segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Desaguamento" de lodos

O tratamento das águas residuárias, sejam de origem doméstica ou sejam de origem industrial, sempre produz resíduos sólidos que se denominam “lodos’. Estes lodos devem sofrer processos de “desaguamento” ou retirada do excesso de água para serem destinados para aterros de resíduos de classe I ou classe IIA, dependendo do tipo de origem do lodo e do tipo de tratamento que sofre.
O desaguamento posterior dos lodos geralmente é necessário, sendo executado após o adensamento, sendo realizado de forma mais comum usando um dos seguintes métodos:
1) Leitos de Secagem: são muito utilizados em pequenas e médias instalações industriais, por seu baixo custo, e para efeitos de compreensão, poderia ser comparado com uma cancha de bocha coberta, onde se colocam os lodos das estações de tratamento, para reduzir sua quantidade de água por evapotranspiração. A cobertura obviamente visa impedir que as águas pluviais aumentem o tempo de secagem. É aconselhável no fundo a presença de uma camada drenante de areia e brita, que acelera os processos de secagem e desidratação do material que posteriormente será destinado a um aterro sanitário adequado e compatível com a natureza do resíduo existente;
2) Filtros-prensa: denominados “Belt-Press”, com vários modelos (esteiras ou placas), são equipamentos mecanizados que prensam os lodos, acelerando os processos de perda de água e devendo ser fabricados e dimensionados de acordo com as características dos lodos a serem tratados, para sua maior e melhor eficiência; são muito frequentemente utilizados em instalações industriais de qualquer porte;
Lagoas de Lodo: são tanques destinados a receber lodo para posterior desidratação, tem baixo custo, sendo preferidos em relação aos processos anteriores, desde que haja espaço para sua instalação. Geralmente são construídos em duas células, para melhor operação do sistema, enquanto numa é retirado lodo já seco a outra recebe efluentes em sistema alternado. Tem o inconveniente da exalação de odores e a proliferação de mosquitos, o que dificulta sua adoção próximo a sítios urbanizados ou com vizinhança, com o dimensionamento em função do volume de tempo de operação, geralmente de 1 a 2 anos;
3) “Landfarming”: que literalmente quer dizer “terra de fazenda” e que consiste em dispoção dos lodos ou tortas em horizontes superiores de solos, geralmente denominado por agrônomos e especialistas em solo de horizonte “A” ou camada superficial. Os lodos deverão ser incorporados aos solos, desde que estejam asseguradas condições não ocorrerem contaminações aos lençóis freáticos ou subterrâneos. Estes métodos de incorporação natural são cada vez mais utilizados.
Processos com tratamentos químicos específicos já foram desenvolvidos para recuperação de Cromo em efluentes de curtumes, oxidação de sulfetos, oxidação de cianetos, redução do cromo hexavalente, neutralização de efluentes ácidos ou alcalinos e remoção de metais pesados.
Os lodos sempre constituem a parte sólida que resulta dos processos de tratamento físico-químico ou até mesmo biológico das águas e devem ser destinados de forma adequada para aterros sanitários ou processos de incorporação aos solos sempre que forem garantidas as condições de não gerar contaminações em água superficiais, subterrâneas ou nos próprios solos. (EcoDebate)

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