente sacrificado por um festival de queimadas sem precedentes na história recente do País. Com as fogueiras pipocando por Minas, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e sul do Pará o governo ficou de repente em meio a um fogo cruzado que exige esforço redobrado. Nas últimas semanas, em Brasília, vários focos de incêndio chegaram a deixar o ar carregado de nebulosidade. O Parque Água Mineral, teve seus momentos de aperto quando um pequeno incêndio chegou a ser controlado nas proximidades da Cidade Estrutural. Felizmente não passou de um susto. Já o Parque Nacional das Emas, em Goiás, não teve a mesma sorte. Um incêndio que já se sabe ter sido criminoso consumiu 90% de sua área. O trabalho da perícia no local está sendo concluído nesses dias, mas aponta para três fazendas do seu entorno e os culpados poderão pegar até quatro anos de prisão. Na Serra da Canastra (MG), foi intensa a movimentação das brigadas anti-incêndio nos últimos dias para conter o fogo que queimou 84 mil hectares, dos 200 mil. A intensidade das queimadas fez a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmar que mais de 67% das áreas atingidas são privadas ou terras indígenas. “fazendeiros e índios usam o fogo para preparar áreas de pastagens e agricultura, só que acabam perdendo o controle de suas queimadas. Levantamento feito pelo governo mostra que 13% dos focos estão em áreas indígenas, 8% em assentamentos da reforma agrária e 7% em unidades de conservação. O IBAMA e o Instituto Chico Mendes fizeram um balanço das ações do governo no combate ao fogo. Os recursos federais empregados até agora nas operações de controle das queimadas somam R$ 30 milhões. Os trabalhos de campo envolvem mais de cinco mil homens, oito aviões, sete helicópteros 90 viaturas, atuando dia e noite em todas as 109 áreas críticas. Incêndios foram criminosos Ao fazer um sobrevoo no Parque Nacional da Serra da Canastra, o presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, afirmou não ter dúvidas de que os incêndios foram criminosos e alguns suspeitos já estão sendo investigados. “Há evidências de que os focos de queimadas foram provocados por incendiários, provavelmente pessoas a mando de fazendeiros da região”, disse ao informar que são investigados quatro origens do fogo no parque. “Estamos levantando dados para prender e punir os culpados”, assegurou. O clima seco e a falta de chuva há mais de três meses deixaram sequelas também no Parque da Serra Geral (Tocantins) e no Parque do Araguaia. Na Serra Geral, pelo menos 30 mil hectares foram consumidos pelas chamas. (EcoDebate)

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