quarta-feira, 13 de julho de 2011

Verde toma conta dos edifícios

Os chamados prédios verdes têm como prioridade a implantação de projetos sustentáveis e de alto controle ambiental.
Prédios verdes podem ser de 5% a 10% mais caros na construção.
Além da busca por terrenos e mão de obra qualificada, a construção civil destaca entre suas prioridades a implantação de projetos sustentáveis e de alto controle ambiental. Daí os prédios verdes apresentarem potencial para ganhar as ruas de todo o Brasil, nos próximos anos, e não apenas no eixo Rio-São Paulo.
É entre estes dois estados que hoje se concentram os projetos já aprovados ou em fase de aprovação por parte das entidades que cuidam da comprovação de que eles se enquadram de fato na categoria de construções corretas, tanto do ponto de vista ambiental como econômico.
Os chamados prédios verdes podem ter sua edificação encarecida em cerca de 5% a 10%, conforme o grau de rigor e sofisticação observado, mas seus benefícios em muito ultrapassam esse gasto adicional, garantem especialistas.
Paralelamente a ambientes mais saudáveis e produtivos, permitem reduções de até 40% no consumo de energia e de 50% no de água. E mais: diminuem em até 90% o descarte de resíduos e em 35% a emissão de gás carbônico.
A França já enquadrou pelo menos 800 mil unidades habitacionais como de alta qualidade ambiental ou 50 milhões de metros quadrados desde 1990. Os Estados Unidos certificaram mais de 2,4 mil imóveis desde 1998 e o Brasil calcula ter fechado 2010 com algo entre 250 e 300 prédios em processo de certificação. Por sinal, essa preocupação por aqui já chegou inclusive aos estádios de futebol: Brasília, Belo Horizonte, Manaus e Cuiabá já requisitaram a certificação para os seus estádios onde ocorrerão jogos da Copa do Mundo 2014. Também o Rio, Salvador, Recife e Natal mostraram interesse em atender aos requisitos para receberem a certificação em suas arenas.
Normas - Cerca de vinte empresas dão hoje consultoria para a certificação dos verdes no País. Aqui, a construção civil se depara com cerca de 950 normas, muitas delas já voltadas para o controle e redução de impactos ambientais. A certificação se dá, sobretudo, pelo processo americano Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) ou pelo Aqua (Alta Qualidade Ambiental). A certificação Leed é concedida pelo Green Building Council Institute. De 69 exigências, o imóvel precisa obedecer a pelo menos 26 para receber o selo. Uma agência bancária na Granja Viana, em São Paulo, foi o primeiro imóvel na América Latina a receber essa certificação em 2007. Recentemente também recebeu o selo a construção de 37 mil metros quadrados, um empreendimento de quatro torres na Avenida Nações Unidas.
O selo Aqua, baseado no sistema francês, foi desenvolvido no Brasil em 2008 pela Fundação Vanzolini. É concedido com base em 14 critérios de sustentabilidade, que levam em conta a eco-construção, ecogestão, conforto e saúde. Preocupa-se com os impactos ambientais, escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos e até com um canteiro de obras de baixo impacto.
Ao lado do conforto de quem vai trabalhar ou morar no edifício, o Aqua requer obras que assegurem qualidade do ar e da água, além da sustentabilidade dos ambientes. Todos os materiais a serem empregados e métodos de construção devem assegurar economia e bem estar para seus futuros proprietários, locatários e funcionários, dos metais sanitários aos pisos e iluminação, por exemplo.
No País e no mundo
800 mil unidades habitacionais da França e 2,4 mil imóveis dos Estados Unidos estão classificadas como de alta qualidade ambiental.
300 prédios no Brasil estavam em processo de certificação de qualidade ambiental até o final do ano passado. (OESP)

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